Revolução de 32

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Revolução de 32 – São Paulo

No ano de 1932 estourou no estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932 uma série de conflitos entre tropas formadas por paulistas e tropas federais, contra as medidas adotadas pelo governo de Getúlio Vargas tidas por autoritárias pela elite paulista.

Dois anos antes da Revolução Constitucionalista, ocorreu outra revolução: A Revolução de 1930,que colocou Getúlio Vargas no poder em uma aliança entre os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba depondo o presidente em exercício Washington Luís e inviabilizando a posse do representante paulista Júlio Prestes.

Essa ruptura institucional (ou seja, golpe) denominada Estado Novo (1930-1934)deu-se devido ao descumprimento por parte dos paulistas em manter o acordo de alternância do poder federal entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, a famosa política do café com leite.

Nela, as oligarquias de ambos os estados controlavam as eleições e, a cada quatro anos, o presidente em exercício se comprometia em indicar o seu sucessor que deveria ser um membro do outro estado, garantindo assim o favorecimento as oligarquias durante a vigência daquele mandato.

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A propaganda paulista foi tão eficaz que muitos paulistas doaram bens de valor como pulseiras e anéis de ouro e prata para financiar os combates.

Com a posse de Vargas, São Paulo encontrou-se na situação de estado mais rico e importante da federação que, no entanto, deixava de dar as cartas nas decisões políticas como se outrora fosse.

O recém proclamado presidente, já demonstrando seu caráter autoritário, ao assumir, dissolveu o Congresso nacional e os poderes estaduais sob o pretexto de “em breve” colocar em vigor uma nova constituição.

No entanto, passado mais de um ano e meio de governo, Getúlio não dava sinais de que planejava de fato elaborar uma nova carta magma que estabelecesse novas premissas para a política nacional.

Somado a esse fato, uma série de atritos entre o presidente e os poderosos cafeicultores paulistas foram alimentando a insatisfação destes últimos que iniciaram uma forte campanha contra  Vargas.  Uma dessas medidas era a indicação de governantes não paulistas para atuarem como interventores do governo no estado, em um nítido gesto de hostilidade do governo frente ao estado e que feria o já inflado ego paulista.

As oligarquias paulistanas passavam então a pressionar o governo federal para que esse extinguisse o governo provisório e realizasse novas eleições presidenciais.

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Cartaz de propaganda anti Vargas no qual São Paulo aparece representada na figura do bandeirante forte, grande e destemido contra o pequenino e amedrontado Vargas

Os ânimos acirrados promoveram movimentos pró e contra Getúlio dentro do estado, sendo que este último possui mais adesão pelos paulistanos.

O estopim para o desencadear dos confrontos deu-se no dia 23 de maio de 1932.

Alguns estudantes da Faculdade São Francisco participavam de um protesto contra o interventor Osvaldo Aranha, quando tentaram invadir o Clube 03 de Outubro, local onde se encontravam alguns membros do grupo situacionista Liga Revolucionária.

A tentativa de invasão foi combatida pelos participantes da Liga que acabaram assassinando 05 dos estudantes envolvidos, cujos nomes serviram de inspiração para a formação do grupo denominado MMDC,que planejava uma revolta armada contra o autoritarismo varguista.

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À esquerda cartaz de propaganda paulista nitidamente inspirado no famoso cartaz de recrutamento norte-americano (à direita)utilizado em 1917 cuja tradução é “Eu quero você para o Exército dos E.U.A.”. Cartazes semelhantes também foram utilizados nos conflitos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) por muitos países envolvidos nos conflitos.

Com os assassinatos, no dia 09 de julho de 1932 se iniciaram os conflitos que dariam início a Revolução Constitucionalista, que apenas chegaria ao fim alguns meses depois, no dia 02 de outubro.

O número de combatentes paulistas era expressivo apesar de não se existir consenso quanto ao número real de combatentes, dado ao fato de que, as tropas eram constituídas por homens de várias partes do estado, sendo a grande maioria, voluntários convencidos devido a grande e potente propaganda paulista realizada pelo rádio e pelos jornais paulistas.

Como o descontentamento para com Getúlio era compartilhado por muitos outros estados, cogitou-se em um primeiro momento que outras partes da federação também se engajariam nos combates armados, em especial do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e até mesmo o Rio Grande do Sul. Apesar de alguns pontos isolados dessas localizações terem se mostrado afeitas à Revolução, a participação efetiva desses estados acabou não se concretizando.

Como um efetivo humano notadamente superior, o governo federal conseguiu vencer militante o estado de São Paulo. Todavia, em termo de moral e propaganda política, São Paulo saía vitoriosa, ao questionar o recém instaurado governo varguista e conseguir com que o mesmo convocasse uma Assembleia Geral e se comprometesse a instaurar uma nova Constituição que apenas viria a ser aprovada  em 1934.

Revolução de 32 – História do Brasil

Revolta Constitucionalista (São Paulo)

Revolta Constitucionalista de 1932

Em 1932, o estado brasileiro de São Paulo se rebelou contra o governo central.

As sementes desse levante foram lançadas logo após a Revolução de 1930, quando o Partido Democrata (PD) esperava governar o estado substituindo o Partido Republicano Paulista (PRP).

O presidente Getúlio Vargas, no entanto, colocou tenentes (tenentes do exército) no controle do estado e concordou com suas objeções a uma rápida reconstitucionalização do Brasil. Líderes de São Paulo, um estado acostumado a um papel nacional dominante, ficaram tão alienados por Vargas que o PD e o PRP formaram a Frente Única Paulista (FUP), anti-Vargas, pró-constituição, que conspirou com a Frente Única gaúcha. Riograndense (FUR) para derrubar Vargas.

Em maio de 1932, Vargas prometeu uma eleição para a Assembleia Constituinte em 1933, e São Paulo conquistou seu querido governo estadual da FUP. Mas em julho, o general Bertoldo Klinger, escolhido pelos conspiradores em abril para liderar a revolta, foi demitido por Vargas do comando de sua tropa no Mato Grosso, um desdobramento que, segundo acordo da FUP-FUR, pedia revolta.

Os paulistas, incitados pela oratória pró-constituição e anti-Vargas, estavam determinados a derrubar Vargas e assim recuperar o papel nacional dominante de seu estado. Assim, enviaram tropas para a batalha e ficaram desapontados quando os outros estados, principalmente Rio Grande do Sul e Minas Gerais, não aderiram à rebelião. Em setembro, depois que os paulistas recuaram diante das forças federais superiores, suas tropas estaduais se renderam, para surpresa de seus políticos. Vargas exilou os líderes de São Paulo para Portugal, mas tratou o povo de São Paulo com generosidade e implementou seus planos de constituição.

Fonte: Vinicius Carlos da Silva/www.encyclopedia.com

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