Personagens da História de Limeira

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Capitão Luiz Manoel da Cunha Bastos

O fundador de Limeira nasceu em Portugal, na cidade do Porto, em 1788. Sabemos que veio de Vila Rica (Minas Gerais), e que como militar de carreira já era graduado em 1811.

Em 1820 já tinha terras em Limeira – parte da sesmaria do Saltinho – primeira concedida nesta região em 1799, que comprou do tenente Ignácio Ferreira de Sá, de Campinas (Sítios do Tatu), para anexar à metade de sesmaria que também comprou do Coronel Sá, de São Paulo (Sítio da Lagoa Nova), Essas terras vinham desde a foz do rio Pirapitingui até o ribeirão da Lagoa Nova, desdobrando-se pelas margens do ribeirão Tatu até o Rancho da Limeira.

Continuava a residir em São Paulo. Não sendo remunerado o seu posto de militar, tornou-se comerciante, dono da casa Caapora, negócio de fazenda seca, na Rua do Comércio n.º 26.

Como homem público foi sem dúvida pessoa muito conceituada, dado que na sessão de 02 de janeiro de 1822 da Câmara da Vila de São Paulo foi lida uma Carta Régia do Príncipe D.Pedro, fazendo a nomeação de três vereadores e também do capitão Cunha Bastos para Procurador do Conselho Municipal, cargo importante, equivalente ao de um atual Prefeito.

Esteve presente às sessões de vereanças de 23 de maio, 28 de agosto e 03 de setembro, onde assinou a ata como Procurador. Envolvido no episódio da Bernarda de Francisco Ignácio (que teve amplas repercussões e que contribuiu para o evento da Independência), o Capitão Cunha Bastos ainda participou do beija-mão do Príncipe D.Pedro no dia 07 de setembro de 1822. Comparecendo à sessão de 26 de outubro soube da sua suspensão por ordem do Imperador.

Prestou contas da sua gestão e afastou-se da vida pública.

Morreu, traiçoeiramente assassinado de uma “ballada” em seu próprio sítio em 12 de setembro de 1835, e foi enterrado na Matriz de Limeira “donde era Freguez” em 14 de setembro de 1835.

Nicolau Pereira de Campos Vergueiro – O Senador Vergueiro

Importante figura do Brasil Império, foi o personagem maior da fundação e do desenvolvimento de Limeira. Aqui instalou o Engenho do Ibicaba em 1817, onde fixou residência a partir de 1825. A sua iniciativa devemos a abertura da primeira estrada do Morro Azul a Campinas (1823/1826), a criação do Distrito e Freguesia (1830), a Sociedade do Bem Comum de Limeira e a oficialização da doação patrimonial de terras do Capitão Cunha Bastos (1832), a vinda dos imigrantes europeus a partir de 1840 e a elevação a Vila (1824).

Nasceu a 20 de janeiro de 1778, em Portugal, em Val da Porca, termo de Bragança, província de Trás-os-Montes, filho de Luiz Bernardo Vergueiro e Clara Maria Borges de Campos. Fez seus primeiros estudos no âmbito familiar prestando exames em Coimbra, onde estudou até formar-se bacharel em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, em 1801.

Veio para o Brasil em 1803. Casou-se em 1804 com Maria Angélica de Vasconcellos e teve dez filhos: Carolina, Luiz, Angélica, José, Antonia Eufrosina, Maria do Carmo, Francisca, Anna, Nicolau José e Joaquim.

De 1803 a 1815 foi advogado nos auditórios de São Paulo. Promotor dos resíduos (1806).

Em 1807 recebeu junto com seu sogro José de Andrade Vasconcellos uma sesmaria na região de Piracicaba onde instalou o Engenho do Limoeiro. Juiz de Sesmaria (1811 a 1818), Juiz Ordinário em São Paulo (1811) e vereador da Câmara Municipal de São Paulo (1813).

Em 1820 Vergueiro é nomeado Inspetor de Estradas (Piracicaba). Em 1821 membro do Governo Provisório. Deputado à Constituinte Portuguesa (1822) Deputado a Constituinte Brasileira (1823).

No ano de 1825, mudou-se de Piracicaba para sua Fazenda Ibicaba, de 1826 a 1828 é Deputado Geral por São Paulo.

De 1826 a 1829 e de 1830 a 1833, membro do Conselho do Governo da Província.

De 1828 a 1859, Senador pela Província de Minas Gerais.

Foi ainda escolhido para participar da Regência Trina Provisória, foi nomeado Ministro da Fazenda, no 3º Gabinete da Menoridade, Vice Presidente da Província, diretor da Faculdade de Direito de São Paulo, Ministro da Justiça e Ministro do Império. Foi posteriormente do Conselho de S.M. o Imperador.

Em 17 de setembro de 1859, morre na cidade do Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade.

José Ferraz de Campos – O Barão de Cascalho

Nasceu em Itu, 6º filho do sargento-mór Antônio Ferraz de Campos e de sua mulher Maria da Cunha Almeida.

Casou-se em Campinas no ano de 1806 com Umbelina de Camargo, filha de Antônio Pompêo de Camargo e Anna Arruda de Campos.

Teve onze filhos: José Bonifácio de Campos Ferraz (Barão de Monte-Mór), Cândido José de Campos Ferraz (Barão de Porto Feliz), Antônio Ferraz de Campos (casado com sua prima Joaquina, filha do capitão Manoel Ferraz de Campos), Maria Cândida (casada com seu primo Antônio Ferraz de Campos, também filho do capitão Manoel), Teodolinda, Leocádia, Francisco, Anna, Brandina, Umbelina e Maria Luiza.

Foi soldado miliciano na época da Independência. A sesmaria dos Ferraz de Campos, concedida antes de 1820 ao seu irmão capitão Manoel Ferraz de Campos, estava localizada entre a sesmaria de Manoel de Barros Ferraz e as terras de Nicolau Vergueiro, confinando de um lado no espigão do Morro Azul, com o Capitão João José da Silva.

O primeiro a aparecer na história de Limeira foi o capitão Manoel Ferraz de Campos, casado com Anna Bueno de Camargo e em segunda núpcias (1814) com Francisca de Assis Leite Negreiro. Residia em Piracicaba e cuidava das suas propriedades em Limeira. Existe uma carta por ele assinada em 1823, referente à abertura da estrada do Morro Azul a Campinas.

Mudou-se definitivamente para Limeira em 1824, pois consta no censo desse ano, no bairro da Boa Vista, com a nota: “Está se mudando para esta”. Em julho de 1825 ainda é citado numa carta de Nicolau Vergueiro. O capitão Manoel faleceu entre 1826 e 1829. A sua viúva casou-se com Antônio José da Silva (Gordo), o nosso primeiro juiz de paz, do qual teve um filho em 1831.

José Ferraz de Campos, futuro Barão de Cascalho, depois da morte de seu irmão Manoel, passou a cuidar das propriedades de Limeira, os Engenhos de Cascalho e do Cordeiro. Somente anos depois é que se estabeleceu em suas terras, pois não encontramos o seu nome, nem nos assentamentos de batizados, casamentos e óbitos (1831 a 1834), nem na lista dos Guardas Nacionais (1833).

O que temos certeza é que por volta de 1850 construiu uma magnifica residência na esquina da Rua das Flores (Senador Vergueiro) com a Rua do Comércio (Dr. Trajano), doado depois à sua filha Maria Cândida, prédio esse demolido na década de 1930 para das lugar ao Prédio Busch. Foi também residência de Luciano Esteves.

Anos mais tarde edificou o sobrado da esquina da Rua Santa Cruz com a Rua do Comércio, onde deu grandes recepções. Essa casa, que ainda existe, pertenceu posteriormente ao coronel Flamínio Ferreira de Camargo, onde em 1901 se instalou o primeiro Grupo Escolar. Também foi moradia do Dr. Velloso.

José Ferraz de Campos foi um dos que mais contribuiu para a construção da Igreja da Boa Morte, a partir de 1858, tendo custeado as paredes do corpo da igreja até o cobertura.

Quando em 1863 foi feita uma Subscrição Nacional em virtude da Questão Inglesa (Christie), o Comendador José Ferraz de Campos contribuiu generosamente. Nesse evento os cidadãos de Limeira subscreveram 41:000$000. Para a Guerra do Paraguai os limeirenses contribuíram com 37:000$000. dos quais 10:000$000 foram doados por José Ferraz de Campos e 2:000$000 por seu filho Cândido José.

No dia 14 de agosto de 1867, véspera da inauguração da Igreja da Boa Morte, foi agraciado com o título de Barão de Cascalho.

Faleceu a 24 de setembro de 1869, na sua residência de Limeira. O Barão de Cascalho deixou imensa fortuna, distribuindo entre os seus herdeiros as extensas terras do Cascalho e do Cordeiro, com seus cafezais, canaviais, muito gado e mais de 100 escravos. Foi sepultado no Cemitério da Boa Morte. Seu túmulo, um belo mausoléu de mármore italiano, foi trasladado na década de 1890 para o atual Cemitério Municipal.

Joaquim Franco de Camargo – Alferes Franco

Nasceu em Atibaia em 1788, filho do capitão Ignácio Franco de Camargo e sua mulher Gertrudes Pires. Seu pai foi casado quatro vezes.

O Alferes Franco casou-se pela primeira vez com Maria Rosa Franco de Camargo e teve quatro filhos: Joaquim, Matilde, João e Cândida Eliza. Tendo ficado viúvo, casou-se com Maria Lourenço de Morais em 1814 tendo mais 14 filhos: Miguel, Maria Jacinta, Rita de Cássia, Francisca de Assis, José, Escolástica de Cássia, Bento, Joaquim (padre), Ana Joaquina, Lourenço, Clara Miguelina de Cássia, Manoela Assis de Cássia, Carolina Amélia e Cândida Marcolina. Os últimos cinco nasceram em Limeira.

Em 1832 fez parte da Comissão de Divisas em Limeira, Mogi e Rio Claro. Em 1833 é Guarda Nacional de Reserva. Serviu como curador no inventário do Capitão Cunha Bastos em 1835. Em 1836 era Juiz de Paz e foi Delegado de Polícia por muitos anos, sendo também líder político governista (Conservador) tomando parte ativa em todos os tumultuosos episódios do seu tempo, entre eles a notória eleição em duplicata de 1849.

Faleceu em Limeira a 29 de Dezembro de 1861, deixando uma enorme fortuna, principalmente em terras que de Limeira se estendiam por Rio Claro e Araras. Consta de seu testamento 5 sítios em Limeira, 2 sítios em Rio Claro e 1 em Araras, medindo 600 alqueires denominado Sítio da Araras, onde foi fundado a cidade de Araras, onde tinha sido construída a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio.

Bento Manoel de Barros – Barão de Campinas

Nasceu em Araçariguama (Paraíba) em 21 de março de 1791, filho de Francisco Xavier de Barros e de Ana Joaquina Moraes. Casou-se em Itu, em 1810, com Escolástica Francisca Bueno.

Foram pais de sete filhos: Francisco Antônio (Capitão Chico), Escolástica, Pedro Antônio (edificador da Matriz), Anna, Esperança, Elias e Antônio. Viveu em Mogi Mirim antes de vir para Limeira.

Em 26 de agosto de 1818 recebeu uma sesmaria em Limeira, instalando-se em suas terras.

No censo de 1822 já o encontramos, no Bairro do Morro Azul, 6º esquadra com 32 anos agricultor com 4 escravos, produzindo milho e feijão. Em 1826, senhor de engenho, com 16 escravos produzindo 700 arrobas de açúcar.

Foi membro da comissão de divisas da nova freguesia, em 1832, ano em que foi nomeado (segundo) Juiz de Paz de Limeira. Apareceu em 1833 assinado a lista da Guarda Nacional. Também foi subdelegado por muitos anos.

Quando a Igreja da Boa Morte estava sendo construída, o futuro Barão de Campinas efetuou às suas expensas a edificação das torres laterais e o acabamento interno, para o que mandou vir de fora hábeis peritos em entalhe de madeira. Ofereceu as alfaias e custeou as festividades de inauguração da igreja em 14 e 15 de agosto de 1867. Em 1870, o Imperador D. Pedro II agraciou-o com o título de Barão de Campinas. Nesse mesmo ano, iniciou às suas custas a construção de nova Matriz.

Faleceu o Barão de Campinas em 6 de dezembro de 1873, quando as obras da Matriz estavam no meio. No seu testamento deixou reservado a quantia de 100.000$000 para que seu filho Pedro Antônio as completasse.

Foi sepultado na capela-mor da Igreja da Boa Morte, sob profunda consternação do povo de Limeira que reverenciava aquela figura patriarcal. Tinha determinado que seu corpo fosse conduzido por seis homens pobres aos quais se daria 20$000 e que nesse dia se distribuísse a quantia de 600$000 em fazendas (mantimentos) às pessoas mais pobres da cidade.

Antonio José da Silva – Gordo

Nasceu em Portugal, na cidade do Porto, em 1804. No censo de Limeira de 1822 consta Antônio José da Silva, com 19 anos, solteiro, branco, administrador do engenho do brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, recém- instalado, com 64 escravos. Gordo foi o apelido que lhe deram para diferencia-lo de um homônimo da vizinhança.

Casou – se com Francisca de Assis Leite, viuva do Capitão Manoel Ferraz de Campos (irmão do barão de Cascalho).

Foi o primeiro Juiz de Paz de Limeira, nomeado em 1831. Em dezembro de 1831, Estevam Cardozo de Negreiros (seu sogro) pediu demissão do cargo de Inspetor de Estradas e indicou como pessoa idônea para o lugar, Antônio José da Silva, que assumiu em 27 de janeiro de 1832, até por volta de 1845. Em 1832 fez parte da comissão de divisas da nova freguesia de Tatuhiby, atuando ao lado de Nicolau Vergueiro, Alferes Franco, Bento Manoel de Barros e outros.

Em 1835 foi o inventariante do seu amigo capitão Luiz Manoel da Cunha Bastos, o fundador de Limeira.

Na revolução liberal de 1842, no combate da Venda Grande; participou com uma força rebelde de Limeira que foi posta em debandada com 17 mortos e muitos feridos, comandada por Antônio José da Silva (Gordo), cujo apelido militar era Tenente Boava Gordo (Boava significava Português.)

Foi um dos seis vereadores da Primeira Câmara Municipal (1844) e presidente da Segunda (1845).

Antônio José da Silva Gordo faleceu em 1º de agosto de 1851. Foi tronco da importante Família Silva Gordo, desde Estado. Uma de suas filhas casou-se com Prudente José de Moraes Barros, que foi presidente da República, e a outra com Manoel Barros, senador da República, irmão de Prudente de Moraes.

Olivério Benedito Penedo

Um dos beneméritos da nossa formação, nasceu em Campinas em 1810. Veio para Limeira em 1831, já casado com Anna Rufina Ferraz e com dois filhos, João e Olivério. Aqui se estabeleceu como comerciante. Em 15 de agosto de 1832 leva sua filha Theodolinda à pia batismal. Em 20 de outubro de 1834 batizam outra filha com o nome de Maria.

Aparece inscrito como Guarda Nacional em 1833, onde está registrado como natural de São Carlos (Campinas), casado, negociante, com 23 anos. Foi recenseado na Vila de Limeira em 1844. Na eleição desse ano foi votado em 10º lugar para eleitor da Via. Em decorrência assumiu a vereança na Câmara Municipal em 1845.

De 29 de janeiro de 1847 a 10 de janeiro de 1849 foi Fabriqueiro da Matriz, assinando os termos da venda de terrenos. Na 1º ata de qualificação de Limeira, Olivério Benedito Penedo figura entre os oito eleitores convocados, em 17 de janeiro de 1847. A ultima referência à sua pessoa está no Registro Paroquial de Terras, feito em 1854 onde consta como proprietário no Bairro dos Pires.

Cidadão de espírito civil elevado, sempre atuante em benefício da comunidade, participou efetivamente dos principais eventos da nossa cidade, desde a eleição a distrito e freguesia à criação de vila e seu desenvolvimento.

Major José Levy Sobrinho

Um limeirense dedicado à sua terra, comerciante, industrial, pioneiro da citricultura e sericultura, chefe político, homem público de destaque, de nobres atos e real participação na vida da nossa cidade.

Nasceu em Limeira em 17 de dezembro de 1884, filho mais velho de Simão e Ana Levy. Fez seus estudos em Petrópolis e em Poços de Caldas, seguindo para a Alemanha onde completou curso de comércio. Regressou para Limeira, assumindo a gerência da Casa Bancária Levy & Irmãos.

Começou na política aos 21 anos como vereador. Foi Presidente da Câmara, Vice-Prefeito de 1908 a 1910 e Prefeito Municipal de 1910 a 1913. Nessa gestão trouxe até Limeira a água de Cascalho que abasteceu a cidade durante 40 anos. Foi presidente do Diretório Municipal do partido Republicano Paulista, Juiz de Paz e suplente de delegado.

Casou-se em 1912 com Ana Carolina de Barros (filha do Capitão Manoel de Toledo Barros e bisneta do Barão de Campinas) tiveram os filhos Manoel Simão e Levy José de Barros Levy.

Durante 40 anos residiu e dirigiu a sua propriedade, a Fazenda Itapema. Pioneiro da Citricultura Paulista, em 1908 mandou vir de fora 2 exemplares da laranjeira Bahia Cabula e foi com as borbulhas destas plantas que ele constituiu um pomar de 17.000 árvores na sua famosa chácara Bahiana.

Foi desse pomar as primeiras laranjas exportadas para a Europa em 1926, por iniciativa de seu irmão João Carlos Baptista Levy associado a João Dierberger Júnior. Contribuindo para o fomento da sericicultura, plantou campos de amoreiras na Fazenda Itapema, onde teve uma grande criação de bicho-da-seda.

Foi sócio de uma das primeiras fábricas de enxadas, em Jundiaí; explorou uma jazida de mica, em Paraibuna; era sócio da Fabrica de Phosphoros Radium; da Fabrica de Pregos e da serraria de J.Levy & Irmãos; montou em Limeira uma fiação de seda; e teve a FIOSEDA, indústria de torção de fios, em Cordeirópolis – SP.

Na revolução de 1932 foi chefe do M.M.D.C. e organizador do Batalhão Limeirense. A convite de PEDRO DE TOLEDO foi nomeado presidente da Comissão de Produção Agrícola do Estado. Novamente Prefeito Municipal, de maio de 1938 a abril de 1939, deixou o cargo para assumir como Secretario da Agricultura, Indústria e Comércio no governo do Interventor ADHEMAR DE BARROS até maio de 1941.

Nessas funções além de estabelecer bases mais seguras de proteção à laranja e de mandar equipar a Casa da Laranja de Limeira com uma estação piloto para produção de suco concentrado, incentivou o plantio de milho hídrico e apoiou o programa de abertura de poços artesianos como meio de abastecimento público de água. Também forneceu meio para que o I.P.T. montasse uma usina de chumbo em Apiaí.

Nas suas múltiplas atividades, Major Levy foi presidente do Tiro de Guerra, Provedor da Santa Casa, Provedor da Confraria da Boa Morte, Governador do Distrito 41 de Rotary International (como sócio do Rotary Club de Limeira), vice-presidente do Partido Republicano Paulista, mentor e benemérito de várias entidades, entre elas o Aéreo Clube de Limeira, A.A. Internacional e a Rádio Educadora de Limeira.

Desde muito jovem líder indiscutível, desfrutando de uma grande circulo de amigos e seguidores, era chamado de “Major”, ficando conhecido como Major Levy, título que foi dado por “sua gente”.

Faleceu na Fazenda Itapema em 22 de janeiro de 1957.

Comendador Agostinho Prada

Um dos grande beneméritos da nossa terra, aqui chegou aos 13 anos, fundando a primeira das grandes indústrias de Limeira. Sua vida foi marcada por corajosas iniciativas e nobres atos. Nasceu Agostinho Prada em 2 de abril de 1885, em Madrano, Província de Trento, na Itália, o caçula dos dez filhos de Giuseppe Prada e Ana Baitella.

Chegou ao Brasil em 1898 e foi trabalhar com seu irmão em um armazém, a Casa Prada, aos 16 anos, já era interessado da firma, assumindo a gerência dos negócios na ausência do irmão José Prada.

A firma entrou como acionista na nascente sociedade que explorava os serviços de eletricidade de Limeira, fundada pelo Dr. Camargo e os Srs. Kehl e Ignarra.

Em 1906 comprou a sua casa de moradia, pertencente ao médico Antonio Cândido de Camargo, que tinha se transferido para São Paulo. Esta residencia é o prédio da ex-prefeitura na Rua Barão de Cascalho. Já tinha o seu automóvel um dos primeiros que houve no Brasil. Montou na garagem anexa a essa casa, uma fábrica de gelo, com máquina importada da Alemanha. Comprou para a firma um terreno perto da estação e lá instalou uma máquina de beneficiar arroz, também alemã.

Formou a firma Cruz, Prada & Cia. Para exploração dos serviços telefônicos de Rio Claro. Essa empresa constituiu a rede de interurbano que ligava Campinas, Rebouças, Vila Americana, Limeira, Cordeiro, Rio Claro, Corumbatay e São Carlos. Em 1907, com o início da fabricação de chapéus de pêlo, em dependência da sua residência, com trinta empregados foi plantada a semente daquela que viria a ser a maior fábrica do gênero.

No ano de 1908 casou-se com D.Clélia Cocito e foram os pais de Aldo, Ada, Remo e Túlio.

Tendo se tornado insuficiente o espaço onde funcionava a fábrica de chapéus, decidiu construir um pavilhão perto da sua máquina de arroz. Para isso utilizou o material do antigo mercado municipal estão existente no largo do Teatro (Praça Toledo Barros), que comprou por Dois Contos e Quinhentos. Em 1909, com dois sócios, forma no Triângulo Mineiro a Cia. Força e Luz de Araguary.

Em 1910, transfere a fábrica de chapéus para o novo local e inicia-se a fabricação de chapéus de lã. Comprou um terreno de 5 alqueires que ia desde o Ribeirão Tatu até o Lazareto ( alto da Vila Camargo) e organizou a Cia. Industrial de Limeira. Nesse terreno, em sociedade com os irmãos Levy, instala-se a Fábrica de Phosphoros Radium. A Cia. Telefônica Bragantina foi por curto tempo patrimônio dos Prada.

Em 1911 Agostinho Prada muda-se para São Paulo, vendendo a sua residência de Limeira para a municipalidade, onde nesse ano se instalou o Paço Municipal.

Em 1912 a Fábrica Prada monta escritório central em São Paulo. Posteriormente é comprado um terreno no Belenzinho onde se instalou uma tecelagem de seda e seções de tinturarias e estamparias.

Em 1º de julho de 1915 a indústria passou a chamar-se José Prada, Irmãos & Cia., passando em 15 de janeiro de 1919 para Prada & Cia. Ltda. Em 1917 foi adquirida a Cia. Força e Luz de São Valentim e em 1923 a Empresa Força e Luz de Ponta Grossa. Em 1923 passa para S.A. Cia. Prada.

Agostinho Prada passou a viajar periodicamente para a Itália, onde tinha propriedades. Em 1927 é agraciado pelo governo italiano com a sua Comenda (Medalha de Ouro de Mérito Civil) por suas virtudes filantrópicas e pela ereção da Casa Maternal Ana Prada de Madrano. Em 1930 compra em Santa Rita do Passa Quatro a Fazenda São José, transformando-a numa das mais belas vivendas agrícolas do país e onde passava grande parte do seu tempo.

Em 1929 é adquirida a Cia. Força e Luz de Uberlândia e em São Paulo, na Rua Senador Queiroz, monta-se a fábrica e chapéus de palha. Logo depois transfere-se de Limeira para São Paulo a fábrica de chapéus de pêlo, que só retornou para Limeira em 1935, quando os Prada compraram a Fábrica de Chapéus Fontana.

No ano de 1933 iniciou-se a fábrica de feltro ( mantas para cavalos e buchas para espingardas) e no ano seguinte montou-se em Porto Ferreira uma indústria de beneficiamento de algodão com fiação em sociedade com o Sr. Pirondi, hoje Cia. Industrial e Algodoeira Pirondi.

Em 1937 começou a construção da nova fábrica de Limeira, nos altos da cidade, que abrigaria todas as instalações da Prada em 1939, ano em que também se fundou em São Paulo a Cia. Imobiliária Prada.

1941 – A S.A. Cia. Prada passa chamar-se Cia. Prada Indústria e Comércio. Como outros sócio monta-se em Limeira a Fábrica de Óleo (Cia. Refinadora de Óleo Prada) que não deu resultados muito positivos e da qual derivou a atual Cia. Metalúrgica Prada de São Paulo. Em 1942 foi criada a Cooperativa dos Empregados, em 1944 instituída a Fundação Prada, em 1947 inaugura-se o Grupo Escolar Prada (doado à municipalidade), em 1949 montada a Creche D. Clélia Prada e em 1954 o Jardim de Infância D. Íris Della Chiesa. O Título de Cidadão Limeirense lhe foi atribuído em 1956 e em 1971 recebeu a Medalha Marechal Rondon.

Aos 89 anos faleceu, no dia 7 de fevereiro de 1975, na sua fazenda de Santa Rita. A frente do Grupo Industrial Prada deixou seus filhos Aldo, Remo e Túlio.

Spencer Vampré

Nasceu o eminete mestre de Direito em Limeira, a 24 de abril de 1888, filho de Fabricio Vampré e Matilde Rodrigues de Andrade Vampré. Após seus primeiros estudos em Rio Claro, foi para São Paulo e estudou no Colégio Inglês. Completou os preparatórios no Instituto de Ciências e Letras, prestou exame no Curso Anexo da Faculdade de Direito e nesta ingressou em 1904, ali recebendo o grau de bacharel em 1909.

Alguns anos depois, prestou concurso nas Arcadas, foi aprovado e nomeado professor substituto de Filosofia e Direito Romano. Tomou posse a 31 de outubro de 1917 e em novembro de 1925, foi nomeado catedrático de Direito Romano, substituindo aí o Professor Reinaldo Porchat.

Durante largo tempo ocupou essa cátedra, até que, em remanejamento posterior, se transferiu para a de Introdução à Ciência do Direito, na qual permaneceu até a aposentadoria, em 1953. Pelos seus muitos dotes, conquistou fama de professor dos mais notáveis, de coração boníssimo, outrossim de advogado e jurista dos mais eminentes. Exerceu, em certo período, a direção da Faculdade.

Foi um dos historiadores da velha Escola do Largo de São Francisco, com suas “Memórias para a História da Academia de São Paulo”. Pelos seus méritos literários, ascendeu à Academia Paulista de Letras. Foi também, vereador à Câmara Municipal de São Paulo e Deputado Estadual.

Escreveu sôbre quase todos os ramos do Direito, que dominava com rara erudição.

Entre suas grande bibliografia, destacam-se: “O caso fortuito nos acidentes pessoais de transporte” (dissertação de concurso – 1914); “Da lesão enorme e do sujeito de direito”(dissertação de concurso – 1918); “Das sociedades anônimas”, “Institutas do imperador Justiniano” (traduzidas e comparadas com o Direito Civil Brasileiro – 1916), “Código Civil Brasileiro”( 1917), “Guia Fiscal das Sociedades Anônimas”(1919, em colaboração com Manoel Matos Ayres), “Manual de Direito Civil Brasileiro” (2 vols. 1922), “Tratado Elementar de Direito Comercial” (3 vols.) “Repertório Geral de Jurisprudência, Doutrina e Legislação”, “O latim em dez lições” (1922, para auxiliar os estudantes das “Institutas”).

Faleceu em 13 de julho de 1964, aos 76 anos de idade.

Trajano de Barros Camargo

Trajano de Barros Camargo é descendente direto dos mais antigos povoadores de Limeira, foi o fundador da Machina S. Paulo, uma indústria que marcou época. Ele e sua Machina São Paulo são os precursores da industrialização e do parque industrial de Limeira.

Maria Thereza Silveira de Barros Camargo

Maria Thereza Silveira de Barros Camargo, casou-se com o Dr. Trajano em 1914. Em 1934 foi a primeira mulher a ser prefeita do Brasil, dirigindo a Prefeitura Municipal de Limeira, e em 1936 foi uma das duas primeiras mulheres a serem deputadas do Brasil.

João Augusto Cardoso

Fonte: www.olimeirense.com.br

Personagens da História de Limeira

Os personagens que fizeram história em Limeira

O historiador José Eduardo Heflinger Júnior, o Toco, reuniu em cartazes fotos de personagens populares de Limeira.

Segundo ele – que assina a Revista Povo há 26 anos – quatro tipos posteres, com diferentes imagens dessas figuras folclóricas, foram confeccionados e distribuídos na cidade. “Dei esses posteres para assinantes da revista e patrocinadores. Muitos colocaram esses cartazes pendurados em bares e comércios da cidade, o que despertou a curiosidade das pessoas”, fala.Os históricos de cada personagem são de responsabilidade de Toco.

Confira abaixo um pouco sobre a vida destes personagens:

LUCAS PINHO

José Lucas dos Santos, conhecido popularmente como “Seu Lucas”, nasceu em 29 de junho de 1911, em Cordeirópolis, logo mudou-se para Limeira e casou-se com Maria das Dores Caetano dos Santos. Iniciou sua carreira como vendedor ambulante em 1938. Carregava em sua bicicleta preta uma cesta de bambu, contendo pinhões.

Daí surgiu seu apelido. Fazia “seu ponto” principalmente na porta do Teatro da Paz. Em ocasiões festivas – como quermesses e festas juninas – “Seu Lucas” vendia pamonhas, brinquedos e iô-iôs. “Pinho… Pinho… Pinho…” era seu grito de guerra que o tornou conhecido.

PEDRO LOUCO

Vivia sempre sujo, descalço e quando alguém lhe dava dinheiro ou comida corria de felicidade pelas ruas. Quando o chamavam de Pedro Louco ficava enfurecido, atirava pedras e corria atrás de adultos e crianças. Conta-se que certa vez ele entrou numa igreja no horário de missa, pulou os bancos e começou a dar “bananas” e a cuspir nas imagens, promovendo grande confusão. Ninguém se atreveu a retirá-lo do local, pois na saída ainda atirou pedras.

JOÃO RAMALHO

João Ramalho de Freitas celebrizou-se pela fama de ser o maior mentiroso de Limeira em todos os tempos.

Na lápide de sue túmulo, a pedido de sua irmã, foi escrito: “Aqui jaz capitão dr. João Ramalho de Freitas, o dentista número 1 do Brasil”. Uma das histórias que lhe rendeu a fama de mentiroso trata-se de uma visita de João ao Mato Grosso, quando pendurou seu relógio de bolso num arbusto e dormiu. Depois de uma semana, quando já estava em Limeira, deu conta que havia esquecido o objeto.

Após 30 anos, ele retornou ao mesmo local, o arbusto havia virado uma enorme árvore e o relógio estava no mesmo local e funcionando com a hora correta. João contou o caso em Cordeirópolis e por isso perdeu o último trem para Limeira. Comprou dois pedaços de sabão em pedra, colocou embaixo dos sapatos e seus amigos tiveram que dar um forte empurrão, que o fez deslizar na linha do trem até Limeira.

PEDRO PAPUDO

Recebeu o apelido de Papudo, de tanto contar papo. Era mentiroso e muito conhecido na cidade.

ZÉ SESSENTA

Mendigo número 1 de Limeira. Suas calças sempre estavam cheias de fezes. Participava de procissões organizadas pelo cônego Rossi. Dormia na áera de um antigo posto de saúde que fica na esquina das ruas Boa Morte e Santa Terezinha. Trocava de colchão, lençol e fronha todos os dias, variando de marcas de jornais. Usava chapéu amassado, bengala suja e tinha os lábios queimados por bitucas de cigarro. Certa ocasião, Sebastião Fumagalli montou um quarto e contratou uma enfermeira para cuidar de Zé. Porém, depois de tudo certo, ele preferiu ficar na rua.

DORIVAL E DONA MARIA

Mãe e filho, que ficaram conhecidos por vender salgados, principalmente na Vila Queiróz.

ZÉ AMBRÓSIO

José Ferreira Ambrósio nasceu em Limeira em 6 de dezembro de 1903, na Rua Duque de Caxias, 166, onde residiu até o dia de sua morte. Entregava impressos pela cidade, contendo notícias de falecimentos e convites para funerais. Além disso, era o entregador oficial dos cartazes da Internacional.

WALDEMAR PANACO

Era conhecido como o “bon vivant”. Gostava de tocar pandeiro e tinha um papo agradável.

MARIA DOS CACHORROS

Perambulava pelas ruas da cidade com seus melhores amigos: os cachorros.

JOÃO DELEGA

Acreditava que ele era o delegado da cidade. Adorava controlar o trânsito e trajava um uniforme semelhante ao da Força Pública, com revólver e cassetete. Em certas ocasiões, ele parava veículos para pedir a documentação, pois acreditava manter a ordem com todo o rigor.

GLOSTORA

Hélio Aparecido Clemente nasceu em 10 de outubro de 1933. Ganhou o apelido de Glostora no tempo que trabalhava no Bar Jardim e se utilizava de um tipo de brilhantina para manter seu cabelo penteado. Lutava pela raça negra e sempre esteve à frente das comemorações alusivas à Abolição da Escravatura. Para promover seus banquetes, ligava para um depósito de bebidas apresentando-se como Sebastião Fumagalli, efetuando pedidos de chope, refrigerante, gelo, e todos os itens utilizados nesse tipo de festejo, porém, pedia a nota e a entrega em seu nome. Faleceu em 1979.

TONINHO DA VERÔNICA

Era o homossexual assumido. Era chamado assim em virtude de sua mãe, Verônica Martins Braga Elias. Quando menino foi educado no Colégio São José, onde prestava serviços, além de ser coroinha do padre Miguel.

ZILO

O maior amante da Banda Arthur Giambelli de todos os tempos. Não tocava, mas seguia a banda por onde ela fosse.

PERIGOSO

Waldemar Chistriano Nilson nasceu em 11 de janeiro de 1905 em Limeira. Era filho Maria Greve e Gustavo Nilsson. Desde 1921 era apaixonado pelo Carnaval. Em 1926 criou o personagem quando assistiu o filme “O Noivo Cara Dura”. A história era de um noivo abandonado no altar. Ele carregava véu, grinalda e luvas deixados pela noiva e não sorria. O apelido surgiu em 1950, quando escreveu na placa do guarda-chuva “O Perigoso Don Juan”. Este ano saiu acompanhado pela noiva (todas do sexo masculino) e assim foi até 1962.

LUIZINHO PIPOQUEIRO

Nascido em Limeira, em 7 de setembro de 1933, filho de Santo Crepaldi Bueno e dona Hermantina, a mais tradicional pipoqueira da cidade. Luizinho começou muito cedo a ajudar a mãe e sempre sentiu prazer por esta profissão. São-paulino roxo, seu amor pelo clube interferia também na profissão.

Em determinada ocasião, quando ele estava trabalhando em seu ponto tradicional em frente à Nossa Caixa na Praça Toledo Barros, ouvia a transmissão do jogo do São Paulo pelo rádio contra o Corinthians. Seu time estava perdendo, quando um casal de namorados pediu dois sacos de pipoca. Concentrado no jogo, Luizinho não escutou o pedido. O casal sentou-se e esperou. Na segunda tentativa, quando o São Paulo fez um gol, o casal fez novamente o pedido e, para a supresa, o pipoqueiro deu dois fartos sacos de pipoca de graça.

ZÉ LUIS

Conhecido popularmente por ser um grande paquerador. Era gerente da rodoviária e andava sempre na companhia de mulheres.

PELÉ

José Eduardo Samuel, o Pelé Engraxate. Trabalhava como engraxate na Praça Toledo Barros (na Rua Carlos Gomes, em frente ao café do Fernando Assato). Possuia grande clientela. Gostava de Carnaval e participava das escolas de samba.

GENY PRETA

Geny da Costa Nemitz nasceu em Niterói (RJ). Com 9 anos mudou-se com seus pais para São Carlos (SP). Com o falecimento de seu pai, quando tinha 10 anos, foi obrigada a trabalhar na roça na colheita de algodão. Geny tinha 12 irmãos. Com 14 anos foi trabalhar como empregada doméstica. Nessa época começou a se interessar por Carnaval. Com 15 anos conheceu Frederico Nemitz, com quem se casou somente “na igreja”, pois sua mãe não concordava com o casamento.

Mudou-se para Agudos, onde nasceu sua primeira filha. Durante o tempo de casada não participou de carnavais, pois seu marido não gostava. Depois foi para Analândia, onde nasceu seu segundo filho, que morreu com 4 anos. O marido atuava no ramo de padarias e por isso recebeu um convite para trabalhar em Limeira.

Geny ficou viúva, trabalhou lavando roupa e no serviço de limpeza da Telefônica, na Humanitária, na casa do sr. Waldomiro Francisco e nos sanitários da Praça Toledo Barros. Geny participava dos carnavais de rua e bailes da prefeitura. Era chamada de “Rainha do Carnaval”. Ela mesmo cuidava do seu guarda roupa com trajes variados para as noites de Carnaval.

COCA-COLA

Era um dos irmão gêmeos idênticos conhecidos na cidade. Eles eram pequenos e a garrafa de Coca Cola na época também, daí o apelido. Eram pessoas cultas, que escreviam cartas para o Presidente da República.

BILO

Ficou conhecido por se achar o galã do momento.

BAIANO

João Batista de Souza, nascido em Ituassú (BA). Chegou a Limeira com 24 anos. Ajudou como servente de demolição do Teatro da Paz e na construção do Cine Vitória. Depois foi convidado para trabalhar no cinema. Fez manutenção geral, foi lanterninha e depois porteiro. A população o chamava de “porteiro simpático”. Estava sempre sorridente e era muito educado.

BLOCO DO BOI

Tradicional grupo de Carnaval de Limeira, criado em 1933. Desfilou pela última vez na cidade em 2008.

ZÉ MARIO

Homossexual conhecido na cidade.

FELÍCIO

Felício Ventura Arruda, nasceu em 1878 em São Carlos, na “Fazenda do Conde de Pinhal”. Dedicou-se à roça até os 20 anos. Em 1945 veio para Limeira. Chamava atenção nos trajes que usava, ternos incrementados confeccionados em Rio Claro, os quais fazia questão de desenhar pessoalmente. Enfeitava-os com botões cobertos de cores extravagantes, utilizando até 30 botões em cada traje. As camisas tinham colarinhos de renda e as calças eram boca de sino. Era dançarino profissional, casou cinco vezes. Aos 97 anos ainda ostentava saúde, que o permitia frequentar todos os sábados uma casa de dança em São Paulo. Mantinha músculos rígidos, pois fazia exercícios e ginástica.

MUDINHO

Era mudo e conhecido pela população, que pavaga pingas a ele. Muitos queriam lançá-lo como vereador, pois, assim, os eleitores não ouviriam as tradicionais promessas dos políticos.

BODINHO

Antonio Rosada, nasceu em 27 de outubro de 1923, em Cascalho, Cordeirópolis. Numa determinada ocasião quando seu time de futebol perdeu o jogo, ele xingou e saiu correndo em alta velocidade, pulando uma cerca, daí o seu apelido. Casou-se aos 19 anos e foi morar em São Paulo. Veio para Limeira onde exerce a profissão de barbeiro.

OSCAR

Nos tempos da Cia Paulista ele era o responsável pelas bagagens dos passageiros.

Paula Martins

Fonte: www.jornaldelimeira.com.br

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