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A Araucária angustifolia ocupa uma área muito grande nos três estados do sul do Brasil, alcançando também, manchas esparsas no sudeste e nordeste de São Paulo, sul de Minas Gerais, sudoeste do Rio de Janeiro e no leste da Província de Misiones (Argentina). A zona de vegetação ocupada pela Araucária situa-se entre o paralelo 29º 30′ sul, no Rio Grande do Sul (a partir de 400 m de altitude), e o paralelo 20º sul, em Minas Gerais (altitudes superiores a 1000 m).
Presente no planeta desde a última glaciação – que começou há mais de um milhão e quinhentos mil anos, a Araucaria angustifolia já ocupou área equivalente a 200 mil quilômetros quadrados no Brasil, predominando nos territórios do Paraná (80.000 km²), Santa Catarina (62.000 km²) e Rio Grande do Sul (50.000 km²), com manchas esparsas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que juntas, não ultrapassam 4% dessa área originalmente ocupada.
No Brasil, o limite sul da ocorrência natural desta conífera situa-se nos bordos da Serra Geral, no Rio Grande do Sul. Uma linha leste-oeste, de Torres a Santa Maria, beirando os contrafortes da serra referida, separa a Floresta Subtropical da encosta da Floresta de Araucária.
Os campos do planalto riograndense oferecem uma paisagem muito bonita. São proporcionalmente maiores que a área de mata de Araucária. Os campos estão salpicados de capões, matas de galeria, matas nas encostas úmidas nos lados sul e leste, e também com pinheiros isolados.
Delimitação da área natural da Araucária no Rio Grande do Sul: Pelo oeste, a linha partia de São Martinho, seguia para o noroeste, passando por Cruz Alta e Pinhal. Ao norte de Tenente Portela, o pinheiral nativo alcançava o leste e perto do Parque Estadual do turvo, sempre pela parte alta. Pelo norte do estado o pinheiral ocupava somente a parte alta do vale do Rio Uruguai.
O pinheiral não descia até este vale nem a parte baixa dos afluentes daquele rio. Estes lugares são ocupados pela vegetação subtropical do Alto Uruguai.
Este tipo de vegetação segue pelo Rio Uruguai até a barra do Rio Canoas com o Rio Pelotas. Até este ponto, a vegetação subtropical do Rio Uruguai alcança até quase a parte alta do vale. Depois, segue até a barra do Rio Pelotinhas com o Rio Pelotas, o qual ocupa apenas a parte baixa das margens deste último ponto.
Em direção leste, os pinheiros se espalham pela parte alta nos dois lados do vale. Da barra dos dois rios citados acima, a linha de limitante dos pinheirais do Rio Grande do Sul segue pelo Rio das Contas, afluente pela esquerda do Rio Pelotas, até encontrar os bordos da Serra Geral. Dirigindo para o sul, esta linha a cerca de 10 km ao sul de São Francisco de Paula, volta-se para a direita, em direção de Canela.
Os pinheirais mais densos encontravam-se na região dos Campos de Cima da Serra, no noroeste do planalto. Ocupavam as nascentes e vales superiores dos grandes rios (Rio Jacuí, Rio Caí, Rio das Antas, Rio Pelotas e Rio Taquari).
No estado de Santa Catarina temos a ocupação do vale do Rio Uruguai pela floresta subtropical, e no planalto, em altitudes superiores a 500 metros, pela Mata de Araucárias. O Rio Pelotas e o Rio das Contas, até as fraldas da Serra Geral, neste Estado, completam a linha sul de onde começam as florestas de Araucária.
Pelo leste este tipo de vegetação ora penetra em faixas irregulares e estreitas, partindo da região de Rancho Queimado e bifurcando para o nordeste e para o noroeste, ora partindo dos arredores de Nova Cultura em direção ao sul penetra até perto do Rio do Sul. Uma pequena mancha em forma de ferradura se encontra na região de Anitápolis.
Vários tipos de núcleos de Araucária encontram-se espalhados pela região da Mata Pluvial Atlântica. No nordeste do Estado, o pinheiral vai até perto da BR 101, pela Serra do Mar, na nascente do Rio Negro. Pelo norte, praticamente é todo coberto de pinheiros.
Araucária angustifolia
Araucária angustifolia
No estado do Paraná, a Araucária ocupa altitudes superiores a 600 metros. A sua ocorrência no oeste, vai até a fronteira com a Argentina (no Rio Santo Antônio) de Barracão para o norte até a barra do Rio Santo Antônio com o Rio Iguaçu. Deste ponto a área de pinheiros se retrai em forma de cunha para leste.
Depois, a linha delimitante volta e torna a direção norte, passando mais ou menos por Cascavel. A linha continua até mais ou menos Cafelândia. Daqui, vai para o leste, também em forma de cunha e volta em direção noroeste, mais ou menos para Campo Mourão. Pelo norte, uma linha abre um pouquinho na direção de São José da Boa Vista, limitando para o sul, com algumas e profundas reintrâncias, a área de pinheiros. A leste de Sengés a linha segue até cerca de Pinhalzinhho.
Depois, uma linha curva ampla leva a linha até cerca de Ilha Grande, próximo ao Rio Capivari. Outra Linha, ligeiramente curva, segue para o sul pelo leste de Curitiba, encerrando assim a área de pinheiros no estado do Paraná.
Dos 7.500.000 hectares de primitivas florestas de araucária, no Paraná existem ainda 400.000 hectares, sendo que as maiores reservas se localizam na região de General Carneiro e Bituruna, em uma linha que vai de União da Vitória a Palmas.
No Estado de São Paulo, os pinheiros ocorrem em certas regiões distintas entre si e em altitudes superiores a 800 m, alcançando até cerca de 1700 msm (Campos do Jordão). Ao sul, a área de ocorrência desta conífera está limitada pela divisa com o Estado do Paraná, de Itararé para leste, até cerca de Apiaí.
Daqui, segue para o norte, a oeste da Serra de Paranapiacaba, em direção de Capão Bonito e Buri, numa faixa estreita que passa pela esquerda de Ribeirão Branco. Nos arredores de São Paulo, passando por Mogi das Cruzes, Paraibuna e Bocaina, ainda pelo leste do Estado, são regiões de Araucária.
Na região da grande São Paulo, podemos mencionar Diadema, Itapecirica da Serra, passando mais ou menos pelo Km 34 da rodovia Raposo Tavares, cerca do limite deste com o município de Cotia.
No Jardim Botânico de São Paulo, podem ser vistos dois pinheiros nativos. Neste Estado, na encosta da Serra de Poços de Caldas, há pinheiros nativos. De Cascata, na divisa com Minas Gerais, uma faixa com cerca de 2 km de largura, alcança a Fazenda da Fartura, a 8 km noroeste de São Roque da Fartura. Daqui, a linha volta mais ou menos pelos bordos da Serra até a estrada Andradas-Poços de Caldas.
Campos do Jordão possui seus pinheirais principalmente nos vales, a uma altitude entre 1400 e 1700 m.
No Estado de Minas Gerais, os pinheiros acham-se numa altitude que chega até 1800 m, na Serra da Mantiqueira. Em Camanducaia, no local de Rio Verde, em direção à divisa com Campos do Jordão, há um núcleo de pinheiros nativos. Há outra região, cuja linha de delimitação, passando entre Itajubá e Pedralva, segue para Pinhal, passando pela direita de Conceição das Pedras, chegando perto da rodovia Nastércia – Olímpio de Noronha (ao sul desta cidade), segue para oeste e desce para o sul, em direção de Cristina, onde foram vistos pinheiros nativos, velhos.
Outra região onde ocorria pinheiros nativos, no sul de Minas Gerais, é a seguinte: uma linha que passa por Pé do Morro, perto de Passa Quatro, segue em direção de Airuoca.
Nesta zona, já não existia mais pinheiros nativos, mas em 1970, foram encontrados nós de pinho e cerne de madeiras enterrados em lugares de onde tiravam barro para uma olaria e, também, num leito de um rio recém aberto sob traçado novo. De Airuoca, a linha segue até 7 km ao norte de Serranos (onde existiam pinheiros numa pequena bacia). A linha volta-se para Sudeste, passando perto e a leste de Carvalhos, onde existiam bonitos capões de pinheiros. A linha referida segue para leste, para alcançar Liberdade, de onde torna a direção sudoeste, passando a poucos quilômetros a leste de Bocaina, a leste de Santo Antônio e de Mirantão. Por fim, encosta na região de pinheiros do norte do Estado do Rio de Janeiro. Todas estas regiões citadas, estão intensamente exploradas. Continuando a linha de delimitação do pinheiro, no sul de Minas Gerais, ainda segue pelo norte das encostas da Serra da Mantiqueira, passando em frente a Mauá, depois, ao norte de Agulhas Negras, seguindo pelo alto da Cordilheira até atravessar a rodovia Piquete-Delfim Moreira, para voltar pelo norte até encontrar Pé do Morro, citado acima.
O pinheiral existente na Fazenda dos Criminosos, perto de Olímpio de Noronha, é nativo. Outra grande mancha de pinheiros nativos, encontra-se na região de Camanducaia.
No Estado do Rio de Janeiro esta planta existe nas matas do alto do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, em altitudes que vão até 1800 msm. BRADE (1956): “Só nas escarpas sulinas em altitudes entre 1880 e 2300 metros, pode-se observar exemplares solitários, ou às vezes, pequenas formações. No outro lado da Serra, na Estrada Nova, acima de Registro, aparece a referida espécie, espontaneamente, já em altitude de 1600 m mais ou menos. Uma formação considerável de Araucária acha-se no lado sudeste das Agulhas Negras, em virtude bastante prejudicada pelo fogo que lavrou em épocas anteriores à existência do Parque Nacional do Itatiaia e já algumas vezes na existência deste”.
Mata das Araucárias – Floresta
Mata das Araucárias
A Mata das Araucárias, ao contrário da Floresta Amazônica, constitui uma formação aberta, homogênea, que permite facilmente a extração de madeiras (chamadas duras), as Araucárias, constituem a nossa única floresta subtropical, ou temperada quente. Essa formação é a floresta mais desmatada em nosso país quando da instalação dos imigrantes europeus para construção de suas casas. Entretanto, foi a zona pioneira em reflorestamento. Além do pinheiro-do-paraná (Araucária angustifolia) que é predominante, existem outras espécies de pinheiros, além de gramíneas e samambaias.
Localiza-se principalmente na região sul, ocorrendo também em elevadas altitudes na região sudeste. O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) é a espécie que se destaca neste tipo de floresta.
O pinheiro se associa a outras espécies da Floresta Pluvial Atlântica, dando origem a variadas comunidades florestais mistas, recebendo o nome de pinheirais ou pinhais.
Cientistas revelaram que os pinheirais são antes fases sucessionais do que comunidades maduras e integradas.
Segundo eles, o pinheiro-do-paraná é uma espécie pioneira, que por ser fortemente heliófita (necessita de luz solar direta para se desenvolver), avança sobre as áreas campestres abertas e não se regenera mais quando a sombra se torna intensa. Os grupamentos de pinheiros são pouco a pouco invadidos por arvoretas e arbustos, dando início à sucessão.
O clima característico nas regiões de ocorrência da Floresta de Araucária é o subtropical, com chuvas relativamente regulares o ano todo, e temperaturas relativamente baixas. O pinheiro pode atingir até 50m de altura, produzindo sementes comestíveis, conhecidas como pinhões, e tem seus ramos distribuídos em torno do tronco central. Por existir pouca diversidade florística, devido ao clima frio, e a alelopatia (inibição do crescimento de outras plantas próximas, fato comum em pinheiro), as araucárias se sobressaem, ficando isoladas, o que torna extremamente fácil a sua localização e extração, fato que as colocou à beira de extinção, bem como aos demais organismos relacionados a ela.
Existem algumas plantas que se beneficiam da alelopatia, como por exemplo a erva-mate, elemento importante para a economia de muitas comunidades. Podemos encontrar neste tipo de vegetação, espécies como a canela-lageana, a imbuia, o cedro, dentre outras.
Para expandir a área plantada no sul do Brasil, colonos alemães e italianos iniciaram, na primeira metade do século, a exploração indiscriminada de madeira.
Árvores gigantescas e centenárias foram derrubadas e queimadas para dar lugar ao cultivo de milho, trigo e videira, principalmente. A mata das araucárias ou pinheiros-do-paraná, de porte alto e copa em forma de prato, estendia-se do sul de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul, formando cerca de 100.000 km2 de matas de pinhais.
Na sua sombra cresciam espécies como a imbuia, o cedro, a canela, entre outras. Hoje mais da metade desse bioma foi destruído, assim como diversas espécies de roedores que se alimentavam do pinhão, aves e insetos. O que resta está confinado a áreas de conservação ou preservação. Por mais de 100 anos a mata dos pinhais alimentou a indústria madeireira do sul. O pinho, madeira bastante popular na região, foi muito usado na construção de casas e móveis.
Sendo uma floresta subtropical mista, com ocorrência do pinheiro (Araucária angustifolia), estão associados a esta, outras espécies, como cedro, canela, imbuía, caviúna, erva-mate, etc.
A mata das araucárias caracteriza-se por ser uma floresta:
Homogênea (com poucas espécies);
Aberta e de fácil penetração;
Aciculifoliada
Sendo uma floresta homogênea, de fácil penetração e localizada próximo a grandes mercados consumidores, a mata dos pinhais tem sido muito explorada economicamente no país, atendendo tanto ao mercado interno (papel e madeira) como às exportações, sendo o estado do Paraná o maior produtor desta madeira de boa qualidade.
Mata das Araucárias – Vegetação
Mata das Araucárias
FLORA
A diversidade do clima brasileiro reflete-se claramente em sua cobertura vegetal.
A vegetação natural do Brasil pode ser grupada em três domínios principais: as florestas, as formações de transição e os campos ou regiões abertas.
As florestas se subdividem em outras três classes, de acordo com a localização e a fisionomia: a Selva Amazônica, a Mata Atlântica e a Mata de Araucárias. A primeira, denominada Hiléia pelo naturalista alemão Alexander von Humboldt (do grego, hilayos, “da floresta”, “selvagem”) é a maior mata equatorial do mundo.
Reveste uma área de 5.000.000 km2, equivalente a quase o dobro do território da Argentina.
Florestas
A Hiléia, do ponto de vista de sua ecologia, divide-se em: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. A primeira fica inundada durante cerca de dez meses no ano e é rica em palmeiras, como o açaí; os solos são arenosos e não cultiváveis nas condições em que se encontram. A mata de várzea é inundada somente nas enchentes dos rios; tem muitas essências de valor comercial e de madeiras brancas, como a seringueira, o cacaueiro, a copaíba, a sumaúma e o gigantesco açacu. A mata de igapó e a mata de várzea, as duas primeiras divisões da hiléia, têm árvores de folhas perenes.
Os solos das várzeas são intrazonais, argilosos ou limosos. A mata de terra firme, que corresponde a cerca de 90% da Floresta Amazônica, nunca fica inundada.
É uma mata plenamente desenvolvida, composta de quatro andares de vegetação: as árvores emergentes, que chegam a 50 m ou mais; a abóbada foliar, geralmente entre 20 m e 35 m, onde as copas das árvores disputam a luz solar; o andar arbóreo inferior, entre 5 m e 20 m, com árvores adultas de troncos finos ou espécimes jovens, adaptados à vida na penumbra; e o sub-bosque, com samambaias e plantas de folhas largas. Cipós pendentes das árvores entrelaçam os diferentes andares. Epífitas, como as orquídeas, e vegetais inferiores, como os cogumelos, liquens, fungos e musgos, convivem com a vegetação e aumentam sua complexidade.
A mata de terra firme é geralmente semidecídua: 10% ou mais de suas árvores perdem as folhas na estiagem. Árvores típicas da terra firme são a castanheira, a balata, o mogno e o pau-rosa.
A heterogeneidade da floresta dificulta sua exploração econômica, salvo onde ocorrem concentrações.
O tipo de solo predominante na hiléia é o latossolo. A mata da encosta atlântica estende-se como uma faixa costeira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Suas árvores mais altas chegam, geralmente, a 25 m ou 30 m. No Sul da Bahia e na vertente marítima da Serra do Mar, é perenifólia; mais para o interior e em lugares menos úmidos, é semidecídua.
Do Paraná para o Sul, toma um caráter subtropical: é de menor altura (10 m a 15 m), perenifólia, mais pobre em cipós e mais rica em epífitas. A peroba, o cedro, o jacarandá, o palmito e o pau-brasil foram espécies exploradas na Mata Atlântica. Além de madeira, a Mata Atlântica contribuiu muito com seus solos para o desenvolvimento econômico do Brasil.
A maior parte deles pertence ao grande grupo dos latossolos vermelho-amarelos, entre os quais se inclui a terra roxa, e nos quais se instalaram várias culturas, como café, cana-de-açúcar, milho e cacau.
O terceiro tipo de floresta é a Mata de Araucárias. Fisionomicamente, é uma floresta mista de coníferas e latifoliadas perenifólias. Ocorre no Planalto Meridional, em terras submetidas a geadas anuais.
Das matas brasileiras, é a de menor área, porém de maior valor econômico, por ser a mais homogênea.
Suas árvores úteis mais típicas são: o pinheiro-do-paraná, produtor de madeira branca; a imbuia, madeira de lei, escura, utilizada em marcenaria; e a erva-mate, com cujas folhas tostadas se faz uma infusão semelhante ao chá, muito apreciada nos países do Prata.
Formações de Transição
A caatinga, o cerrado e o manguezal são os tipos mais característicos da vegetação de transição. As caatingas predominam nas áreas semi-áridas da Região Nordeste e envolvem grande variedade de formações, desde a mata decídua (caatinga alta) até a estepe de arbustos espinhentos. Suas árvores e arbustos são em geral providos de folhas miúdas, que caem na estiagem, e armados de espinhos. São a jurema, a faveleira, o pereiro, a catingueira, o marmeleiro. São também típicas as cactáceas, como o xiquexique, o facheiro, o mandacaru e outras do gênero Opuntia. Nos vales planos são frequentes os carnaubais. Os cerrados, ou campos cerrados, predominam no Planalto Central, desde o Oeste de Minas Gerais até o Sul do Maranhão.
São formações constituídas de tufos de pequenas árvores, até 10 m ou 12 m de altura, retorcidas, de casca grossa e folhas coriáceas, dispersos num tapete de gramíneas até um metro de altura, que na estiagem se transforma em um manto de palha. Os cerrados penetram no pantanal mato-grossense, onde se misturam a savanas e formações florestais e formam um conjunto complexo.
Os manguezais ocorrem em formações de 4 m a 5 m de altura, na costa tropical.
Regiões Abertas
As áreas de vegetação aberta, no Brasil, se agrupam em tipos variados. Os campos de terra firme da Amazônia, como os campos do rio Branco (Roraima), os de Puciari-Humaitá (Amazonas) e os do Ererê (Pará), são savanas de gramíneas baixas, com diversas árvores isoladas típicas do cerrado, como o caimbé, a carobeira e a mangabeira. Os campos de várzea do médio e baixo Amazonas e do Pantanal (rio Paraguai) são savanas sem árvores, com gramíneas de um metro ou mais de altura.
Os campos limpos são estepes úmidas que ocorrem na campanha gaúcha, em partes do Planalto Meridional (campos de Vacaria, no Rio Grande do Sul; campos de Lajes e Curitibanos, em Santa Catarina; campos gerais, campos de Curitiba e de Guarapuava, no Paraná) e no extremo Oeste baiano (os gerais). Têm solos geralmente pobres, salvo na campanha, onde se enquadram no tipo prairie degradado.
Mata dos Pinhais (Araucárias)
A Mata das Araucárias, ou dos Pinhais, ao contrário da Floresta Amazônica, constitui uma formação aberta, homogênea, que permite facilmente a extração de madeiras (chamadas duras). Aparece no Sul do país, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também era encontrada em São Paulo.
No Brasil, a Mata dos Pinhais, ou das Araucárias, constitui a nossa única floresta subtropical, ou temperada quente.
Essa formação é a floresta mais desmatada em nosso país quando da instalação dos migrantes europeus para construção de suas casas. Entretanto, foi a zona pioneira em reflorestamento.
Além do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) que é predominante, existem outras espécies de pinheiros, além de gramíneas e samambaias.
Atualmente encontram-se praticamente extinta.
DOMÍNIO DAS ARAUCÁRIAS
Esse domínio está localizado nos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, onde se observa uma estrutura geológica que alterna camadas de arenito e basalto, que contribui para a ocorrência dos solos de terra-roxa, de elevada fertilidade natural devido à constituição argilosa e ao alto teor de ferro presente em sua constituição.
A Floresta de Araucárias está associada com a ocorrência do clima Subtropical de temperaturas moderadas, com chuvas bem distribuídas no decorrer do ano e elevadas amplitudes térmicas, sofrendo a influência da massa Polar Atlântica.
Essa floresta adapta-se ao clima úmido, com precipitações superiores à 1200 mm por ano, e à altitudes mais elevadas; no Sul do país sempre ocorre acima de 600 m e na Serra da Mantiqueira, localizada no Brasil tropical, só aparece nas áreas acima de 1200m.
A floresta subtropical brasileira é aciculifoliada e homogênea com o predomínio do pinheiro da Araucária Angustifólia e do Podocarpus, associados com algumas outras espécies, como é o caso da Erva-mate e da Canela. Esse é o hábitat da Gralha Azul, a principal ave responsável pela dispersão das espécies vegetais.
A Mata de Araucárias também já sofreu uma grande devastação e dela restam apenas alguns pequenos núcleos de floresta original.
O seu desaparecimento deve-se à extração de madeiras e também esteve relacionado coma expansão da agricultura, só que, nesse caso foi a pequena produção comercial desenvolvida pelas famílias dos descendentes de imigrantes que ocuparam o sul do país.
Fonte: www.araucariaswebsite.hpg.ig.com.br/www.geocities.com/geografia.igeo.uerj.br/www.tree4life.com
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