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Você supostamente já pensou em como os cientistas estudam a Antártica, o continente mais gelado do planeta Terra, que só é possível – em termos de estudos – alcança-lo e habitá-lo durante o verão.
Pois bem, em meados da segunda metade do século XX, um grupo de cientistas russos liderados por Sidorov chegou ao interior da Antártica no dia 16 de dezembro de 1957, criando a estação de estudos científicos denominada de Vostok, que recebeu este nome em honra a embarcação de madeira e vela chamada de “Восто́к” que alcançou este continente gelado por volta de 1821.
A estação está localizada a uma altitude de 3.400 metros e aproximadamente a 1.263 km polo sul magnético da Terra, sendo que o litoral mais próximo fica acerca de 1.260 km, ou seja, quase no coração do referido continente. O que significa que o acesso é muito complicado, sendo apenas possível realiza-lo por meio de aviões, trenós e tratores-comboio geralmente no período de verão.
Tal localização permite que os cientistas estudem as mudanças do polo sul magnético da Terra, uma vez que ele não é estável e fixo. Além disso, monitoram as alterações climáticas que da Terra que tem contato direto com a Antártica, como a cama de ozônio e as mudanças no volume de água dos oceanos.
Observações geofísicas e geológicas e biológicas também são feitas, a exemplo dos estudos de hidrocarbonetos, minérios e água potável, e do desenvolvimento da vida em lugares inóspito, com temperaturas que em média chegam a 60 graus Celsius negativos.
Atualmente as pesquisas realizadas em cooperação e acordo entre Rússia, Estados Unidos da América e França. Mas não pense que são muitos cientistas envolvidos nestas pesquisas: 13 no inverno e no máximo 30 no verão, dificultando os trabalhos realizados neste imenso território.
Um fato marcante registrado por estação está ligado a menor temperatura já registrada em todo o planeta terra, no dia 21 de julho de 1983, auge do inverno no hemisfério sul, a temperatura chegou a 89,2 graus Celsius negativos. Isso só já explica a pouca vontade dos envolvidos em realizar suas atividades nesta área.
Mesmo com o desenvolvimento das tecnologias, como as imagens tiradas de satélite ainda é complicado estudar em totalidade o que a Antártica, uma vez que processos e formas geológicas, geomorfológicas e de vida não são totalmente descobertas, exigindo que trabalhos de campo sejam realizados. Para exemplificar isso, tem-se o lago que encontraram em meados da década de 1970 que possui 12.000 km².
Muitos jornais por aí dizem diversos assuntos sobre o que acontece na Estação Vostok, como, contato com extraterrestres, mas isso a comunidade científica internacional repudia, uma vez que não passam de falácias e ignorância acerca dos estudos realizados nela.
Gean Alef Cardoso
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