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O movimento iconoclasta
Iconoclasta e iconofilia são termos que derivam da palavra grega “eikone” que, traduzindo, significa ícone ou imagem. “Klasten” também é uma palavra grega relacionada a iconoclastia e que sua tradução é quebrar. Mesmo sendo complementares em seu contexto, estas duas palavras gregas têm sentidos opostos, pois a segunda se refere negativamente quanto ao uso de imagens com intuito religioso (por isso se origina de klasten: quebrar).
A iconofilia, a veneração por imagens, é justificada pelos teólogos como uma forma didática e eficaz para ensinar os fiéis sobre os santos, as passagens bíblicas e os demais simbolismos religiosos. Isso porque tais obras, sejam esculturas ou pinturas, possibilitam a representação visual desses conceitos de maneira que a interpretação e assimilação são simples para todas pessoas, independente de classe social, grau de estudo ou idade. Outro fator importante que justifica o uso de imagens nessa ocasião é a concentração dos fiéis durante as orações, enquanto eles se mantêm olhando para o ícone, pintura ou escultura toda a atenção se direciona para o momento e para o que nela está representado.
No entanto, em oposição à primeira visão sobre as imagens, surge a iconoclastia. Movimento no qual os cristãos, baseados no antigo testamento bíblico, ressaltam o perigo destes ícones se tornarem o motivo de devoção, o que ocasiona a idolatria pela imagem em si e faz com que os fiéis esqueçam que o objeto é uma representação física do que deve, de fato, ser adorado. Contudo,o limite entre a veneração pela imagem e o respeito com usufruto dos benefícios que essa pode proporcionar, fizeram com que os iconoclastas se movimentassem a favor da destruição das imagens religiosas.
Esse movimento iconoclasta ocorreu no período do império Bizantino,durante os séculos VIII e IX, caracterizando-o assim como um conflito político religioso. Dessa forma, a violência foi, além de apenas quebrar de imagens, mas também o ódio dos iconoclastas provocaram atos violentos com tortura, perseguição e exílio para os adoradores de imagens, nesse período.
Luciana Moretti Angelo
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