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Seu solo comporta sedimentos quaternários de origem continental e marinha e é caracterizado pela ocorrência expressiva de dunas, desenvolvidas em paralelo à orla marinha.
No litoral do Rio Grande do Sul, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe ocupa vasta planície resultante de extensas e numerosas restingas que barram as lagoas costeiras.
Sob forte influência marinha, a cobertura vegetal do Parque varia em função de cada ambiente.
Na faixa da praia ocorrem espécies com preferência por solos arenosos e alto teor de salinidade, como a espartina (Spartina ciliata), macela graúda (Senecio crassiflorus), brejo-da-praia (Irisine portulacoides) e grama-rasteira-da-praia (Paspalum vaginatum).
A medida que se avança para o interior passam a ocorrer as dunas móveis, que oferecem reduzidas condições de fixação às plantas. Em seguida, junto às encostas das dunas fixas e semimóveis e próximo a locais úmidos, abrigam-se dos ventos pequenos e médios capões arbustivos, em geral formando cordões paralelos ao litoral.
Nessas áreas encontram-se a capororoca-vermelha (Rapanea umbellata), maria-mole (Guapira opposita), bugreiro (Lithraea brasiliensis) e embira (Daphnopsis recemosa).
Nos banhados mais ou menos extensos, às margens das lagoas, ocorrem ainda juncos (Juncos spp), grama-branca (Panicum reptans), rainha-dos-lagos (Pontederia lanceolata) e taboa (Typha dominguensis).
Parque Nacional da Lagoa do Peixe – Solo
Rica em aves migratórias, a área ê usada como ponto de apoio, por exemplo, pelo flamingo (Phoenicopterus chilensis), que aparece a partir de março, fugindo do frio.
Sua dieta alimentar compõe-se de moluscos e crustáceos. Há também o gaivotão (Larus dominicanus), gaivota-maria-velha (Larus maculipennis) e fragata (Fregata magnificens).
Parque Nacional da Lagoa do Peixe – Aves
Com acesso por estrada a partir de Rio Grande, o Parque não dispõe de infra-estrutura para a acomodação e locomoção de visitantes.
Parque Nacional da Lagoa do Peixe – Visão geral
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe protege um dos refúgios mais destacados da América do Sul para migrantes de longa distância.
Os seus habitats são únicos, incluindo mar aberto, lagoas de água salgada, salobra e doce com zonas húmidas, praias e dunas associadas.
As formações sedimentares geológicas são de origem pré-cambriana com sedimentos quaternários, de origem continental e marinha, geralmente deposições aluviais e marinhas. Tem uma ligação natural com o mar – quando fechado, o nível da água é alto, principalmente no outono e inverno, associado aos ventos sul- Minuano e maré alta.
Essa abertura pode ser artificial, utilizando tratores agrícolas. Quando a barra é aberta, sua ligação com as águas do mar permite um intenso fluxo de nutrientes com alta produtividade associada de invertebrados primários e de fundo. Os típicos pântanos salgados e salobras podem ser encontrados nas profundezas do interior, acompanhando os movimentos das águas provocados pelos ventos no interior do Parque Nacional.
No entanto, essa riqueza de invertebrados também é responsável por uma de suas maiores ameaças, pois a pesca do camarão (Pennaeus spp.) e (Mugil spp.) atrai centenas de pescadores sazonais, o que afeta os recursos naturais através da caça furtiva. Existe uma rica diversidade de vertebrados, mas pouca informação está disponível ou publicada. Nas porções abertas, a flora inclui Spartina ciliata, Senecio crassiflorus, Irisine portulacoides e Paspalum vaginatum. Na borda oeste das paleodunas estão Rapanea umbellata, Guapira oposita, Lithraea brasiliensis e Daphnopsis racemosa.
Parque Nacional da Lagoa do Peixe – Dados
Data de criação: 6 de novembro de 1.986, pelo decreto federal nº. 93.546.
Localização: Rio Grande do Sul, abrangendo os municípios de Mostardas, Tavares e São José do Norte.
Área: 34.700 hectares
Perímetro: 160 km
Clima: temperado, mesotérmico brando superúmido, sem seca.
Temperaturas: média anual de 18 a 20ºC, máxima absoluta de 38 a 40ºC e mínima absoluta de -4 a 0ºC.
Chuvas: Menos de 1250 mm anuais.
Relevo: plano.
Parque Nacional da Lagoa do Peixe
Parque Nacional da Lagoa do Peixe – Rio Grande do Sul
Parque Nacional da Lagoa do Peixe
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe é um parque nacional do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foi criado em 1986 para proteger uma zona de invernada para aves migratórias ao longo da Lagoa dos Patos, o estuário do rio Guaíba ou Lago Guaíba cerca de 200 quilômetros ao sul de Porto Alegre.
O parque situa-se entre duas linhas paralelas de dunas na costa atlântica.
Tem 35 quilômetros de comprimento e em média 1 quilômetro de largura.
As altitudes variam do nível do mar a 17 metros.
Existem duas lagoas de água doce no troço norte, Veiana e Pai João, enquanto outras lagoas e sapais são salgadas.
O parque inclui zonas influenciadas por rios ou lagos, zonas marinhas e zonas intermédias, e apresenta um misto de flora a crescer nas dunas, campos arenosos, planícies aluviais e sapais de água doce e salgada.
A precipitação média anual é de 1.250 milímetros. As temperaturas variam de 0 a 40 °C, com uma média de 21 °C.
O parque é um importante local de descanso para pássaros na rota migratória entre a Patagônia e os Estados Unidos.
Espécies migratórias incluem nó vermelho (Calidris canutus), garajau (Sterna hirundo), sanderling (Calidris alba), maçarico-branco (Calidris fuscicollis), tarambola (Charadrius falklandicus) tarambola-de-peito-ruivo (Charadrius modestus), flamingo chileno (Phoenicopterus chilensis) e flamingo andino (Phoenicoparrus andinus). O tuco-tuco (Ctenomys flamarioni) é endêmico.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE: Proteger ecossistemas litorâneos e espécies de aves migratórias que dependem da unidade para seu ciclo vital, como também para fins científicos, culturais e recreativos.
DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO: Foi criado pelo Decreto n.º 93.546 de 06.11.1986
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
As tribos de índios Tupi-Guarani habitavam a região do Parque há mais de 400 anos atrás.
A região foi colonizada por açorianos.
O nome da unidade se deve à importância da Lagoa dos Peixes, na verdade uma laguna, dentro do ecossistema, a maior e mais procurada pelas aves para a alimentação.
ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Possui uma área de 34.400 há e perímetro de 160 Km.
Está localizado no estado do Rio Grande do Sul, abrangendo os municípios de Tavares (80%), Mostardas (17%) e São José do Norte(3%).
O acesso é feito, partindo-se de Porto Alegre, através da RS-040, até Capivari (90 Km – estrada asfaltada); de Capivari, pela RS-101 até Mostardas (120 Km – estrada asfaltada), onde localiza-se a sede administrativa do Parque.
Da sede aos limites da unidade são mais 25 Km. As cidade mais próxima da unidade são Mostardas e Tavares que ficam à uma distância de 200 Km e 230 Km, respectivamente, da capital.
CLIMA: O clima é subtropical úmido, apresentando temperatura média de 16,5º C e precipitações médias anuais de 1.186 mm.
QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO
Está aberta à visitação pública todos os dias da semana. Não há ainda cobrança de ingresso.
Deve-se observar as grandes concentrações de aves migratórias do Hemisfério Norte (no verão) e Sul (no inverno); e também a baleia franca, entre os meses de julho e outubro, migrando para Santa Catarina.
A Mata de Restinga, os Banhados e as Dunas completam as atrações.
O Parque não dispõe de infraestrutura de visitação e é proibido acampar em sua área.
RELEVO: Apresenta área de vasta planície arenosa, resultante das extensas e numerosas restingas que barram as lagoas costeiras, sua altitude varia entre 0 a 25 m e há ocorrência de dunas (paralelas à orla marinha).
VEGETAÇÃO: A cobertura vegetal do Parque apresenta-se dominada por formações pioneiras (ambientes extremos),ou seja, dunas, banhados salgados e dunas marítimas e ainda vegetaçäo campestre (campos litorâneos),ou seja, Campo Arenoso Úmido e Mata de Restinga.
FAUNA
A avifauna é predominante na unidade, estão listadas mas de 180 espécies, como gansos marinhos, cisnes, marrecos, flamingos, maçaricos, gaivotas, mariquita, pula-pula, entre outros.
Dentre as espécies, pode-se citar algumas ameaçadas de extinção, como: o capororocas (Coscoroba coscoroba), o flamingo (Phoenicopterus ruber), e o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melanocoryphus).
Existem mamíferos como o tuco-tuco, o ratão, a baleia franca e o graxaim.
USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO: Pesca comercial (camarão e tainha), caça clandestina, drenagem (cultivo de arroz), especulação imobiliária, tráfego de veículos e acúmulo de lixo.
BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO: Ecoturismo durante todo o ano (incremento da economia local), ordenamento de atividades econômicas (agricultura, Pesca), implantação de infra-estrutura de saneamento básico (projetos-piloto) e geração de conhecimento (pesquisas).
Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com
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