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História
Hera – Deusa Grega
Hera era a esposa e irmã de Zeus, e foi levantada pelo Titans Oceanus e Tétis.
Ela era a deusa suprema, patrono do casamento e do parto, com um interesse especial em proteger as mulheres casadas.
Seus animais sagrados eram a vaca eo pavão, e ela favoreceu a cidade de Argos.
Zeus inicialmente cortejada Hera, mas depois de muitas tentativas frustradas, ele recorreu a artifícios.
Ele tomou a forma de um cuco despenteado; Hera, sentindo pena da ave, segurou-a contra o peito para mantê-lo aquecido. Zeus então retomou sua forma normal e aproveitando a surpresa de Hera, ele a estuprou.
Hera, em seguida, se casou com ele para cobrir sua vergonha; seu casamento era turbulento e muitas vezes eles entraram em confronto.
Ocasionalmente, Zeus tratava os outros deuses, com particular dureza.
Hera se aproveitou disso e pediu-lhes para se juntar a ele em uma revolta. Todos aceitaram e definiram o plano em movimento.
Hera drogou Zeus, e, em seguida, os outros amarraram-no a um sofá.
Nessa fase, no entanto, eles começaram a discutir sobre o que o próximo passo deveria ser.
Nessa fase, no entanto, eles começaram a discutir sobre o que próximo passo deveria ser.
Briareus, um dos Hecatonchires, ouviu os argumentos; ainda cheio de gratidão a Zeus para salvar-lo e seus irmãos de um dragão, Briareus furtivamente e rapidamente desatou os nós que prendiam Zeus no lugar. Zeus saltou do sofá e agarrou seu raio. Os deuses caíram de joelhos pedindo e implorando por misericórdia.
Ele aproveitou Hera e pendurou-a do céu com correntes de ouro. Ela chorou de dor durante toda a noite, mas nenhum dos outros deuses se atreveu a interferir.
Seu choro comoveu Zeus e, portanto, na manhã seguinte, ele concordou em libertá-la se ela jurasse nunca se rebelar novamente.
Ela tinha pouca escolha a não ser concordar.
A maioria das histórias relativas a Hera descrevem os seu ciúme e seus planos de vingança por infidelidades de Zeus.
Hera – Deusa Grega
Hera – Deusa Grega
Rainha dos deuses, a filha dos Titãs: Cronos e Réia, Hera era irmã e esposa de Zeus.
A deusa que protegia o casamento e a protetora de mulheres casadas.
Era a mãe de Ares, deus da guerra; Hefaístos, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude; e Eileitia, deusa do parto.
Hera era uma esposa ciumenta, que freqüentemente perseguia as amantes de Zeus e seus respectivos filhos.
Ela nunca esquecia uma ofensa e era conhecida por sua natureza vingativa.
Zangada com o príncipe Páris por preferir Afrodite, deusa do amor, a si, a deusa ajudou os gregos na Guerra de Tróia e não sossegou até que Tróia fosse destruída.
Hera freqüentemente é identificada como a deusa romana Juno.
Fonte: www.greekmythology.com/geocities.yahoo.com.br
Hera
Hera – Mitologia Grega
As crises de ciúme provocadas pela infidelidade de seu esposo, Zeus, marcaram o comportamento da deusa grega Hera em muitos episódios da mitologia.
Hera, na mitologia grega, era filha de Cronos e Réia, irmã e esposa de Zeus.
Venerada como rainha dos deuses em Esparta, Samos, Argos e Micenas, tinha entre as duas últimas cidades um templo famoso por abrigar uma bela estátua sua, esculpida em ouro e marfim por Policleto.
Embora, na lenda, Hera figure como deusa da vegetação, foi em geral considerada rainha do empíreo – o céu – e protetora da vida e da mulher.
Esta última característica tornava-a também protetora da fecundidade e do matrimônio, pelo que recebeu o nome de Ilítia, atribuído em outras ocasiões a uma filha sua. Foram também seus filhos Hebe, a juventude florida; Ares, deus da guerra; e Hefesto, deus ferreiro.
O ciúme despertado pelas constantes infidelidades de Zeus levou-a a perseguir encarniçadamente as amantes do marido e os filhos oriundos dessas uniões de Zeus.
Hera intervém com muita freqüência nos assuntos humanos: protegeu os aqueus na guerra de Tróia e velou, igualmente, pelos argonautas, para que seu barco passasse sem perigo pelos temíveis rochedos de Cila e Caribde.
Seus atributos são o cetro e o diadema, o véu (associado à mulher casada) e o pavão (símbolo da primavera).
Na Mitologia Romana, Hera foi identificada com a deusa Juno.
Hera – Deusa Grega
Filha de Chronos e Rhéa, irmã e esposa de Zeus, Hera (Juno) é a grande divindade feminina do céu, do qual Zeus é o grande deus masculino. Seus atributos correspondem quase exatamente aos de Zeus, embora revestidos, por se tratar de uma deusa, de forma mais branda.
Os poetas no-la representam dotada de uma beleza austera e grave, de grandes olhos calmos e modestos, e , principalmente, de braços brancos, roliços e formosos, que constituiam o seu principal atributo físico.
As núpcias de Zeus e Hera foram celebradas na ilha de Creta, próximo ao rio Thereno. Para torná-las mais solenes, foram convidados todos os deuses e semi-deuses. Atenderam todos ao convite, com a exceção da ninfa Cheloné, que chegou atrasada devido às sandálias lhe machucarem os pés. Juno, indignada com este atraso e atribuindo-a a pouco caso com o casamento, transformou a ninfa em tartaruga.
Hera foi exemplarmente casta e fiel a seu esposo, sendo venerada como o símbolo da fidelidade conjugal. Esta virtude se realça na lenda de Ixion, rei dos Lápitas, o qual, convidado a participar do banquete celeste, ousou cortejar a rainha dos deuses.
Ela, porém, advertiu seu marido e este, para provar a má fé do hóspede, forjou com uma nuvem uma figura idêntica à de Hera e surpreendeu Ixion enlaçando amorosamente a nuvem e dizendo palavras ternas. Para castigar este gesto insensato, Zeus atirou Ixion aos infernos, onde ele foi amarrado por cordas feitas de serpentes a uma roda que gira incessantemente.
Este atributo moral tornou Hera a protetora das mulheres casadas, motivo pelo qual recebeu o nome de Hera Gamelios; e daí, por extensão, igualmente protetora dos partos e dos recém-nascidos.
Além disso, ela velava pelos deveres dos filhos para com os pais, principalmente para com a mãe.
Uma lenda, contada por Heródoto, nos mostra como ela sabia recompensar a piedade filial.
A sacerdotisa de um templo de Hera, na Argólida, tinha dois filhos, Cleobis e Bitão. Devia ela, como exigia o ritual, se dirigir de carro para o altar, mas à hora da cerimônia os bois ainda não haviam voltado do pasto. Vendo sua mãe aflita, Cleobis e Bitão se atrelaram ao carro e puxaram até o templo.
Orgulhosa do gesto de seus filhos, o qual provocara o aplauso geral de toda a população e a particular inveja das mulheres, pediu a sacerdotisa que Hera lhes concedesse como recompensa aquilo que os deuses podiam dar de melhor aos homens. No dia seguinte Cleobis e Bitão morreram. Esta lenda melancólica significa ser a vida uma provação e a morte um favor dos deuses.
Zeus e Hera não viviam, no entanto, em boa harmonia; são, ao contrário, célebres as querelas que frequentemente irrompiam entre eles. Por mais de uma vez foi Juno espancada e maltratada por seu esposo, devido ao seu gênio obstinado e ao seu humor azedo.
Estas querelas são alegorias para representar as perturbações atmosféricas. Assim, enquanto Zeus seria o ar puro e o firmamento sereno, Hera seria a atmosfera carregada, obscura e ameaçadora.
Eram estas rusgas as mais das vezes, provocadas pelas infidelidades de Zeus, que exercitavam o ciúme e o ódio de Hera.
De uma feita, enfurecida, jurou ela abandoná-lo e, deixando o Olimpo, retirou-se para a ilha de Eubéa. Após uma longa espera, começou Zeus a sentir saudades dela, mas, não querendo abaixar-se a lhe implorar perdão, urdiu um estratagema para fazê-la voltar. Assim, fez espalhar que ele iria desposar uma bela ninfa, com a qual ele iria percorrer de carro a ilha. Preparou, então, um fantoche de madeira, cobriu-o de ricas roupagens e jóias e colocou-o na assento de um magnífico carro.
Hera, que ouvira falar do novo casamento de Zeus, vai, inflamada de indignação, ao encontro de sua rival e, avistando-a, sobre ela se atira, furiosa, lacerando-lhe as roupas. Aparece então o lenho nú e, em meio a grandes risadas, celebraram os deuses a sua reconciliação.
Hera, que experimentava pelas mulheres inconscientes e culpadas uma profunda aversão, perseguiu ferozmente, não só as concubinas de Zeus, como também os filhos nascidos desses amores.
Ao contrário de Zeus, não se origina Hera da mitologia ariana, como o comprova a etimologia até hoje impenetrável do seu nome.
Há quem pretenda encontrar nas discórdias do casal olímpico um reflexo do lar de algum invasor ariano, que se tenha consorciado com uma mulher do povo vencido.
Se, posteriormente, foi Hera identificada com Zeus, como deusa do céu, primitivamente representava a Terra-Mãe.
Confirmam essa suposição a fato dela ser a deusa propícia aos nascimentos e, principalmente, o seu característico “casamento sagrado” com Zeus.
Hera inspirava uma veneração misturada de temor e seu culto era quase tão solene e difundido quanto o de Zeus, sendo principalmente adorada nas cidades de costumes austeros: Argos, que parece ter sido o centro primitivo, Micenas, Esparta. Inimiga dos costumes dissolutos da Ásia, protegeu constantemente os gregos durante a Guerra de Tróia.
Nota: esta guerra será contada em episódios mais adiante.
A vítima de ordinário imolada em sua honra era uma ovelha ainda muito jovem, mas, no primeiro dia de cada mes, imolava-se uma porca; nunca se sacrificavam vacas, porque tinha sido sob a forma desse animal que ela se escondera no Egito, por temor do monstruoso Typhão.
O tipo de Hera foi fixado por uma admirável estátua de ouro e mármore, que, no templo de Argos, tinha sido esculpida por Policleto de Licyone, contemporâneo de Fídias; infelizmente, não se conhece essa estátua, senão por uma descrição deixada pelo autor grego Pausânias.
Seus traços são de uma mulher robusta, já completamente formada mas ainda jovem, sentada sobre um trono, segurando com uma das mãos uma semente de romã, símbolo da fecundidade, e com a outra o cetro encimado por um cuco, pássaro símbolo da vegetação primaveril.”
Origem
Na mitologia grega Hera irmã e esposa de deus. Esta deusa, muitas vezes retratada como orgilhosa, obstinada, vaidosa sempre preocupada em ser mais bonita do que Afrodite, ela era também retratada como uma deusa ciumenta, e agressiva, perseguia as muitas amantes e filhos ilegítimos de Zeus.
Hera é a deusa da família do ciúme.
Em termos de representação Hera aparece muitas vezes com uma romã na mão (fertilidade, sangue e morte).
E, os animais relacionados com Hera foram a vaca, e depois, o pavão.
Na Ilíada Hera é representada por um pavão (um dos animais referidos anteriormente) e possui uma coroa de ouro.
No que diz respeito ao ciúme Hera perseguia os filhos ilegítimos de Zeus, como por exemplo Hércules, que ela tentou matar quando ele era criança.
Mas já em adulto, Hércules conseguiu destruir todos os 7 templos de Hera e ainda a aprisionou numa jarra que entregou a Zeus.
Quem foi
Hera – Deusa Grega
Hera é a deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus, Rei dos deuses, e rege a fidelidade conjugal. Retratada como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte.
Retratada como ciumenta e agressiva contra qualquer relação extra-conjugal, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência.
O curioso sobre a história de Hera, é as diferentes visões que ela é retrada…
No seriado Hercules: The Legendary Journeys, Hera foi retratada como uma deusa perversa e a vilã principal do seriado. Possuía sete templos na Grécia.
Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo.
Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga.
Hera Deusa Protetora
As crises de ciúme provocadas pela infidelidade de seu esposo Zeus, marcaram o comportamento da deusa grega Hera em muitos episódios da mitologia.
Hera na mitologia grega era filha de Cronos e Réia.
Venerada como rainha dos deuses em Esparta, Samos, Argos e Micenas, tinha entre as duas últimas cidades um templo famoso por abrigar uma bela estátua sua, esculpida em ouro e marfim por Policleto.
Embora na lenda, Hera também considerada deusa da vegetação, e rainha do céu, e protetora da vida e da mulher, tornava-a também protetora da fecundidade e do matrimônio.
O ciúme despertado pelas constantes infidelidades de Zeus levou-a a perseguir encarniçadamente as amantes do marido e os filhos oriundos dessas uniões de Zeus.
Hera intervém com muita freqüência nos assuntos humanos: protegeu os aqueus na guerra de Tróia e velou, igualmente.
Seus atributos são o cetro e o diadema, o véu (associado à mulher casada) e o pavão (símbolo da primavera).
Na Mitologia Romana, Hera foi identificada com a deusa Juno.
Nos dias atuais, embora a mulher através de árduas penas tenha conquistado seu espaço, os casamentos não se modificaram tanto assim.
Permanecemos em uma sociedade patriarcal e o casamento ainda é considerado como uma instituição de procriação.
Na Arcádia, ao ser celebrada como a Grande Deusa dos tempos pré-homéricos, Hera possuía três nomes:
Na primavera era Hera “Parthenos” (Virgem).
No verão e no outono tomava o nome de Hera “Teleia” (Perfeita ou Plena) e
No inverno chamava-se Hera “Chela” (viúva).
As três facetas de Hera também ligam-se às três estações e às três fases da lua.A vaca sempre foi associada à deusas da Grande-Mãe como provedoras e nutridoras.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br/www.laifi.com
Hera
Mitologia Grega: Hera, também Argéia ou Olímpia, a Juno dos romanos
Uma das doze divindade gregas do Olimpo, equivalente a Juno no panteão romano, principalmente venerada como deusa protetora do casamento e da fidelidade conjugal, senhora dos partos e rainha dos deuses Olímpicos, daí também ser conhecida como Olímpia. Era filha de Cronos e Reia, era irmã e tornou-se esposa de Zeus.
Considerada a protetora das mulheres, presidia as três fases da vida da mulher: quando donzela, mulher fértil e senhora.
Era muito vaidosa e obstinada e sempre se mostrou invejosa da beleza de Afrodite, sua maior inimiga.
Também era ciumenta e agressiva e, por isso era adorada como protetora do casamento e da fidelidade conjugal.
Odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, como por exemplo, Hércules, que tentou matar quando este era apenas um bebê.
Conta uma lenda que Hércules destruiu seus sete templos existentes na Grécia e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Esta façanha fez com que o herói grego fosse aceito por Zeus como deus do Olimpo.
O único filho de Zeus que ela não odiava era Hermes e sua mãe Maia, porque se impressionou com a sua inteligência. Em certa ocasião, para mantê-la calma, Zeus amarrou-a com correntes e pendurou-a pelas nuvens, após ter amarrado umas bigornas aos seus pés. Quando se casou com Zeus, recebeu de Gaia, mãe de todas as criaturas, uma árvore que dava maçãs de ouro.
As Hespérides, ninfas do poente, velavam os pomos de ouro do Jardim dos Deuses. Eram filhas de Atlas que era filho de Jápeto e de Cimene. Carregava o mundo nos ombros e na Ilíada, ajudou os gregos na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris.
Ela era venerada em vários locais de culto, especialmente em Argos, daí também ser conhecida como Argeia.
Seu culto também era muito difundido em Creta e Samos, onde um grande templo foi construído em sua honra pelos Argonautas – templo este que não foi excedido em tamanho por nenhum outro na Grécia.
Como acreditavam haver uma ligação entre as fases da lua e o ciclo menstrual da mulher, em rituais de purificação as mulheres de Samos utilizavam galhos de lygos para estimular o fluxo menstrual na lua nova – manifestação com a qual era venerada nestas ocasiões.
Templo de Hera
Em Olympia, o Heraion, o Templo de Hera, precedeu em muito o Templo de Zeus. Naquele, corridas de mulheres eram organizadas desde tempos imemoráveis a cada quatro anos, por ocasião dos festejos da Heraia.
Considerada a mais excelsa das deusas, na guerra de Tróia tomou partido dos gregos por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris. Aparece sempre como uma figura majestosa e solene, frequentemente com uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas. Também aparece segurando uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
Hera
Hera – Deusa Grega
“O medo de não ser páreo para a maturidade feminina é a principal causa da dominação e sujeição patriarcal da mulher.”
Hera: um nome; diversas interpretações.
Para muitos, Hera é a ciumenta e vingativa irmã esposa de Zeus, o todo-poderoso deus do Olimpo.
Essa imagem estereotipada, contudo, oculta uma outra visão; na verdade, Hera é uma das mais grandiosas deidades femininas: muito, muito antiga, as origens de seus cultos se perdem na noite dos tempos, recuando ao menos até 10.000 a.C. Suas raízes remontam à Deusa Mãe do Neolítico, associada à vida, à morte e à regeneração, temas que fazem dela mais uma representação perfeita da Grande Deusa em sua típica triplicidade.
Originária provavelmente de Creta, Hera possui muitos elementos em comum com Cibele, a conhecida e adorada deusa da Anatólia cujo culto atravessou muitos séculos.
Freqüentemente, Hera é representada na companhia de leões, serpentes e aves aquáticas. Na Ilíada, ela é chamada de “Rainha dos Céus,” e também de “Hera do Trono de Ouro.”
Outro nome que costuma ser associado a Hera é “a deusa dos braços brancos.”
De todas as Deusas gregas, Hera é a única que realmente apresenta traços de soberania.
Ela é a DEUSA DO MATRIMÔNIO – não da beleza ou da atração sexual, ou ainda da maternidade, mas da união como um princípio. Como regente do casamento, é Hera que dá validade e importância a essa união.
Hera é também a protetora das mulheres e de todas as formas femininas da vida.
Na Grécia, Hera era vista principalmente como a Deusa da Lua.
O mês era dividido em três fases, a saber: o crescente, a plenitude e o minguar da lua.
Por vezes, Hera era representada como a Deusa Tríplice, nas formas de Donzela ou Virgem, A Plena ou mãe, e a Viúva, ou a Separada.
Hera, portanto, representa O PRÓPRIO CICLO DA MULHER EM TODO O SEU PODER E TOTALIDADE.
Ademais, Hera é o Princípio Feminino.
É também uma díade mãe-filha, pois Hera e sua filha Hebe formam um todo, assim como Deméter e Perséfone. Na iconografia, seus símbolos são a romã e uma flor em forma de estrela. Tais flores eram trançadas em guirlandas e usadas para adornar seus bustos e estátuas.
Assim como Cibele, Hera trazia nas mãos a romã. Um lindo diadema de ouro na forma de folhas e frutos de murta foi encontrado nas proximidades de seu templo em Crotona, mais uma associação.
Mas a mais simbólica e profunda associação de Hera com o reino vegetal é a espiga de trigo, conhecida como “a flor de Hera.”
Um de seus epítetos, Hera “dos Olhos de Vaca,” não deixa dúvidas quanto à sua associação com o gado. Bois e vacas eram-lhe sagrados, até porque seus chifres se assemelham à lua crescente. Como Rainha do Céu e da Terra, ela traz semelhanças com a deusa egípcia Hathor. A Via Láctea era conhecida, simplesmente, como “a Deusa.”
Na mitologia grega, Hera é, sem dúvida, a mais elevada das Deusas.
Hera é mais conhecida como irmã e esposa de Zeus, mas tal associação é muito posterior. A mitologia mais antiga apresenta elementos que comprovam que a Hera original era independente e não possuía marido.
Posteriormente, é possível que tenha desposado Dioniso ou Héracles, que descem ao Mundo Inferior na Lua Nova para resgatá-la, trazendo-a na forma da Lua Crescente. O nome Héracles significa simplesmente “Glória a Hera.”
Por sua associação solar, Héracles, juntamente com Hera, representa a antiga imagem do filho-amante da deusa, e sua união é a união do sol e da lua quando esta se encontra em sua fase cheia.
Através de seus truques, Zeus leva Hera a adormecer, e Hermes põe Héracles ainda bebê em seu seio. Ele a morde e, ao despertar, Hera o empurra para longe; o leite que jorra de seu seio espalha-se nos céus, formando a Via Láctea.
Em seus locais sagrados, Hera era cultuada por dezesseis mulheres.
Após seu ‘retorno’ do Mundo Inferior, elas banhavam sua estátua numa nascente sagrada, restaurando assim sua virgindade – uma cerimônia que ocorria anualmente, antes da luz nova.
O grande ritual do casamento entre Hera e Zeus ocorria no período da lua cheia, celebrando a união da lua e do sol. Irmão e irmã; marido e mulher: o Hieros gamos, o ‘casamento sagrado’, uma tradição mantida de uma era anterior.
Num nível mais profundo e ancestral, o casamento entre Hera e Zeus pode ser visto como a relação entre os dois grandes arquétipos da vida que só podem ser representados por um rei e uma rainha, ou um Deus e uma Deusa.
Seu casamento regenera o universo, numa união criativa retratada no hieros gamos entre Hera e Zeus. Este sentimento era provavelmente compartilhado por todos os participantes de seus ritos, os quais celebravam seus próprios matrimônios no mesmo período do casamento entre a Rainha da Vida e o Senhor da Vida; um casamento que unia cosmicamente os dois grandes aspectos da vida.
Posteriormente, esses aspectos passam a ser vistos como a terra e o céu, sendo a terra representada pela deusa e o céu pelo deus.Contudo, por princípio, ambos estão muito além de suas representações. Para se ter uma noção mais correta da profundidade dessa união, é necessário conhecer a grande união abordada na mística tradição judaica da Kabbalah.
Mitologicamente, a Terra gerou a grande árvore de maçãs douradas das Hespérides em homenagem ao casamento entre Hera e Zeus; contudo, acredito que essa árvore fora outrora sagrada a Hera, e possivelmente as ‘maçãs douradas’ eram, na verdade, romãs. Para mais detalhes sobre sua maravilhosa união, recomendo a leitura do 14o. livro da Ilíada.
Templos gigantescos foram erguidos em sua honra em Samos e no sul da Itália, além de outras localidades.
Hera era cultuada em sua forma humana como uma manifestação da lua.
Seu templo principal, porém, ficava na planície de Argos: o Heraion. Reconstruído três vezes, o primeiro Heraion foi erguido por volta de 1000 a.C., nas fraldas do Monte Euboia, num amplo terraço de frente para a grande planície do Argos.
Uma vez por ano, durante uma lua cheia, tinha lugar a procissão ritual de Hera, que passava pelas cidades do Argos: Micenas, Tiryns, Argos, Midea.
Para os gregos de então, o Heraion possuía a mesma importância que o Templo de Jerusalém possui para o povo de Israel: ele era “o” templo, um santuário para toda a terra. O mais antigo dos templos possuía enormes alicerces, os quais ainda podem ser vistos.
Voltando à mitologia, lemos que Zeus assume a forma de um cuco, abrigando-se no colo de Hera durante uma tempestade. Com pena do pequeno pássaro, ela o cobriu com sua túnica. Por conta disso, o cuco figura na ponta de seu cetro e também é esculpido em seus templos.
A lenda mostra claramente como Zeus não passa de um intruso nos domínios matriarcais de Hera. Através do simbolismo do cuco, Zeus passa a integrar a lenda do culto a Hera.
Trata-se de um culto bastante místico, cujo símbolo era a romã. Hera era cultuada como uma divindade numinosa, que se manifestava para as pessoas. Seus seguidores não lhe dirigiam pedidos, e ela provavelmente era cultuada como o princípio regenerador da vida, regente do Mundo Inferior, da cúpula celeste e da terra. “Se não conseguir demover os deuses do alto, volto-me para o Mundo Inferior”, diz Juno na Eneida. Tais palavras, porém, ecoam uma imagem mais antiga da Grande Deusa.
A romã de Hera passou para Perséfone.
Seus devotos entoavam-lhe canções, e sem dúvida eles eram capazes de “vê-la”; afinal, falamos de uma época em que a experiência visionária ainda era aceita.
O mais velho de todos os seus templos ficava em Olímpia, e é anterior ao ano 1000 a.C. – muito mais antigo do que o templo de Zeus.
Ali, Hera regia os torneios, onde as mulheres corriam tão bem quanto os homens. As corridas entre as mulheres eram divididas em três categorias – cada uma de acordo com a idade. (seria esta uma referência à triplicidade Donzela-Mãe-Anciã?) Os torneios ocorriam no dia seguinte à lua cheia.
No interior do templo de Olímpia, uma estátua apresenta Hera sentada em seu trono, a Rainha dos Céus. Ao seu lado, Zeus está armado como um guerreiro, mostrando claramente que ele é quem fora escolhido como o favorito da deusa, e não o contrário.
Através de Hera, as mulheres eram enaltecidas e os homens desenvolviam sua onisciência do feminino.
Se Olímpia é seu mais velho templo, o maior era o de Samos. O primeiro altar possuía 32 metros quadrados; anos depois, foi construído outro muito maior, com 120 x 54 metros, decorado com um friso por toda a sua volta, como no templo de Pergamon. Em termos de locais sagrados, a ilha de Euboea era-lhe dedicada, e templos enormes foram-lhe erguidos na Beócia, na Sicília, e em Paestum, na Itália, onde existia uma rede de templos que se assemelhava a uma cidade a ela dedicada.
Aqui, Hera era a Deusa do Mundo Inferior, além de ser Rainha dos Céus.
Como a lua crescente, Hera ressurgia dos mortos; portanto, era ela quem restaurava a vida aos mortos. Seu templo em Crotona, no sudeste da Itália, fornecia um elo de ligação entre a planície de Argos e Paestum. Atualmente, uma solitária coluna é tudo o que restou desse outrora grandioso templo.
Posteriormente, através de Homero, Hera passa a ser vista como a esposa ciumenta e aborrecida de Zeus, sempre tentando recuperar seu poder perdido, manipulando por trás de um casamento infeliz com um marido patriarcal. Isto ecoa a antiga voz da deusa, que tenta encontrar seu papel no novo mundo patriarcal.
Reflete também a completa submissão das esposas gregas diante de seus maridos. Ela se vinga de Zeus em suas amantes, e também nos frutos dessas uniões – uma paranóia da esposa rejeitada, ciumenta, manipuladora.
Por sua parte, Zeus se mostra constantemente infiel, provocando-a e ameaçando- a: “Nem com você, nem com tua ira eu me importo.”
Dessa união, surgem dois filhos: Hefestos, o aleijado, e Ares, deus da guerra e da discórdia.
Na Ilíada, percebemos a necessidade do macho imaturo em difamar e satirizar as mulheres poderosas e a antiga rodem social matriarcal; a necessidade de negar às mulheres seu grande poder e sua profunda relação com a vida.
Em Homero, Hera então é reduzida a uma figura risível, ciumenta e vingativa, num contexto que retrata uma cultura dedicada à guerra, ao sacrifício humano e à glória. Zeus, por sua vez, encaixa-se no papel arquetípico do ‘Don Juan’, é a imagem do macho fálico que passa a dominar a cultura grega.
Agora, Hera não passa de uma deusa conquistada e subjugada, oriunda de uma ordem mais antiga.
Zeus surge de uma cultura invasora, que cultuava deuses do céu e que chegou ao Mediterrâneo vinda do norte, impondo-se sobre as culturas anteriores que ali existiam: a invasão dórica.
Num nível mais profundo, os problemas de relacionamento entre Hera e Zeus simbolizam a dificuldade em se unir as tradições Lunar e Solar na mente humana, pois devemos descobrir como elas podem coexistir e frutificar.
Trata-se de dois tipos diferentes de consciência:
A Solar: heróica, com sua abordagem linear, lutando pela supremacia e pela perfeição; e
A Lunar: cíclica, em busca da harmonia do relacionamento, da conexão, da integração ou da síntese, da totalidade.
Por aí, podemos perceber o quanto temos a aprender com Hera.
Priscila Manhães
Fonte: www.ce.ufpb.br
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