Revolução Pernambucana

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Revolução Pernambucana – História do Brasil

Revolução Pernambucana (1817), foi uma rebelião mal sucedida que começou na cidade de Recife no estado do nordeste do Brasil (então capitania) de Pernambuco em 6 de março de 1817 e se espalhou para a área circundante. Ele representou o desafio mais crítico para a autoridade portuguesa de qualquer um dos levantes regionais do final do período colonial no Brasil.

Além de declarar a independência do Brasil e defender um sistema republicano de governo, a rebelião colocou forte ênfase no nacionalismo e nas liberdades individuais como defendido pela filosofia iluminista.

rebelião foi planejada e realizada por elites nativas (em grande parte fazendeiros) que se tornaram cada vez mais alienadas pelas restrições impostas pelo controle colonial da economia, e que também estudaram e discutiram formas alternativas de governança nas sociedades secretas, como a maçônica lojas, que começaram a se formar em todo o Brasil no final do século XVIII.

O monopólio do comércio de algodão e os preços vacilantes do açúcar reduziram os lucros das duas principais safras de Pernambuco para grandes proprietários, entre os quais muitos padres.

Os impostos e taxas cobrados sobre as importações aumentaram sua infelicidade. Os pobres, que tentariam deixar sua própria marca no desenrolar dos acontecimentos, foram gravemente prejudicados por uma grande seca em 1816. Composta em grande parte por indivíduos de ascendência africana, essa população em particular experimentou a discriminação comum a todos esses grupos nas sociedades escravistas. Os conspiradores de elite da rebelião, quase todos brancos, permaneceram cautelosos com a volatilidade desse grupo, especialmente devido à linguagem incendiária de liberdade que acompanhou muitas discussões dos ideais iluministas.

luta eclodiu em 6 de março, com Recife conquistado facilmente. No dia seguinte foi estabelecido o governo provisório, com nomeações para os grandes planejadores do movimento, como Domingos José Martins, o padre João Ubaldo Ribeiro, Manuel Correia de Araújo e José Luis de Mendonça. Desde o início, diferenças filosóficas dividiram os membros do governo provisório.

Apesar de terem conseguido estabelecer contato com os promotores de movimento semelhante na Paraíba; com simpatizantes no Ceará; e com aliados em Buenos Aires, Estados Unidos e Inglaterra; grande parte da atividade que veio após a rebelião sofria de desorganização e falta de uma visão coerente. Além disso, a resposta do governo do Rio de Janeiro, que veio na forma de tropas terrestres e bloqueio do porto do Recife, fez com que os revolucionários tivessem que voltar toda a atenção para os preparativos militares.

Após uma série de negociações em que o emissário militar do rei, almirante Rodrigo Lobo, estava em vantagem, os revolucionários abandonaram Recife em 19 de maio. Eles logo foram capturados, e o enforcamento e desmembramento de alguns dos líderes serviu como um severo aviso para aqueles que sonhavam em lançar um desafio semelhante ao controle colonial.

Revolução Pernambucana – Rebelião (1817)

Revolução Pernambucana

Rebelião inspirada nos ideais da Revolução Francesa e da Independência dos Estados Unidos, ocorrida no Recife às vésperas da Independência do Brasil.

O comércio era dominado pelos portugueses e ingleses; as exportações de açúcar enfrentavam dificuldades e a economia da província estava de mal a pior.

Insatisfeitos com o domínio português, proprietários de terra, padres, comerciantes, bacharéis, militares descontentes passaram a se reunir no Recife e iniciaram a conspiração.

O golpe foi planejado para abril de 1817, mas o complô foi descoberto pelo governo e iniciou-se a caça e prisão dos líderes do movimento. No dia 06 de março, o comandante do Regimento de Artilharia do Recife (Manuel Joaquim Barbosa) deu voz de prisão ao capitão José de Barros Lima (o Leão Coroado), este reagiu, sacou da espada e matou o comandante.

Explodia, assim, a revolta que estava marcada para dali a um mês. Em seguida, os revoltosos derrotaram as forças portuguesas e o governador da capitania (Caetano Pinto de Miranda Montenegro) fugiu.

Foi, então, instalado um governo provisório, formado por cinco representantes de categorias da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (representando os militares), Padre João Ribeiro (Igreja), Domingos José Martins (comerciantes), José Luís Mendonça (Judiciário) e Manuel Correia de Araújo (representando os proprietários de terras). Foi instalada uma República, criada sua bandeira, etc.

Os revoltosos pretendiam estender o movimento e enviaram representantes para a Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.

Mas a pretendida expansão não aconteceu: os enviados a Bahia (General Abreu e Lima e o Padre Roma) e ao Ceará (o seminarista José Martiniano de Alencar) foram presos logo ao desembarcar.

E só aderiram ao movimento, ainda assim timidamente, as capitanias da Paraíba e Alagoas.

A República duraria apenas 75 dias, não resistiu à reação da Coroa: tropas enviadas do Rio de Janeiro ocuparam o Recife no dia 18 de maio e sufocaram o movimento. Os líderes foram presos e executados.

Grupos sociais envolvidos nesta revolta?

Revolução Pernambucana

Influenciados por princípios liberais burgueses, grupos de proprietários de terra, padres, comerciantes, bacharéis e militares derrubam o governador da capitania de Pernambuco e instalam um governo republicano provisório.

revolução dura pouco tempo, já que tropas portuguesas ocupam Recife cerca de dois meses depois, prendendo e executando os líderes do movimento.

Revolução Pernambucana – Causas

Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos;
Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil;
Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, liberdade, igualdade e fraternidade, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons;
Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região;
Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816.

Revolução Pernambucana – Objetivo

O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.

Revolução Pernambucana – O que foi

Na primeira metade do século XIX, vários territórios do continente americano se rebelaram contra a dominação europeia.

Dessa forma, inspirados nas ideias iluministas e na independência dos Estados Unidos, um grupo de insurgentes planeja a emancipação da hoje província de Pernambuco.

No início, os participantes conseguiram estabelecer um governo republicano provisório, estabelecendo a liberdade de culto e de imprensa.

Foram duramente reprimidos pelas tropas enviadas por Dom João VI. Como punição, quatro participantes foram executados e o território de Alagoas tornou-se uma província independente.

Revolução Pernambucana

Revolução Pernambucana de 1817, como bem realçou o historiador Oliveira Lima, foi talvez a mais destacada revolução do Brasil pré-república.

Deflagrada em 06 de março por líderes republicanos, a maioria formada por membros das comunidades insurrecionais maçônicas, a Revolução de 1817 proclamou a independência de Portugal e instalou por 74 dias um governo republicano.

Fez reformas modernizadoras nos tributos, na administração pública, e introduziu a liberdade religiosa e a liberdade de imprensa.

Sinalizou a abolição da escravidão, ao garantir a liberdade a todos os escravos que se inscrevessem nos batalhões revolucionários.

Contou com forte apoio popular, não só pelo espírito libertário de seu ideário iluminista, como pelo zelo para com o patrimônio público e o espírito de tolerância democrática.

Vitorioso o movimento, não foram promovidas execuções das lideranças realistas, nem confiscos de seus bens. O que, aliás, foi a marca da conduta dos realistas quando derrotaram o movimento e vitimizaram mais de 1.600 mortos e feridos, alguns fuzilados ou enforcados em praça pública e, depois, esquartejados.

A Revolução de 1817 teve constituição republicana e legou a Pernambuco a bandeira que, desde as comemorações do seu centenário, é a oficial do estado.

Entre os seus principais líderes despontaram Domingos Martins, o Padre João Ribeiro, o Vigário Tenório, o primeiro embaixador brasileiro Cruz Cabugá (nos EUA), o Padre Roma, Domingos Teotônio, Frei Miguelinho, Antônio Carlos de Andrada e Silva, Barros Lima (O Leão Coroado), Gervásio Pires e Frei Caneca, este último depois fuzilado em 1825 por ter chefiado a Confederação do Equador.

Mas reconhecidamente foi o comerciante capixaba Domingos Martins o seu mais destacado líder. Maçon de sólidos ideais iluministas e republicanos, Domingos foi o principal esteio do Governo Revolucionário que antecipou a Independência, a República, o Constitucionalismo e a Abolição da Escravidão.

Encarna com toda legitimidade o espírito libertário que tem marcado a alma pernambucana de um irredentismo presente em episódios como o primeiro grito de República de Bernardo Vieira de Mello em 1710, a própria Revolução de 1817 por ele liderada, a Confederação do Equador de 1824 e a Revolução Praieira de 1848.

Neste momento o 06 de março, data da Revolução de 1817, foi escolhido pelo povo pernambucano como a data magna do Estado.

Nada mais justo de que inscrever na galeria dos heróis nacionais aquele que foi o principal líder de um movimento que chegou a instaurar tão precocemente um estado republicano independente de Portugal, fundado nos mais profundos valores democráticos e patrióticos.

Um líder que ousou enfrentar as forças da monarquia e que tornou-se mártir e precursor da nacionalidade brasileira.

Fonte: www.pe-az.com.br/www.camara.gov.br/www.encyclopedia.com(Judith L. Allen)/www.bahia.ws

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