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Um aspecto fascinante do bico de um pássaro ou Ave é a anatomia.
Para começar, é importante notar que o bico é tecnicamente apenas a superfície externa da boca de um pássaro.
Dependendo das espécies, um bico de ave cresce a partir de 1 a 3 polegadas por ano.
Morfologia e Função
O Bico é a proeminência córnea da boca das aves, composto por uma estrutura óssea fundamental na vida de um pássaro, é o elemento coletor e selecionador dos alimentos, bem como separador das impurezas, preparando-os para ingestão.
Possui forma cônica nos granívoros, a exemplo dos Curiós, onde a sua robustez e tamanho depende exclusivamente do regime alimentar que o meio ambiente lhes oferece.
Responsável pela apanha e preparo dos alimentos, o bico exerce diversas funções vitais, indo desde a função de defesa e ataque constituindo-se numa poderosa arma, a função de manter a plumagem em ordem e articulação do canto.
Partes Integrantes do Bico
Estrutura e Composição
O Bico é composto por duas mandíbulas que se articulam dando origem a uma poderosa estrutura capaz de esmagar as mais duras sementes em suas maxilas, em forma de prensa, de fechamento em Torquês.
Esta estrutura é constituída de um núcleo ósseo recoberto por uma substância córnea denominada queratina ou ceratina, substância protéica do grupo das proteínas ou albuminas que dão ao bico a dureza necessária a exercer as suas funções.
Esta substância também está presente nas unhas e na composição das penas.
A queratina se apresenta na cor preta, branca e amarelada sendo mais resistente a de cor preta e mais frágil a de cor branca.
O Bico possui um funcionamento semelhante ao de um alicate articulado dotado de maior força na sua base e formato cônico próprio para a quebra de sementes que após esmaga-las nas suas maxilas “prensa” (base do bico) utiliza as facas com o auxilio da língua para descasca-las e remover a sua polpa com as quais se alimentam.
Os bicos não possuem dentes para triturar os alimentos, utilizam a Moela para esta função, bolsa musculosa pertencente ao aparelho digestivo que utiliza em seu interior pedriscos no auxilio a trituração dos alimentos exercendo a função de verdadeiros dentes mediante movimentos de contração da Moela.
Desgaste Mecânico do Bico
Com o uso freqüente o bico apresenta um desgaste no revestimento queratinoso, em especial na linha de comissura.
Este desgaste evita o crescimento exagerado do revestimento protetor da estrutura óssea do bico.
Entretanto, alguns Curiós por serem submetidos a regimes alimentares com sementes muito duras apresentam um acentuado desgaste, dificultando o processo de esmagamento e descascagem das sementes acarretando uma deficiência alimentar por não serem capazes de executarem convenientemente as suas funções.
É muito comum verificarmos no comedouro das nossas gaiolas a presença de sementes parcialmente esmagadas. Quando tal fato ocorre observamos que o tegumento das sementes encontra-se semi-abertos sem, contudo, sofrerem o descascamento habitual.
Este fato é sem dúvida um forte indicador de acentuado desgaste no revestimento queratinoso do bico, por serem estas sementes muito duras ou por acentuado desgaste da queratina na linha de comissura acarretando deficiência na função esmagadora da prensa, ou descascamento das sementes pelas facas.
Quando ocorrerem sinais de ineficiência na descascagem das sementes, cumpri-nos efetuar uma análise detalhada da estrutura do Bico e seu revestimento queratinoso, pois, as mandíbulas são dotadas de um revestimento foliado dispostos em camadas sucessivas que cressem a partir da base do bico revestindo-o totalmente.
Quando observamos este comportamento geralmente as camadas foliadas se descolam na linha de comissura, sofrendo segregação, perdendo a sua eficiência mecânica e causando a deficiência de descascagem das sementes.
Aí, dizemos que o Curió está fazendo a “Muda de Bico”.
Muda de Bico
A muda de Bico é o processo pelo qual as aves substituem o revestimento Queratinoso do bico, gasto pelo tempo e pelo uso por um revestimento novo.
Muitas vezes esta muda ocorre em uma época determinada do ano, conhecida como “Época da Muda” que normalmente coincide com a muda anual da plumagem. O processo de muda de bico é bastante complexo ao entendimento mediante a simples observação visual, contudo, temos observado o desprendimento da velha camada de revestimento queratinoso mediante a ação da nova camada que surge como elemento impulsor do processo de perda do velho revestimento que esfolia e se desprende do bico para dar lugar à nova camada que surge.
A nova camada cobre uniformemente todo o bico, e segrega a camada gasta por uma nova camada especial de células que surge sob a camada velha como se fosse uma espécie de liquido que ao contato com o ar endurece expulsando a camada residual ao mesmo tempo em que toma o seu lugar como revestimento novo.
Todo o processo completa-se em torno de cinco a seis semanas, e proporciona ao pássaro uma debilidade alimentar, conseqüência da perda de parte da eficiência de algumas funções vitais do Bico.
Neste período devemos fornecer aos Curiós alimentos de consistência branda, buscando facilitar as operações de esmagamento e descascagem das sementes oferecidas. Recomenda-se neste período em que os Curiós sofrem restrições alimentares, por terem reduzido a eficiência mecânica do seu bico um regime alimentar rico em proteínas, destinadas a reporem as reservas do organismo, gastas com a Muda de Penas e Bico.
Costumamos ministrar no bebedouro um complexo vitamínico aliado a uma mistura de sementes a base de Painços com o intuito de minimizar os problemas nutricionais provocados pela Muda em questão. A Muda de Bico normalmente ocorre conjuntamente com a Muda anual de penas. Entretanto, alguns Curiós as fazem de forma tão gradual que não chega a ser notada pelo criador, outros Curiós não seguem esta regra.
Atribuímos este comportamento à presença de deficiências nutricionais que termina por canalizar as reservas protéicas para a Muda de Penas obrigando-os a efetuar a Muda de Bico em período distinto. Alguns Curiós antecipam a Muda de Bico em relação à de penas, que só terá início alguns meses depois da conclusão desta.
Nestes casos o criador geralmente observa a presença das sementes esmagadas no comedouro, e este fato indica a presença da muda, que, quando isolada, apresenta-se bem mais forte que a muda combinada com a de penas.
Quando a Muda de Bico apresenta-se isolada, é comum a observação por parte do criador de áreas do bico com coloração diferenciada mostrando claramente o surgimento do novo revestimento queratinoso.
Quando a muda de penas ocorre, e as penas caem uma após a outra, em uma sucessão uniforme e regular, sendo que na medida em que caem são substituídas em ordem igualmente regular por penas novas, e a muda é espaçada de forma harmoniosa, os Curiós conservam a sua capacidade de voar durante este período e apresentam uma muda de bico imperceptível aos olhos do criador, sendo este comportamento muito comum aos Curiós criados em viveiros.
Comportamento contrário verifica-se nos Curiós de Gaiola que perderam ao longo do tempo esta capacidade, ficando incapacitados de voar durante a muda combinada de penas e bico exigindo do criador cuidados especiais de manejo.
A camada queratinosa tem vida e esta vida é limitada, quando a camada superficial morre é substituída por uma nova e o seu ciclo de vida é anual.
Bicos das Aves – Formas
Devido ao fato de os seus membros anteriores estarem totalmente adaptados ao voo – com a importante excepção das aves de rapina e papagaios – a maior parte das aves apanha e segura os seus alimentos com o auxílio do bico.
O bico das aves diferenciou-se numa grande variedade de formas especializadas que lhes permitem apanhar diferentes tipos de alimentos, desde animais grandes a minúsculos componentes de plâncton.
Esta especialização foi recentemente evidenciada pelo hui da Nova Zelândia. Nesta notável espécie, infelizmente hoje extinta, o bico do macho era curto e direito para sondar, enquanto o da fêmea era longo e curvo para apanhar insetos.
Bicos que quebram sementes
O bico das aves exerce a maior força junto à base. Aves como os tentilhões, que vivem de sementes duras, têm bicos curtos e cónicos, conseguindo assim quebrar a casca das sementes de que se alimentam. A seguir removem habilmente o que se encontra no seu interior.
Uma ave aquática em terra
O bico excepcionalmente longo da galinhola é típico das aves aquáticas – grupo de aves que inclui os borrelhos e o maçarico-das-rochas. Mas em vez de utilizar o bico para se alimentar de animais costeiros como fazem muitas aves aquáticas, a galinhola utiliza-o também eficazmente em terra «seca». O seu principal alimento é constituído por minhocas e larvas de insetos e o bico comprido permite-lhe extraí-las do fundo do lodo.
A pinça do maçarico
O maçarico mergulha o comprido bico na vasa para dela extrair vermes e moluscos que estão fora do alcance de outras aves.
Uma peneira subaquática
O flamingo tem provavelmente o bico mais extraordinariamente especializado de todas as aves. Com a cabeça virada para baixo, o flamingo introduz o bico na água servindo-se dele para «coar» os animais e plantas aquáticas de que se alimenta. A parte inferior do bico movimenta-se para cima e para baixo para bombear a água contra a parte superior onde uma franja de lemelas retém os alimentos.
Um bico de carnívoro
O bico do francelho termina num gancho, o que é uma característica das aves de rapina. O gancho serve para estas aves dilacerarem animais demasiado grandes para serem engolidos inteiros.
Bico em pinça
O melro-preto tem um formato de bico que é partilhado por milhares de espécies de aves de tamanho médio. É afilado para que o animal possa apanhar pequenos objetos, como sementes, mas o seu comprimento permite à ave apanhar presas maiores, como minhocas. O bico amarelo-alaranjado do melro-preto macho é também utilizado como sinal destinado às fêmeas.
Um pato com dentes
Ao contrário dos mamíferos e dos répteis, as aves não têm verdadeiros dentes, que são elementos ósseos. Contudo, algumas aves desenvolveram estruturas que são muito semelhantes a dentes. Os mergansos, por exemplo, têm bicos serrilhados para segurar os peixes tando em água doce como no mar.
Um bico para «chapinhar»
Muitos patos alimentam-se apanhando alimentos à superfície ou abrindo e fechando o bico enquanto percorrem com ele a superfície das águas. A água entra por entre as duas metades achatadas do bico e tudo o que nela estiver em suspensão é «espremido» e engolido. Este processo é semelhante ao da filtração do flamingo, embora um bico de pato esteja muito menos especializado e possa ser utilizado para outros tipos de alimentação.
Um bico para todos os fins
Os bicos das gaivotas são compridos e terminam num gancho que é mais pequeno mas em muitos aspectos semelhante ao das aves carnívoras. Este formato de bico não só lhes permite caçar e segurar presas como peixes, ao longo do comprimento do bico, mas também as ajuda a dilacerar os alimentos.
Bicos das Aves – Tipos
A função mais importante do bico de um Pássaro ou Ave é a alimentação, e é moldado de acordo com o que eles comem.
Tipo de Bico Comum
Bico para Captura de Insetos
Bico para Comer Milho
Bico para comer sementes de coníferas
Bico para Nectar
Bico para Comer Frutas
Bico para Escarificação
Bico para Compensação de Mergulho
Bico para Superfície de Desnatagem
Bico para Filtro de Alimentação
Bico para Pesca
Bico para Exercício de Pesca
Bico para Lavar
Bico Raptorial
Fonte: www.ccpp.com.br/www.avespt.com
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