PUBLICIDADE
Assim como diversos outros elementos que compõe as paisagens naturais do planeta Terra, o solo também sofre transformações e/ou agressões do meio externo, causadas por fatores naturais, que evidenciam a dinâmica e o funcionamento do ambiente, e por fatores antrópicos, ou seja, causados pelos seres humanos, que indicam as irregularidades das ocupações humanas sobre os espaços geográficos e as paisagens associadas a eles.
Para isto, os estudiosos de diversas áreas do conhecimento definiram o conceito e/ou termo Degradação do Solo, para se referirem ao esgotamento de nutrientes dos recursos pedológicos a partir de ações naturais e humanas, sendo responsáveis pela modificação do ciclo natural da paisagem, como por exemplo, as relações ecológicas entre diversos seres vivos e o solo.
Essa degradação, como citado, possui duas causas distintas, mas que podem se relacionar, transformando-se num problema maior para o meio ambiente. Como forma de pontuar sistematicamente cada uma delas, tem-se as principais causas:
Erosão: Sua maior causa se dá por fatores naturais. Trata-se de um processo em que há o desgaste do material pedológico, sobretudo das camadas mais externas, as que possuem mais nutrientes, principalmente a partir da ação do vento e da água. Esse processo se acelera com o desmatamento, uma vez que o solo fica mais exposto a esses condicionantes exógenos. Ou seja, as ações humanas podem interferir negativamente.
Salinização: É mais frequente em lugares que apresentam altas temperaturas, pois estas aceleram o processo de evapotranspiração do solo, deixando sobre a camada superficial altas concentrações de sais, fazendo o solo ficar mais rígido, quebradiço e até pedregoso. Na região semiárida do Nordeste brasileiro isso é bem comum, embora tenha sido acentuado pelo desmatamento da Caatinga. O Centro-oeste do estado do Rio Grande do Sul passa por um processo parecido, mas está mais associado com o desmatamento dos Pampas do que com o clima.
Lixiviação: Trata-se sumariamente de um tipo de lavagem dos nutrientes que compõe ou estão inseridos no solo por meio da água da chuva. Essa retirada de nutrientes deixa o solo quase pobre. Novamente, esse processo pode ser influenciado e acelerado pelo desmatamento, uma vez que deixa os solos mais expostos. Alguns pesquisadores associam essa causa a um ciclo dos nutrientes presentes no solo, como acontece na Amazônia.
Laterização: A decomposição de alguns tipos de rochas ao longo do tempo para formar os solos, pode ocasionar o acúmulo de substâncias como o Hidróxido de Ferro ou de Alumínio na superfície do solo. Essa degradação é natural, mas assume o caráter degradador pois inviabiliza o desenvolvimento de atividades agrícolas sobre determinadas regiões com essas características pedológicas.
Essas causas desencadeiam uma série de consequências que afetam diretamente a vida dos seres humanos e seus desenvolvimentos sociais, políticos e econômicos, uma vez que a degradação pode impedir atividades agrícolas pela infertilidade, ocupações humanas pela instabilidade, e além disso, afetar as relações ecológicas entre os seres vivos e o meio.
Degradação do Solo – Erosão
A erosão do solo é um processo natural que ocorre quando o solo é levado pela água corrente, levado pelo vento ou removido por atividades humanas, como o cultivo.
Este processo é considerado essencial para a formação de um novo solo. Infelizmente, devido a práticas de cultivo inadequadas, juntamente com tempestades de vento e chuvas excessivas, a erosão pode se acelerar. Quando isso ocorre, as áreas agrícolas e o meio ambiente como um todo podem ficar comprometidos.
As complicações da erosão do solo podem incluir uma redução da qualidade do solo no local da erosão e cursos de água contaminados em outros locais.
Gean Alef Cardoso
Redes Sociais