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Extrativismo Vegetal – Definição
O extrativismo de produtos florestais não madeireiros é frequentemente visto como uma alternativa aos modos insustentáveis de extração de recursos vegetais.
Extrativismo vegetal é quando o produto retirado da natureza é de origem vegetal, por exemplo, madeira, borracha, frutas, etc. No caso do extrativismo, a natureza se encarrega de todo o processo produtivo, apenas a colheita é feita pelo homem. O desenvolvimento da flora é espontâneo e natural.
Por isso, a agricultura não deve ser confundida com o extrativismo vegetal. A atividade agrícola envolve a participação humana em todo o ciclo de produção da matéria-prima. O exemplo clássico de extração vegetal é a retirada da seiva da seringueira, o látex utilizado na fabricação da borracha.
Extrativismo Vegetal – O que é
A extração vegetal é um processo que visa extrair determinados recursos presentes nas plantas.
É uma operação de separação sólido/líquido: um objeto sólido (a planta) é colocado em contato com um fluido (o solvente). Os componentes vegetais de interesse são então solubilizados e contidos no solvente.
A solução assim obtida é o extrato desejado.
O solvente será eventualmente eliminado para isolar o extrato da planta. Se for para a indústria alimentícia, não é necessário separar do extrato. Caso contrário, uma segunda operação de separação permite obter um extrato seco.
Hoje em dia, o termo “extrair” é freqüentemente usado incorretamente. Na verdade, apenas a extração sólido/líquido é capaz de produzi-los, mas às vezes simples pós de plantas trituradas são comercializados como “extratos”.
A origem da extração de ingredientes ativos vegetais se perdeu no tempo. De fato, foi muito cedo que o homem descobriu as vantagens das plantas e as primeiras técnicas de separação do que hoje chamamos de “extratos”.
Os primeiros extratos eram obtidos essencialmente por extração aquosa ou fermentação alcoólica, e segundo procedimentos como infusão, maceração, decocção e hidrodestilação.
A simplicidade desses procedimentos, bem como as ferramentas, materiais e métodos de aquecimento da época, significavam que o extrator era um homem das artes e não um cientista.
Hoje, essa atividade requer o uso de autômatos precisos e materiais adaptados. Beneficiou-se de avanços em engenharia de processo, fitoquímica e análise. Além disso, novas tecnologias para auxiliar a extração (alta pressão, micro-ondas, ultrassom, etc.) estão sendo desenvolvidas.
No entanto, a noção de expertise na extração vegetal permanece até hoje uma combinação equilibrada de domínio de parâmetros técnicos e tradição.
Extrativismo Vegetal – Brasil
Extrativismo Vegetal
O extrativismo vegetal é um subsetor da agricultura que tem recebido atenção internacional considerável, devido ao seu suposto potencial para promover o uso sustentável de florestas tropicais e outros ecossistemas naturais, por exemplo, através da colheita de produtos não madeireiros em reservas extrativistas.
Vamos nos concentrar em produtos florestais não madeireiros, como nozes, látex e frutas.
O manejo sustentável da madeira poderia, em princípio, fornecer uma importante alternativa ao desmatamento, mas, na prática, a relação tem sido inversa: a exploração madeireira insustentável possibilita o processo de desmatamento.
Nos escritos sobre a história econômica do Brasil, o extrativismo vegetal – um sistema de produção baseado na remoção humana de biomassa de ecossistemas naturais – tem sido consistentemente equiparado ao atraso. Um historiador brasileiro clássico como Buarque de Holanda vê os sistemas extrativistas históricos, adaptados pelos colonos portugueses de tradições indígenas, como uma resposta lógica a um ambiente físico abundante em terra com solos tropicais limitados, pragas abundantes e escassez de mão-de-obra. No entanto, para ele também é um sistema conduzido pelo espírito conquistador ibérico de mineração e comércio de recursos, permitindo colher os frutos da natureza sem o esforço organizado e laborioso do cultivo da terra. Por outro lado, o contemporâneo Gilberto Freyre na verdade credita aos portugueses seus esforços pioneiros de passar do “extrativismo puro” para a agricultura.
Extrativismo Vegetal – Processo
Extrativismo Vegetal
A extração vegetal é uma extração sólida/líquida, eventualmente seguida por estágios de purificação. É assim definida como uma operação de separação de um ou vários constituintes (sólidos ou líquidos) contidos num objeto sólido por solubilização num fluido. Este fluido, geralmente conhecido como solvente, pode ser um líquido ou um gás (vapor d’água ou fluidos supercríticos).
Em termodinâmica, o objeto sólido é uma mistura homogênea em equilíbrio, ou seja, na ausência de perturbações externas não sofrerá nenhuma modificação.
Isso pode ser comparado ao tratamento de misturas heterogêneas, que podem ser fracionadas por filtração, decantação ou centrifugação, por exemplo.
Na extração sólido/líquido, esta perturbação consiste em uma troca de energia térmica e mecânica com o meio, combinada com o fornecimento de um terceiro elemento, o solvente. Após esta perturbação, o sólido deixa de estar em equilíbrio e o sistema sólido-solvente avança para um novo equilíbrio através da transferência de massa. Toda a arte da extração é uma questão de entender os parâmetros que influenciam a natureza e a cinética dessa transferência de massa do sólido para o líquido.
O crescimento do mercado de produtos extrativos tem conduzido a domesticação de plantas e a descoberta de substitutos sintéticos. Outras variáveis como o crescimento populacional, a mudança nos preços relativos, a baixa produtividade da terra e da mão de obra da atividade extrativa conflitam com o aumento dos níveis salariais afetando a sustentabilidade em médio e longo prazos.
A criação de mercados verdes e de certificação pode prolongar a existência da economia extrativa, mas fatalmente terá dificuldades de sua manutenção no longo prazo, com o crescimento do mercado.
A insistência na manutenção do extrativismo leva a prejuízos para os produtores e consumidores.
Fonte: Colégio São Francisco/www.berkem.com/www.cambridge.org/slideplayer.com.br
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