Revolta de Vila Rica

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Vila Rica, localizada na região mineira, deu origem a uma importante agitação popular no século XVIII, a Revolta de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos, em 1720.

A população mineira revoltou-se com a reincidência de abusos por parte das autoridades metropolitanas e foi oposição à determinação da administração real de proibir a circulação de ouro em pó.

Revolta de Vila Rica – Causas

Para entender a Revolta de Vila Rica, é preciso conhecer o tipo de ouro ali encontrado. A princípio, havia bastante ouro de aluvião – em pó – nas margens dos rios e essa característica permitia que muitos retirassem o metal sem pagar ao erário metropolitano o direito à quinta.

A discussão, então, girou em torno de como impedir o contrabando de metal, garantindo a tributação da metrópole. A conclusão foi que a circulação do ouro em pó deveria ser proibida, obrigando o encaminhamento do metal extraído para as Fundições, controladas pelas autoridades portuguesas. Assim, o ouro seria derretido, cultivado e sua circulação autorizada através do selo da Coroa nas barras.

A decisão tomada em 1720 logo gerou oposição de grupos que viviam ou dependiam da atividade, incluindo comerciantes, que usavam ouro em pó para pagar as transações.

Os setores populares foram os mais agitados, pois a perda significativa do metal precioso para a tributação real comprometeu sua condição de sobrevivência.

Entre os populares, os estrelinhas, que atuavam em áreas onde havia esgotamento do ouro de aluvião. Eram homens pobres que não podiam alugar as datas mais lucrativas oferecidas pelas autoridades reais.

Revolta de Vila Rica – Conflitos e consequências

Filipe dos Santos, líder popular estrelinha, liderou a revolta da população de Vila Rica. A reivindicação mais importante era que não fossem criadas as Casas de Fundição, além de reivindicações como a quebra do monopólio do comércio e a redução de outros impostos.

A princípio, as autoridades metropolitanas, alarmadas com a situação e temendo que a área estivesse fora de controle, resolveram receber algumas lideranças para negociar. No entanto, após conversas e identificação dos comandos da revolta, foi dada a ordem de prisão a vários deles, incluindo Filipe dos Santos.

Uma multidão aderiu ao movimento, que exigia das autoridades metropolitanas uma repressão exemplar e maior cautela em relação às novas determinações régias.

Filipe dos Santos foi executado, as casas dos rebeldes foram incendiadas, as Casas de Fundição foram mantidas e decidiu-se separar as capitanias de São Paulo e Minas do Ouro, estabelecendo a capitania de Minas Gerais.

Revolta de Vila Rica – História do Brasil

Ano: 1720

Local: Vila Rica, na região das minas

Um latente sentimento de liberdade – denominado nativista – embeveceu os habitantes do Brasil, desde os primórdios do período colonial.

Essas manifestações, muitas vezes de natureza militar, ficaram vinculadas à história da Força Terrestre brasileira, já que não havia como convencer a metrópole, senão pela força das armas, da necessidade de libertar a colônia.

Desde a tentativa de coroação, em 1640, de um rei – Amador Bueno – em São Paulo, que a gente da terra buscava desvincular-se da metrópole. De simples manifestações de desagrado localizadas, o sentimento nativista foi evoluindo até ganhar a condição de movimento de libertação colonial. Das primeiras, constituem exemplos a revolta dos irmãos Beckman, no Maranhão, em 1684; a guerra entre paulistas e intrusos, os emboabas, na região das minas, em 1709; e a guerra entre brasileiros e comerciantes portugueses, os mascates, em Recife e Olinda, entre 1709 e 1710.

Felipe dos Santos: seu “crime” de sonhar com a liberdade foi punido com a morte no garrote vil, argola de ferro que apertava o pescoço.

revolta de Vila Rica, ocorrida na região mineradora em 1720, ao imolar o patriota Felipe dos Santos, lançou o germe que floresceria na mesma região, 70 anos depois.

A independência das Treze Colônias Inglesas da América, ao Norte, constituiu para as metrópoles lusitana e espanhola perigoso precedente, que carecia ser contido. A estimular os ideais de libertação, contribuiu, ainda, o êxito da Revolução Francesa. A Queda da Bastilha colocou em xeque os regimes absolutistas europeus, mantenedores de um pacto que impunha o monopólio comercial e a clausura intelectual aos colonos.

Neste cenário, agravado pela insatisfação gerada pela cobrança extorsiva de impostos e pela impopularidade das autoridades metropolitanas, levantam-se personalidades de relevo na sociedade local, entre estas, um punhado de oficiais do Regimento dos Dragões das Minas. O mais entusiasmado de todos era um simples alferes, Joaquim José da Silva Xavier, que atendia pela alcunha de Tiradentes.

Traídos por Joaquim Silvério dos Reis, os Inconfidentes são presos e condenados ao degredo ou à morte.

O crime que eles cometeram foi o de idealizar uma Pátria livre e soberana e o de rascunhar algumas medidas de governo, como a instauração de uma República, emulada por um dístico: Liberdade, ainda que tardia.

Findo o processo, decretadas as sentenças, as penas são comutadas para todos, menos para aquele que, em gesto de coragem, assumiu toda a responsabilidade pelo levante. Seu destino, a forca; seu corpo, esquartejado; sua descendência, maldita por várias gerações.

Em 1798, na Bahia, soldados juntam-se a alfaiates e à gente do povo para deflagrar a Conjuração Baiana, rápida e violentamente reprimida. Os líderes Lucas Dantas, Santos Lira, João de Deus e Luiz Gonzaga são condenados e enforcados.

Em 1817, Pernambuco é palco do espocar do derradeiro movimento de libertação colonial: a Revolução Pernambucana, cujo epílogo sangrento vai fazer detonar uma outra rebelião, a Confederação do Equador, já com a nação soberana.

A Revolta de Felipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica

Revolta de Felipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na região das Minas Gerais, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.

Na região das Minas Gerais, a elevada carestia de vida, os tributos cobrados com rigor pela Coroa portuguesa e a perspectiva da criação da Casa de Fundição e da Moeda para recolher o quinto real, causavam a indignação da população local contra as autoridades metropolitanas.

O Movimento

Nesse contexto, na iminência da instalação da Casa de Fundição em 1720, as camadas urbanas de Vila Rica, sob a liderança de Felipe dos Santos Freire, se revoltaram exigindo um relaxamento da política fiscal portuguesa.

O Governador e Capitão-General da Capitania de São Paulo e Minas Gerais, Conde de Assumar, cercando a vila, negociou a paz prometendo estudar as reivindicações dos mineradores.

Tão logo os revoltosos depuseram armas, o governador deu ordem de invasão da vila às suas tropas: os líderes do movimento foram detidos e as suas casas incendiadas exemplarmente. Felipe dos Santos, considerado o principal responsável pela revolta, foi preso no distrito de Cachoeira do Campo, sendo sumariamente julgado e sentenciado à morte por enforcamento.

O seu corpo foi esquartejado e exibido publicamente.

Como consequências, a Coroa procurou limitar as vias de acesso às Minas e o escoamento da produção, visando inibir o contrabando e a evasão fiscal. Para facilitar essa tarefa, foi criada a Capitania de Minas Gerais, separada da Capitania de São Paulo.

Este movimento foi considerado o embrião da Inconfidência Mineira (1789).

Revolta de Vila Rica – Período

No período da mineração, havia muita sonegação e contrabando de ouro.

Consciente, a Coroa restaurou a cobrança do quinto através das casas de Fundição e criou várias delas na região das minas.

A revolta de Felipe dos Santos foi uma revolta contra mais essa cobrança de impostos.

Felipe dos Santos liderou uma multidão e se dirigiu à Vila de Ribeirão do Carmo (atual Mariana) para exigir do governador de Minas o fechamento da Casa de fundição e a redução dos impostos.

O conde prometeu atender às reivindicações. Depois de já acalmadas os ânimos, o governador desencadeou a repressão.

As tropas portuguesas tomaram Vila Rica, prendendo várias pessoas. Felipe dos Santos, o principal responsável pela rebelião, foi executado e esquartejado.

A Revolta de Felipe dos Santos ou Vila Rica

A descoberta de regiões abundantes em ouro no centro-sul do Brasil levou a Coroa portuguesa a buscar o maior lucro possível com a exploração da atividade mineradora, criando impostos extremamente altos e tomando drásticas medidas que pretendiam reduzir ao máximo o contrabando.

Diante desta reflexão entendemos que já são bem conhecidas as razões que levaram o governo português a implantar estrutura administrativa e judicial separada para a região das Minas Gerais, no início do século XVIII.

A manutenção da ordem pública e a gestão rotineira da concessão de direitos de lavra e da cobrança de impostos sobre a extração do ouro revelaram-se insuficientes e ineficazes quando centralizadas, primeiro na jurisdição de autoridades sediadas no Rio de Janeiro, depois na de São Paulo, à medida que crescia a população na região das minas e aumentava o volume da produção de ouro. A insatisfação da população em relação à política tributária da Coroa era muito grande, o que criava um clima de hostilidade na região e levava as tropas portuguesas a adotarem posturas de controle bastante agressivas. Além do povo, comerciários e ricos donos de minas também não concordavam com tal política tributária.

Revolta Felipe dos Santos foi uma reação à política econômica da metrópole. As razões desse levante foram os sucessivos aumentos da opressão fiscal e administrativa da Coroa portuguesa.

A Revolta de Felipe dos Santos, ou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na região das Minas Gerais, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.

Este levante teve inicio na noite de São Pedro 29 de Junho de 1720.

Nesta região, a elevada carestia de vida, os tributos cobrados com rigor pela Coroa portuguesa e a perspectiva da criação da Casa da Fundição e da Moeda para recolher o quinto real, causaram a indignação da população local contra as autoridades metropolitanas. As razões deste levantamento foram os sucessivos aumentos da opressão fiscal e administrativa da Coroa.

A criação da Casa de Fundição trouxe consigo a proibição de circular na colônia com ouro em pó ou em pepitas.

O líder da rebelião Felipe dos Santos, um abastado fazendeiro Durante 20 dias, alguns revoltados ocuparam Vila Rica e exigiram o fim das casas de fundição.

Após negociações com o governador da Capitania, Felipe dos Santos retirou-se da vila com a promessa da redução dos impostos.

Mas o governador não cumpriu a promessa e mandou prender os implicados e queimar as suas casas. Os líderes foram deportados e Felipe dos Santos foi condenado à morte. Segundo alguns historiadores, o seu corpo teve parte espalhadas por toda a parte e sua cabeça foi pendurada em um poste.

A revolta ganhou peso quando os revoltosos praticamente tomaram a cidade de Vila Rica. Logo, o governador da região, Conde de Assumar, tentou negociar com os mesmos, acalmando-os e prometendo respostas às suas indignações. Uma das principais consequências desta revolta foi à criação da capitania de Minas Gerais, uma vez que a Coroa viu a necessidade de um maior controle administrativo sobre a região. Felipe dos Santos foi o primeiro líder nativista do país, mais tarde, o Brasil escolhe Tiradentes como seu herói nacional.

Fonte: en.e-reve.com/www.exercito.gov.br/www.geocities.com/members.tripod.com/www.conhecimentosgerais.com.br

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