Incêndios Florestais

O que são Incêndios Florestais?

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Incêndios Florestais
Incêndios Florestais

Os incêndios florestais são catástrofes naturais extremamente graves, não só pela elevada freqüência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para além dos prejuízos econômicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens.

Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo fato de se desenvolverem na Natureza e por a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependerem fortemente de fatores naturais, do que por serem causados por fenômenos naturais. A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento.

A importância da ação humana nestes fenômenos destingue os incêndios florestais das restantes catástrofes naturais.

A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direção e intensidade do vento, umidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc…

Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilômetros, devido aos seus fumos negros e densos.

Causas e Danos

As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.

A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies singulares.

Embora difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.

Uma área devastada por um incêndio florestal, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais susceptível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenômenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.

Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por:

Morte e ferimentos nas populações e animais (queimaduras, inalação de partículas e gases)
Destruição de bens (casas, armazéns, postes de eletricidade e comunicações, etc.);
Corte de vias de comunicação
Alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural
Proliferação e disseminação de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado convenientemente.

Com o crescimento das áreas residenciais na direção da floresta, os seus habitantes ficam sujeitos a um risco acrescido a este tipo de fenômenos.

A ameaça dos incêndios florestais para pessoas que habitem em áreas florestais ou nas suas imediações, ou que utilizem estes espaços para fins recreativos é real. Um pré planejamento e o conhecimento de medidas preventivas pode representar a diferença e diminuir os danos.

Fonte: www.uov.com.br

Incêndios Florestais

Incêndio Florestal é o fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo tanto ser provocado pelo homem quanto por uma causa natural. Os incêndios florestais, também conhecidos como incêndios rurais, acontecem com frequência no período de estiagem, compreendido entre os meses de julho a outubro.

Principais causas do fogo na vegetação

Analfabetismo ambiental – expressa o desconhecimento sobre os sistemas, as inter-relações e interdependências dos processos que asseguram a vida na Terra.
Acidentais / Incidentais – fogueiras mal apagadas, re-ignição, queda de balões, efeito lupa (raios solares convergem para um ponto após atravessar cacos de vidro, criando um foco de luz com muito calor), dentre outras.
Culturais / Comportamentais – velas acesas deixadas em rituais religiosos, vandalismo, utilização do fogo para caça (ainda usado por alguns povos), etc.
Expansão das áreas rurais – desmatamentos e estabelecimento de mais áreas rurais, renovação de pastagens e o desconhecimento das técnicas de prevenção e dos fatores que influenciam o comportamento do fogo durante a prática de queimadas.
Fenômenos naturais – alguns incêndios florestais são iniciados por raios, representando cerca de 11% das ocorrências de fogo na vegetação.
Extrativismo – por descuidos, fogueiras mal apagadas durante as atividades de exploração dos recursos naturais (caça, pesca, retirada de madeira, coleta de frutos), terminam causando incêndios florestais.

Fatores que contribuem para os incêndios florestais

Climático – baixa precipitação de chuvas e umidade relativa do ar baixa favorece o início do fogo na vegetação.
Topográfico – quanto mais acidentado for um terreno (aclives e declives) mais rapidamente o fogo se alastra.
Tipo de combustível – a combustão e a propagação do fogo também dependem do material que está sendo queimado ( troncos, galhos, folhas), dentre outros.

Principais consequências das queimadas e incêndios florestais

Efeitos sobre a saúde humana – causam intoxicação e até a morte.
Efeitos econômicos e sociais – aumento de atendimentos hospitalares e gastos gerais com a saúde.
Efeitos sobre a regulação dos ecossistemas – afeta a ciclagem de nutrientes na natureza e causa a morte de plantas e animais.

Alternativas que substituem o uso do fogo

Adubação verde – adubos verdes são plantas cultivadas para serem incorporadas ao solo fornecendo nutrientes, entre outros elementos.
Agricultura orgânica – sistema de produção agrícola sem o uso de produtos químicos, que preserva a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo.
Consorciação de culturas – consiste no plantio de diferentes espécies, simultaneamente sobre uma mesma área.
Plantio direto – é o conjunto de técnicas integradas que visa melhorar as condições ambientais, por meio do não revolvimento do solo.

Perguntas frequentes

1. O que fazer para evitar um incêndio florestal?

Aplicação da lei;
Eliminação ou redução das fontes de propagação;
Construção e manutenção de aceiros,
Redução do material combustível,
Implantação de vegetação com folhagem menos inflamável;
Conhecimento de locais de captação de água para o abastecimento dos veículos usados no combate;
Adoção de medidas de vigilância seja ela fixa ou móvel;
Acionamento do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Ambiental e Brigada Municipal de combate a incêndio.
Aviso aos vizinhos da propriedade sempre que for realizar uma queima.

2. O que não fazer?

Combater um incêndio florestal sozinho;
Queimar sem autorização e orientação dos órgãos ambientais.

3. Onde é permitido o uso do fogo?

De acordo com o Decreto nº 2.905/1998 da Legislação Ambiental em seu art. 2º, é permitido o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestas, mediante queima controlada.

4. E o que é queima controlada?

Segundo o parágrafo único do Decreto nº 2.905/1998, considera-se queima controlada o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris e florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos.

5. Onde é proibido o uso do fogo?

Segundo o Decreto nº 2.661/1998 da Legislação Ambiental em seu Art. 1º, é vedado o emprego do fogo nas florestas e demais formas de vegetação.

Fonte: defesacivil.to.gov.br

Incêndios Florestais

Incêndios florestais: causas e consequências

Causas Naturais / Meteorológicas para a ocorrência dos incêndios florestais:

Não basta existir uma fonte de calor para que um incêndio se propague. É também necessário que as condições atmosféricas sejam favoráveis a essa mesma propagação.

E que condições são essas?

Vento intenso
Baixa humidade relativa no ar
Temperaturas elevadas
Ocorrência de trovoadas

Além destas causas naturais, é necessário que se reunam uma série de outras condições para que um incêndio florestal se propague.

De entre elas, destacamos as mais importantes:

Existência de combustíveis mortos com baixos níveis de humidade
Existência de uma fonte de ignição

Incêndios Florestais
Incêndios Florestais

Comentário:

“Os incêndios não perdoaram. Varreram tudo: casas, vidas e a esperança de recomeçar. Houve mesmo alturas em que até o asfalto parecia arder. As chamas arrastaram lágrimas um pouco por todo o lado e colocaram Portugal no centro do mapa das cinzas. Cerca de metade da área ardida no Sul da Europa está no nosso país. Como alguém disse: isto era o demónio que aqui andava.”

In, SIC Online

… E nem as áreas protegidas escaparam!

Foram várias as áreas protegidas do nosso país que sofreram gravemente com os incêndios deste Verão, tendo alguns sofrido danos irreparáveis ou que levarão muitos anos a compor. De entre eles, destacam-se o Parque Natural de São Mamede (com 29% da área ardida) e o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (com 7% da sua área ardida).

Também afetados foram os parques naturais da Serra da Estrela, Alvão, Sintra-Cascais e outros. Além destes, também o Parque Nacional da Peneda Gerês foi atingido pelo flagelo.

Incêndios Florestais
Incêndios Florestais

Também afetados foram os parques naturais da Serra da Estrela, Alvão, Sintra-Cascais e outros. Além destes, também o Parque Nacional da Peneda Gerês foi atingido pelo flagelo.

O que você deve fazer se deparar com um incêndio?

Como combater o fogo:

Não faça fogueiras em zonas florestais de alto risco, especialmente no Verão
Não deixe em lugar nenhum pontas de cigarro acesas
Não deite foguetes em locais expostos à propagação do fogo
Não abandone lixo ou desperdícios que possam favorecer a propagação do fogo
Não tente chegar a todo o lado de carro:
o contato do tubo de escape com a folhagem seca pode iniciar um incêndio. Não seja passivo ante as responsabilidades dos outros. Se as pessoas irresponsáveis persistirem, denuncie-as às autoridades

Se o fogo já começou:

Mantenha a calma e atue com normalmente. Tente extinguir o fogo, se o tamanho e intensidade do mesmo o permitirem. Atire água para a base das chamas e para as suas imediações. Utilize rama verde para golpear as chamas e cubra-as com terra
Tenha sempre em atenção uma saída, para não ficar cercado
Se conseguir apagar o incêndio, não abandone de imediato o local. Certifique-se de que o fogo está mesmo extinto. Podem ter ficado brasas que mais tarde reiniciarão o incêndio. Chame os bombeiros ou a polícia e informe-os do local onde se deu o incêndio
Se a extinção do incêndio não for fácil e imediata, abandone a zona pelo trajeto mais seguro, em função da direcção e da velocidade do vento. Dirija-se ao lugar mais próximo de onde possa chamar os bombeiros.

Tenha sempre em conta que…

O fogo tende a subir mais rápido do que parece. Não se situe em cotas altas do terreno nem no sentido do vento. Considere estes fatores antes de decidir por uma rota se saída
As zonas mais baixas de um terreno podem atuar como chaminés em caso de incêndio. O calor e o fumo são armadilhas mortais
Se for rodeado pelas frentes do incêndio, e não houver água perto, ponha-se no chão atrás de uma rocha ou elevação e espere que a vegetação em seu redor seja queimada. Não fuja pelas chamas se não conhecer a sua extensão. Fuja por zonas já queimadas
Se estiver dentro de uma casa, feche portas e janelas, tape as frestas com panos molhados e espere a chegada de socorro. Retire cortinas e cortinados
Se as chamas se pegarem à roupa de uma pessoa não a deixe correr. Faça-a rolar no chão, cubra-a com uma manta ou terra

Quais serão os motivos que levam algumas pessoas a provocar um incêndio?

Interesse económico pessoal

Queima-se a propriedade do vizinho para proteger a própria propriedade.
Queima-se porque alguém pagou para isso.
Queima-se para melhorar as pastagens e coutadas.

Interesse económico indireto

Para obrigar a população a vender madeira.
Para destruir pragas.
Para obter trabalho no local.
Para desvalorização de um terreno.

Objetivo ou satisfação pessoal

Por desrespeito ou inveja em relação a outros proprietários.
Por conflitos com os vizinhos.
Pela convicção de que é bom que as matas ardam.
Impulsos pessoais e embriaguez.

Perturbações mentais e imaturidade

Piromaníacos (ou incendiários)
Diminuídos mentais
Crianças

Medidas propostas pelo Governo:

Dar um subsídio às famílias que perderam as suas fontes de rendimentos, equivalente a um salário mínimo nacional por cada elemento do agregado familiar, numa única prestação
Apoiar as atividades agrícolas e florestais nas regiões mais atingidas pelo flagelo dos incêndios
Apoiar a reflorestação urgente das áreas ardidas
Fazer a inventariação exata de todos os prejuízos, áreas afetadas, situações a resolver, entre outros.

Fonte: www.minerva.uevora.pt

Incêndios Florestais

As diferentes formas de incêndio não serão tratadas, apenas os incêndios florestais porque envolvem a queima de florestas e o comprometimento do eco-sistema.

Incêndios Florestais
Incêndios Florestais

Os incêndios florestais se desenvolvem quando as condições são favorecidas para o seu advento, tais como a estiagem prolongada e aumento significativo da temperatura média das florestas. Alguns fatores são muito favoráveis para o desenvolvimento de um incêndio, não apenas porque o elemento florestal é o principal fator de alimentação das chamas, mas porque a própria vegetação possui álcool como um dos elementos químicos da composição da grama, da relva, servindo portanto de elemento combustível para as chamas tanto quanto a celulose das árvores.

A maior parte dos incêndios florestais de grande dimensão, ocorridos nos EUA, na Austrália, na China, no Brasil, em Portugal, entre outros, sempre teve como um dos fatores a ausência de chuvas no período que antecedeu à tragédia climática.

Particularmente, a ocorrência de incêndios em países como Portugal, preocupam, porque possuem um elemento mais favorável ainda do que uma simples vegetação seca, são as oliveiras e as vinhas. Tanto uma quanto a outra cultura possuem elevado nível de álcool combustível (vinhas), e óleo combustível (olivas).

Vale lembrar que o uso de óleo de oliveiras para candeeiros é muito antigo em todo o Mar Mediterrâneo.

Quando uma área florestal estiver muito seca, qualquer produto lançado pelo homem nas proximidades da mata pode causar um incêndio colossal. Um pedaço de vidro atirado da janela de um veículo, uma lata, uma ponta de cigarro aceso ou mau apagado podem servir de elementos iniciais para a tragédia.

Uma garrafa ao ser lançada do interior de um veículo para as margens de uma rodovia por exemplo, pode fazer com que os estilhaços do vidro quebrado, se posicionem angularmente em relação ao solo. Se tão somente uma folha seca estiver presente abaixo deste pedaço de vidro, os raios solares acionarão com o vidro servindo como uma lente, produzindo a chama.

Uma lata que for lançada para fora, pode produzir faíscas no impacto de seu encontro ao solo. Elas por si só seriam suficientes se a vegetação próxima estiver muito seca e os gases produzidos pela evaporação de suas folhagens produzir o metano. Mas é com a sua presença junto à vegetação seca que uma lata se assemelha ao vidro quebrado e produz os raios solares contra as folhas secas iniciando as chamas.

A forma mais danosa e mais rápida para os efeitos de uma queimada são os que se produzem pelas pontas de cigarro. Por sua condição lógica e tendo o principio ativo em forma plena (brasa viva), a queima de uma área extensa iniciada pelas rodovias é algo inevitável.

As perdas com a queimada são irreparáveis na observação histórica da vegetação formada. Isso porque existem árvores, vegetais e plantas cuja formação foi devida a um prolongado processo de transferência genética realizada tanto por animais, como por insetos, conferindo pela polinização e pelas sementes a formação de árvores diferentes, vegetais que não são observados em áreas mais próximas, ou seja, uma floresta quando é muito antiga, possui características vegetais mais diversificadas, o que acaba sendo impedido com uma queimada.

É evidente que ao longo de uma dezena de anos, a floresta acaba se reconstituindo, porém os efeitos devastadores da queimada pelo incêndio, acabam impedindo a continuidade do processo evolutivo de plantas em fase de desenvolvimento e de se estabelecerem no habitat nativo em questão.

Ainda como prejuízos a serem contabilizados neste tipo de trajédia, ainda existem a diversidade de insetos, animais e aves que deixam de existir em uma área que demorou milhares de anos para conseguir desenvolver suas espécies.

A floresta Amazônica é um exemplo claro da diversidade e dinamismo que resultam da longevidade de uma mata nativa. Muitas plantas que existem nesta floresta ainda não foram catalogadas, existem insetos que também não foram sequer observados pelos pesquisadores. Existe uma unânimidade entre as equipes de pesquisa, que afirmam a possibillidade de encontrar um novo vegetal, um novo inseto, uma nova forma de animal ou de ave à cada incursão na floresta Amazônica.

Os impactos ambientais não se resumem à tragédia e perda material quando as chamas invadem áreas povoadas, vilarejos e até mesmo algumas cidades, pois o problema do incêndio florestal também está na fumaça produzida pelas chamas. Ela tem alto grau de elementos tóxicos como o carbono e o enxofre, causando um ar irrespirável nas imediações da floresta, comprometendo as vias respiratórias e até mesmo a visão.

Para o combate aos incêndios florestais, é imprescindível um número expressivo de pessoas disponíveis para a atividade de combate, pois o fogo não pode ser contido por um elemento que não se apresenta em volume suficiente para ser exterminado que é a água. Deste modo, o uso de panos úmidos, pás e enxadas é mais eficiente, porque promove a contenção da área devastada pelas chamas.

Evidentemente que se houvesse água suficiente para conter um incêndio ele perderia sua força ativa, mas na verdade isso não ocorre, porque o que poderia contribuir contra sua atividade, seriam as chuvas que não incidem nos períodos de verão (época mais comum para os grandes incêndios florestais), em valores capazes de conter a força da queimada.

Em incêndios florestais ocorridos nos EUA e na Austrália, são muito comuns o uso de helicópteros que captam água de oceanos para lançar contra as chamas, mas elas acabam apenas reduzindo a temperatura média no interior do grande foco, algo que é recuperado em poucos minutos, ou seja, é uma medida insuficiente quando a tragédia possui dimensão colossal cobrindo extensas áreas. O mesmo helicóptero que procura retirar água de um oceano para conduzir à área da tragédia, precisa ser auxiliado por um número muito maior de aeronaves que se destinem ao mesmo trabalho, sem o que, ao retornar a chama na área em que foi lançada a água, já terá alcançado a mesma temperatura.

A melhor maneira de se evitar grandes tragédias, é dar ênfase ao problema do incêndio florestal logo no seu início, pois os prejuízos e as perdas inclusive humanas, serão muito menores se um grande número de pessoas estiver envolvido no trabalho de contenção do incêndio.

Esperar que ele tome proporções gigantescas para se pedir auxílio externo, é portanto uma medida incorreta quando o que se precisa é evitar uma tragédia.

Fonte: ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br

Incêndios Florestais

Incêndios Florestais
Incêndios Florestais

O que é?

É a propagação do fogo, em áreas florestais e de savana (cerrados e caatingas), normalmente ocorre com freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.

Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle.

Os incêndios florestais podem ser causados por:

Causas naturais, como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente e outras causas
Imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos
Fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha
Perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de compôs
Incendiários e/ou piromaníacos.

Danos

Os incêndios florestais causam danos materiais, ambientais e humanos.

Os danos materiais são:

Destruição das árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de madeira, celulose, essências florestais e outros insumos
Redução da fertilidade do solo, como conseqüência da destruição da matéria orgânica reciclável obrigando a um maior consumo de fertilizantes
Redução da resistência das árvores ao ataque de pragas, obrigando a um maior consumo de praguicidas.

Os danos ambientais são:

Redução da biodiversidade
Alterações drásticas dos biótopos, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre
Facilitação dos processos erosivos
Redução da proteção dos olhos d’água e nascentes.

Os danos humanos são:

Perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por contusões
Desabrigados e desalojados
Redução das oportunidades de trabalho relacionada com o manejo florestal

Perguntas freqüentes

1 – Posso fazer uma queimada em meu pasto?

Sempre consulte a secretaria estadual ou municipal do meio ambiente antes de fazer queimada, pois você poderá está cometendo crime ambiental.

2 – O que eu posso fazer para evitar um incêndio florestal?

Construção de aceiros, que devem ser mantidos limpos e sem materiais combustíveis
Construção de faixas limpas e sem materiais combustíveis
Plantação de cortinas de segurança com vegetação menos inflamável
Construção de barragens de água que atuem como obstáculos à propagação do fogo e como reserva de água para o combate ao incêndio
Construção de estradas vicinais, no interior de florestas, facilita a fiscalização e favorece o carreamento dos meios de controlar os incêndios
Utilização de medidas de vigilância:
fixa, por meio de torres de observação; ou móvel, por meio de patrulhamento terrestre ou aéreo. O CPTEC identifica focos de incêndios por satélite
Aviso imediato, em caso de incêndio florestal, ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou Polícia
Seguir as instruções dos bombeiros ou Defesa Civil.

3 – O que não fazer?

Nunca tente combater um incêndio sozinho.

Fonte: www.defesacivil.gov.br

Incêndios Florestais

Prevenção de Incêndios Florestais

Os incêndios ocorrem quando os combustíveis inflamáveis são expostos à materiais acesos. A ocorrência do fogo, pode ser reduzida pela remoção da fonte de fogo ou pela remoção do material que pode queimar. Quanto mais valiosa uma área ou produto florestal, maior é a necessidade de eliminar o risco de incêndios.

O efetivo controle das fontes de risco, requer o conhecimento de como essas operam localmente, quando e onde os incêndios ocorrem mais comumente. Estas informações estão vinculadas há um registro individual da ocorrência de incêndios, ou seja, este registro é a principal fonte de toda a estatística a respeito dos incêndios.

Os dados mais freqüentes para programas de prevenção são:

As causas dos incêndios que ocorrem
A época e o local de ocorrência
A extensão da área queimada

De uma região para outra ocorrem inúmeras alterações, havendo a necessidade de observar as características de cada região para um planejamento. No Brasil, não existem estatística de longo prazo, apenas resultados recentes onde os incendiários, queimas para limpeza e fogos para recreação são os casos com maior porcentagem de ocorrência, respectivamente 33,8 %, 32,24 % e 12,57 %. Porém, existem casos restritos como os da Reflorestadora Sacramento-Resa de Minas Gerais, onde os raios em um período de 6 anos representaram 14 % dos incêndios ocorridos.

A definição das áreas de maior ocorrência de incêndios florestais, dependem prioritariamente de informações dos locais de onde ocorrem os incêndios, estes dados podem ser estaduais ou municipais. Recentemente a EMBRAPA fornece pela Internet informações sobre incêndios em estados ou regiões. As empresas florestais que possuem estatísticas de ocorrência de incêndios dentro de suas áreas, podem definir claramente onde ocorrem a maior incidência de incêndios e desta forma traçar planos de prevenção mais adequados.

A distribuição dos incêndios através dos meses do ano é uma informação importante no planejamento da prevenção, pois indica as épocas de maior ocorrência de fogo que varia significamente de uma região para outra, dependendo principalmente do clima, caracterizado pela freqüência e distribuição das chuvas e seus efeitos sobre a vegetação.

A prevenção é considerada a função mais importante de combate de incêndios, e para ser efetiva precisa ser praticada constantemente. Seu objetivo é impedir a ocorrência de incêndios que tem causa de natureza humana, e impedir a propagação de incêndios que não podem ser evitados.

Os instrumentos mais utilizados na prevenção são: Educação da população; Aplicação da legislação; Eliminação ou redução das fontes de propagação do fogo.

Deve ser aplicada a todos os grupos de idade da população, tanto em zonas urbanas como nas rurais, sendo que para esse problema particular é necessário preparar o melhor método ou combinação de métodos para a prevenção de incêndios.

A fim de organizar os trabalhos de prevenção são elaborados os planos de prevenção. Estes planos são detalhados de forma simples e objetiva, e as atividades são desenvolvidas numa determinada área para prevenir incêndios florestais.

O Plano de Prevenção, engloba as seguintes etapas:

Obtenção de informações sobre as ocorrências de fogo e aspectos legais da área como locais de maior ocorrência, período de maior ocorrência de incêndios durante o ano, tipo de cobertuta vegetal da área etc..

Determinar as causas mais freqüentes dos incêndios e concentrar nestes esforços de prevenção.

As causas variam de acordo com a região, sendo agrupados em 8 grupos:

Raios
Incendiários
Queimas para limpeza
Fogos de recreação
Operações Florestais
Fumantes
Estradas de ferro e diversos.

Decidir quais as técnicas e medidas preventivas serão adotadas, quem irá executá-las e quando serão executadas. No plano deverá ficar estabelecido, qual será a melhor forma, por exemplo, de adequar a população de uma determinada região. Assim como a pessoa e a equipe responsável pela atividade prevista, com um cronograma indicando o início e o término de cada atividade planejada.

Obter informações sobre todas as operações desencadeadas pelo plano de prevenção, a fim de auxiliá-lo, corrigi-lo e dar condições quando for necessário.

Sandro Javert

Fonte: www.segurancanotrabalho.eng.br

Incêndios Florestais

Decreto n° 97.635, de 10 de abril de 1989

Regula o art. 27 do Código Florestal e dispõe sobre a prevenção e combate a incêndio florestal, e dá outras providências

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, item IV da Constituição, decreta:

Art. 1° – Incêndio florestal é fogo sem controle em qualquer forma de vegetação.

§ 1° – É proibido o uso do fogo sem controle nas florestas e demais formas de vegetação, bem assim qualquer ato ou omissão que possa ocasionar incêndio florestal.

§ 2° – Quando peculiaridades locais ou regionais justificarem, o emprego do fogo, na forma de queima controlada, em práticas agropastoris ou florestais, poderá ser permitido, circunscrevendo as áreas estabelecidas nas normas de precaução.

§ 3° – Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais estabelecer as condições de uso do fogo, sob a forma de queima controlada.

Art. 2° – A prevenção de incêndios florestais será promovida através do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais Prevfogo.

Parágrafo único. A coordenação de Prevfogo ficará a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Art. 3° – O combate a Incêndio florestal será exercido por:

I – Corpo de Bombeiros;

II – Grupo de voluntários organizado-, pela comunidade ou Brigadas.

Art. 4° – No caso de incêndio florestal, que não possa ser extinto com os recursos ordinários, cabe à autoridade pública requisitar os meios materiais necessários, qualquer que seja seu proprietário, para a extinção do incêndio.

Art. 5° – Será segurado contra danos direta ou indiretamente provocados por incêndio florestal todo aquele que prestar serviço nesta atividade, compreendendo-se neste seguro os eventos de doenças, invalidei e morte, bem como pensão ao cônjuge, companheira e dependentes.

Art. 6° – Os trabalhos de combate a incêndio florestal são considerados de relevante interesse público.

Art. 7° – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° – Revogam-se as disposições em contrário.

José Sarney
João Alves Filho
Rubens Bayma Denys
(DOU de 12.04.89)

Fonte: www.ibama.gov.br

Incêndios Florestais

Prevenção de Incêndios Florestais

1. Considerações Gerais

Os incêndios ocorrem quando os combustíveis inflamáveis são expostos à materiais acesos. A ocorrência de fogo, pode ser reduzida pela remoção da fonte de fogo ou pela remoção do material que pode queimar. Quanto mais valiosa uma área ou produto florestal, maior é a necessidade de eliminar o risco de incêndios.

O efetivo controle das fontes de risco, requer o conhecimento de como essas operam localmente, quando e onde os incêndios ocorrem mais comumente. Estas informações estão vinculadas a um registro individual da ocorrência de incêndios este registro é a principal fonte de toda a estatística a respeito dos incêndios.

Os dados mais frequêntes para programas de prevenção são:

As causas dos incêndios que ocorrem
A época e o local de ocorrência
E a extensão da área queimada.

1.1 Causas

Não deve ser utilizada a classe desconhecida, pois induz a inclusão de outras classes de incêndios nesta categoria.

De uma região para outra ocorrem inúmeras alterações, havendo a necessidade de observar as características de cada região para um planejamento. No Brasil, não existem estatística de longo prazo, apenas resultados recentes como os obtidos por SOARES em l983, onde os incendiários, queimas para limpeza e fogos para recreação são os casos com maior porcentagem de ocorrência, respectivamente 33,88% , 32.24% e l2.57%. Porém, existem casos rescritos como os da reflorestadora Sacramento-Resa de Minas Gerais, onde os raios em um período de 6 anos representaram 14% dos incêndios ocorridos.

1.2 Locais de Ocorrência

A definição das áreas de maior ocorrência de incêndios florestais, dependem prioritariamente de informações dos locais de onde ocorre os incêndios, estes dados podem ser estaduais ou municipais. Recentemente a EMBRAPA, fornece pela INTERNET informações sobre incêndios em estados ou regiões.

As empresas florestais que possuem estatísticas de ocorrência de incêndios dentro de suas áreas, podem definir claramente onde ocorrem a maior incidência de incêndios e desta forma traçar planos de prevenção mais adequados.

1.3 Área de Ocorrência

A distribuição dos incêndios através dos meses do ano é uma informação importante no planejamento da prevenção, pois indica as épocas de maior ocorrência de fogo, que varia significativamente de uma região para outra. Dependenddo principalmente do clima, caracterizado pela frequência e distribuição das chuvas, e seu efeito sobre a vegetação. Por exemplo na região de Telêmaco Borba onde está localizada a Klabin Florestal 80% dos incêndios ocorrem nos meses de julho a dezembro.

1.4 Extensão da Área Queimada e Tipo de Vegetação Atingida

A extensão da área atingida por um incêndio é útil para uma avaliação da eficiência do combate utilizado. O tipo de vegetação, possibilita identificar as espécies florestais ou tipos de vegetação mais sucetíveis à ação do foco em determinada região.

2. Princípios e Métodos Usados na Prevenção de Incêndios

A prevenção é considerada a função mais importante do combate de incêndios, e para ser efetiva precisa ser praticada constantemente. Seu objetivo é impedir a ocorrência de incêndios que tem causa de natureza humana, e impedir a propagação de incêndios que não podem ser evitados.

Os instrumentos mais utilizados na prevenção são:

Educação da população
Aplicação da legislação
Eliminação ou redução das fontes de propagação do fogo.

2.1 Educação da população

Deve ser aplicada a todos os grupos de idade da população, tanto em zonas urbanas como nas rurais. Sendo que para esse problema particular é necessário preparar o melhor método ou combinação de métodos para a prevenção de incêndios. Para iniciar um programa para educação da população, deve ser conhecida de forma detalhada as causas dos incêndios.

Os instrumentos para organizar uma campanha de educação pública são:

Impresa
Rádio
Anúncios
Filmes
Cartilhas
Contatos pessoais.

Um detalhe importante é a concientização das novas gerações, que futuramente irão influir nos fatores que originam incêndios. Esta concientização de ser feita através de campanhas educacionais, devendo variar deacordo com a região e os problemas que os incêndios representam em cada local.

Outra oportunidade de concientização são as festas comemorativas (semana da árvore, semana do meio ambiente, etc.), exposições agropecuárias e outras para implementar as campanhas educativas de prevenção de incêndios.

Além disso, podem ser utilizadas placas de alerta com anúncios como: “O fogo apaga a vida”, “Conserve a natureza”e outros, ao longo de estradas que cortam áreas florestais, representando uma concientização permanente sobre os riscos dos incêndios florestais.

Outro método de prevenção é o contato pessoal, que pode ser feito com reuniões ou em contato com os proprietários, vizinhos e confrontantes em áreas florestais, alertando a todos sobre os prejuízos causados pelo fogo, sobre o risco de uma queima indesejada, e sobre as formas utilizadas na prevenção de incêndios.

2.2 Aplicação da Legislação

Leis e regulamentos para as atividades relacionadas com uso do fogo na floresta, são importantes medidas de prevenção, os regulamentos diferem basicamente das leis por serem mais localizados, e tem como objetivo principal reduzir o risco de incêndios em determinadas áreas.

Na regulamentação por exemplo as áreas florestais podem ser fechadas a visitação em épocas críticas, a proibição ou restrição de fumar em épocas de grande perigo, a proibição da pesca durante a estação de incêndios e outras medidas de caráter local ou regional que contribuam para a redução do risco de incêndios.

O código florestal brasileiro tem 4 artigos que tratam específicamente do fogo nas florestas são eles:

Artigo 11 – O emprego de produtos florestais ou Hulha como combustível obriga o uso de dispositivo que impeça a difusão de fagulhas suscetíveis de provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação.

Artigo 25 – Quando os inêndios rurais não podem ser extintos com os recursos ordinários compete não só ao funcionário florestal com a qualquer autra autoridade pública, requisitar os meios materiais e convocar os homens em condições de prestar auxílio.

Artigo 26 – Contituem as contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisão simples ou multa de um a cem vezes o salário mínimo mensal, ou ambas as penas cumulativamente:

e) fazer fogo em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas.
f)
Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação.
l)
Empregar, como combustíveis, produtos florestais ou hulha sem uso de dispositivos que impeçam a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas.

Artigo 27 – É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação.

Parágrafo único – Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogo em práticas agropastorais ou florestais. A permissão será estabelecida em ato do poder público circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.

2.3 Eliminação ou Redução das Fontes de Propagação

As técnicas preventivas empregadas para evitar ou evitar a propagação de incêndios baseiam-se principalmente no controle da quantidade, arranjo continuidade e inflamabilidade do material combustível.

As técnicas mais preconizadas são:

a) Construção e Manutenção de Aceiros

Podem ser naturais como estradas ou cursos d`água, ou especialmente construidas para impedir a propagação dos incêndios, e para fornecer uma linha de controle estabelecida no caso de ocorrer um incêndio.

Um aceiro é uma faixa livre de vegetação, onde o solo mineral é exposto. A largura dessa faixa depende do tipo de material combustível, da localização em relação à configuração do terreno e das condições metereológicas esperadas na época de ocorrência de incêndios. Porém alguns autores como SOARES recomendam que esta faixa não deve ser inferior a 5 metros, podendo chegar a 50 m de largura em locais muito perigosos. Em áreas florestais, existem aceiros principais mais largos, e secundários, mais estreitos. De maneira geral os aceiros não são suficientes para deter incêndios, porém são extremamente úteis como meio de acesso e pontos de apoio para o combater os focos de incêndios.

Deve ser lembrados que os aceiros só são eficientes quando existe uma manutenção, mantendo-os limpos e trafegáveis principalmente durante a área de maior perigo de incêndios.

b) Redução do Material Combustivel

A eliminação ou a redução desse material, é a forma mais eficiênte para se evitar a propagação dos incêndios, existem diversas maneiras de reduzir a quantidade do material combustível, tais como: meios químicos, biológicos e mecânicos, além disso também ; é utilizada a queima controlada, que embora perigosa é de baixo custo, principalmente para reduzir o material combustível no interior dos planaltos florestais. A queima da vegetação seca às margens de estradas de rodagem ou de ferro, é também um meio eficiente de reduzir o material combustível.

c) Cortinas de segurança

A implantação de vegetação com folhagem menos inflamável, é uma prática eficiênte para reduzir a propagação do fogo, pois dificulta o asceso do fogo às copas, facilitando o combate.

d) Locais de captação D’água

O reflorestamento de pequenos cursos d`água formando pequenos açudes, é de fundamental importância para obtenção de água no caso de combate a incêndios, recomenda-se a implantação de tomada d`água a cada 5 km para assegurar uma eficiência razoável dos caminhões bombeiros no controle de incêndios. Além disso, esses locais de captação podem ser utilizados em outras atividades como: melhorar o microclima, recreação e psicultura, auxilio ao plantio e a aplicação de defensivos, entre outros.

e) Planos de Prevenção

A fim de organizar os trabalhos de prevenção são elaborados os planos de prevenção. Nestes planos são detalhados de formas simples e objetiva, as atividades que serão desenvolvidas numa determinada área para prevenir incêndios florestais.

O Plano de prevenção, engloba as seguintes etapas:

1 – Obtenção de informações sobre as ocorrências de fogo, e aspectos legais da área como: locais de maior ocorrência, período de maior ocorrência de incêndios durante o ano, tipo de cobertura vegetal vegetal da área, etc.
2 –
Determinar as causas mais frequêntes dos incêndios e concetrar nestes esforços de prevenção. As causas variam deacordo com a região, sendo agrupados em 8 grupos, raios, incendiários, queimas para limpeza, fogos de recreação, operações florestais, fumantes, estradas de ferro e diversos.
3 –
Decidir quais as técnicas e medidas preventivas serão adotadas, quem irá executá-las e quando serão executadas. No plano deverá ficar estabelecido, qual será a melhor forma, por exemplo de adequar a população de uma determinada região. Assim como a pessoa e a equipe responsável pela atividade prevista, com um cronograma indicando o início e o término de cada atividade planejada.
4 –
Obter informações sobre todas as operações desencadeadas pelo plano de prevenção, a fim de auxiliá-lo, corrigí-lo e e dar novas condições quando for necessário.

3. Bibliografia Consultada

SOARES, R. V. Incêndios Florestais – Controle e Uso do Fogo. Curitiba : FUPEF, 213 p, 1985.
SOARES, R. V. Prevenção e Controle de Incêndios Florestais. Curitiba : FUPEF, 72 p, 1979.
BATISTA, A. C. Incêndios Florestais. Recife : Universidade Federal Rural de Pernambuco – Curso de Eng. Florestal. 115 p, 1990.
BATISTA, A. C. Avaliação da Queima Controlada em Povoamentos de Pinus taeda L. no Norte do Paraná. Curitiba. Tese (Doutorado em Eng. Florestal), Setor de Ciências Agrárias, UFPR. 108 p, 1995.

Fonte: www.floresta.ufpr.br

Incêndios Florestais

Combate de Incêndio

Nem sempre as técnicas preventivas são suficientes para se evitar que surjam os incêndios florestais. Nenhum plano de controle de incêndio pode funcionar sem um adequado sistema de deteção e localização.

DETEÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO INCÊNDIO

O método mais prático e econômico de deteção e localização dos incêndios florestais é o uso das torres de vigilância.

Outras formas possíveis são: o patrulhamento terrestre; de avião; ou através de imagens de satélites (como é feito na Amazônia).

As torres podem ser construidas de madeira, aço ou concreto. Têm no topo uma cabine envidraçada fechada, com visibilidade para todos os lados e onde permanece o vigia.

A altura da torre depende da topografia, variando de 10 a 40 m. As mais altas são construidas nas áreas planas. A distância máxima entre duas torres é de cerca de 15 km e cada uma pode cobrir de 15 a 18.000 ha.

Ao se instalar uma rede de torres, não é necessária uma visibilidade de 100% da área. Uma cobertura de cerca de 70% da área florestada já é suficiente e economicamente viável.

Para a identificação do local do incêndio, é necessário que cada torre tenha um binóculos, um rádio ou telefone e um goniômetro (aparelho usado para a determinação da direção do fogo). Os goniômetros devem ter a mesma orientação (o zero apontado para o Norte magnético) em todas as torres. Pode-se, através de coordenadas, determinar com razoável precisão o local do incêndio.

AS BRIGADAS DE INCÊNDIO

Chamam-se de brigadas de incêndio os grupos de pessoas que receberam treinamento para o combate ao fogo. Cada brigada, por razões de ordem prática, deve ter no máximo, 20 homens.

Após a deteção, comunicação e localização do incêndio (tarefas essas da responsabilidade do vigia da torre), é necessário que o pessoal responsável pelo combate ao fogo, chegue o mais rápido possível ao local do incêndio. A rapidez do ataque é fundamental no sucesso da operação de combate.

Chegando ao local, deve-se estudar detalhadamente a situação antes de se tomar qualquer medida relativa ao combate.

A primeira etapa desse estudo é uma avaliação criteriosa do incêndio: tamanho, extensão, velocidade de propagação, intensidade; clima; vegetação; rede de aceiros; estradas; e fontes de captação de água.

Daí resultam: a escolha do método de combate; a distribuição das brigadas de incêndio (designando o setor e o serviço de cada qual); e a seleção e uso dos recursos necessários para o combate efetivo ao incêndio florestal.

Equipamentos Necessários

Para uma maior eficiência no combate aos incêndios, é sempre recomendável ter ferramentas e equipamentos de uso exclusivo para esse fim. Esse material deve estar sempre em condições de uso e armazenado em locais pré- determinados.

Dentre as ferramentas manuais mais usadas no combate ao incêndio florestal, destacam-se: machados, enxadas, foices, pás, rastelos, abafadores, serras, bombas costais, baldes, regadores, lanternas e lança-chamas.

Em incêndios florestais de grande porte, é necessário recorrer aos equipamentos pesados, tais como: tratores com lâmina, caminhões-tanque, motoniveladora, motobombas e até aviões e helicópteros especiais..

MÉTODOS DE COMBATE AO FOGO

Existem pelo menos quatro (4) métodos de combate ao fogo nos incêndios florestais.

A saber:

1 – MÉTODO DIRETO: Usado quando a intensidade do fogo permite uma aproximação suficiente da brigada à linha de fogo. São usadas as seguintes técnicas e materiais: água (bombas costais, baldes ou moto-bombas); terra (pás); ou batidas (abafadores).
2 – MÉTODO PARALELO OU INTERMEDIÁRIO:
Usado quando não é possível o método direto e a intensidade do fogo não é muito grande. Consiste em limpar, com ferramentas manuais, uma estreita faixa, próxima ao fogo, para deter o seu avanço e possibilitar o ataque direto.
3 – MÉTODO INDIRETO:
Usado em incêndios de intensidade muito grande. Consiste em abrir aceiros com equipamento pesado (tratores, etc.), utilizando ainda um contra-fogo, para ampliar a faixa limpa e deter o fogo, antes que chegue ao aceiro.
4 – MÉTODO AÉREO:
Usado nos incêndios de copa, de grande intensidade e área e em locais de difícil acesso às brigadas de incêndio. São usados aviões e helicópeteros, especialmente construidos ou adaptados para o combate ao incêndio.
Deve-se procurar encurralar o fogo, tão logo seja possível. Em incêndios pequenos e fracos, o ataque pode ser feito pelo método direto. Em incêndios maiores, o combate deve ser iniciado pelos flancos e ir avançando até a frente.
Deve-se revezar as turmas antes que estejam incapacitadas para a luta por cansaço.

O USO DO AVIÃO NO COMBATE A INCÊNDIOS

As primeiras tentativas de combate aéreo a incêndios foram feitas em 1930/31 em Spokane, Washington e Sacramento, nos Estados Unidos. C.J.Jensen voou sobre incêndios florestais num avião Hispano-Suisso da I Guerra Mundial, adaptado com 2 pequenos tanques de água. Houve experiências posteriores na Rússia, em 1934, nos EUA e Canadá, em 1937, e EUA e Austrália, em 1940. O primeiro êxito operativo, entretanto, só ocorreu em 1950, no Canadá, quando um avião Beaver, lançou “bombas de água” (bolsas de papel e plástico de 14 litros cada, em grupos de 6 a 8 por vez) sobre um incêndio florestal, conseguindo assim retardar a sua propagação, até que as equipes de terra conseguissem sua extinção total. A partir de então, aumentou muito o uso desta técnica, graças ao uso de aviões remanescentes da II Guerra, já fora de serviço, convenientemente transformados e equipados com depósitos e dispositivos especiais para os “bombardeios de água”.

As quantidades de água variam em função da capacidade de combustão da massa. Estima-se que para controlar um fogo de campo, um avião IPANEMA (de fabricação nacional), com capacidade para 500 l de água, cobrindo uma faixa de 10 m, com descarga de 200 l/ha, possa retardar ou suprimir o fogo em 2.500 m, o que ele fará em um minuto de aplicação. Numa distância de 15 km da pista, ele poderá fazer 3 decolagens por hora e, em 8 horas de trabalho por dia, suprimir um incêndio igual ao que consumiu o Parque Nacional das Emas, em 1988.

Aviões e helicópetros são particularmente úteis no lançamento de grandes quantidades de água ou de retardantes químicos sobre o fogo.

Aviões e helicópetros de vários tipos podem ser usados no combate a incêndios florestais.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS AVIÕES MAIS USADOS COMO BOMBARDEIROS DE ÁGUA

Características Canadair Caruso Avenger Otter Beaver Twin Otter
1. Classe Anfíbio Anfíbio Terrestre Hidro Hidro Terrestre
2. Capacidade (gal) 1.200 800 500 230 140 400
3. Local depósito Fuselagem Fuselagem Fuselagem Fuselagem Fuselagem Fuselagem
4. Vel. cruz (mph) 150 130 160 120 130 140
5. N. de motores 2 2 1 1 1 2
6. Vel. lanç. (mph) 115 105 110 100 100 100
7. Ext. pista (m) 1.850 1.850 1.850 1.850 1.380 1.380
8. Carga útil (lb) 12.000 8.000 5.000 2.500 2.600 4.000
9. Auton. vôo (h) 6,5 5 3 6 4 4,5
10. Área cob. (ft) 200×100 200×100 150×50 120×30 80×25 110×30

Entre as finalidades do combate aéreo a incêndios florestais, destacam-se:

Patrulhamento aéreo da área a ser protegida
Ataque rápido ao incêndio, antes que adquira tamanho e violência
Combate ao incêndio em terrenos inacessíveis às equipes de terra
Descarga de grandes quantidades de água ou de retardantes químicos sobre o incêndio e em curtos intervalos de tempo
Mudança rápida de um incêndio a outro, extinguindo focos iniciais distantes entre si e protegendo homens e materiais
Transporte de homens e equipamentos de combate terrestre.

Embora de custo elevado, uma PATRULHA AÉREA presta inestimáveis serviços nas extensas áreas florestadas. Estes serviços, contudo, não dispensam as estratégicas torres de observação implantadas em terra e complementam a sua ação. O patrulhamento aéreo pode ser feito com ULTRALEVES ou com aviões mono ou multimotores, sendo estes últimos os preferidos, por motivos de segurança, autonomia e velocidade.

Os vôos de patrulhamento têm por fim identificar o início dos incêndios florestais e devem ser feitos a baixas altitudes (cerca de 3.000 m do solo), possibilitando assim uma visão de cerca de 15 km para cada lado. Os aviões de asa alta facilitam a visibilidade.

Usando-se aviões de grande porte, e sendo longas as distâncias, cada incursão pode durar de 1 a 2 horas. Um mesmo aparelho pode realizar 5 a 10 vôos por dia de serviço.

Em caso de avistar um incêndio, o piloto deve comunicar à equipe de terra:

a) a localização exata do incêndio
b)
a situação atual do incêndio e
c)
a topografia e características do terreno.

Em 1966 o Canadá fabricou o avião anfíbio CANADAIR CL-215, considerado o protótipo ideal para a extinção de incêndios florestais e que transportava até 5,5 t de água em seus tanques e que não precisa pousar para reabastecer de água; basta haver um lago ou rio nas proximidades, com extensão mínima de 1.800 m para que ele, apenas tocando a superfície líquida, reabasteça e volte ao local do incêndio.

Em 1969 conseguiu-se o sistema mais perfeito de lançamento de água: um depósito de 2.000 litros, colocado sob a fuselagem do avião e cujo fundo é uma membrana plástica que se desprende ao lançar a água, conseguindo-se assim uma caída compacta da mesma. Usou-se na experiência, um avião De Havilland DHC-6 Twin etter.

Para mostrar o potencial dessa atividade, basta dizer que, somente nos EUA e entre 1960 e 1988, aviões e helicópteros de todos os tipos e tonelagens, efetuaram mais de 48.000 horas de vôo por conta de atividades florestais, lançando cerca de 20 milhões de litros de água sobre mais de 1.050 incêndios florestais.

Infelizmente, no Brasil, está tudo por ser iniciado, apesar do grande potencial do país, cuja indústria aeronáutica disputa mercado com países desenvolvidos. Acrescente-se o fato de termos o 5o. maior país do mundo em extensão territorial e de possuirmos as maiores reservas florestais do planeta. Trabalhos de combate a incêndio em canaviais foram realizados em 1981 e 1982 pela AVAL – Aviação Agrícola Lençois, em Lençois Paulistas – SP com bons resultados, usando soluções de DAP – Diamôniofosfato.

Como o calor de combustão do material florestal é de cerca de 5.000 cal/g e o calor latente de evaporação da água é de 500 cal/g, é necessário aplicar cerca de 10 vezes o peso do material combustível existente (em água) para se extinguir o fogo. Segundo VINES, em um incêndio florestal de 800 Kcal/m.s é necessário aplicar água à razão de 1,5 kg/m.s para se dominar o fogo.

Mais eficiente que a água é a aplicação aérea de retardantes químicos (sulfato de amônia, diamônia fosfato, borato de cálcio e sódio) sobre a vegetação ainda não atingida pelo fogo. O diamônia fosfato, por exemplo, pode ser usado na dosagem de 200 g/m^2 de área.

ESTRATÉGIAS DE COMBATE AÉREO

ATAQUE DIRETO

Incêndios Florestais

As descargas de água são lançadas diretamente sobre as chamas (no caso de incêndios pequenos) ou sobre os pontos mais quentes ou de atividade mais intensa (em incêndios de grandes proporções) , identificados pela cor mais escura e maior densidade de fumaça. Também é empregado para cortar e reduzir uma frente de chamas. Ou para diminuir a temperatura ambiente e permitir maior aproximação dos homens que trabalham na extinção por terra.

ATAQUE INDIRETO

Incêndios Florestais

As descargas de água são lançadas adiante do incêndio, a fim de obter uma linha de contenção da qual o incêndio não ultrapassa. Este tipo é especialmente útil e possível, quando se utilizam retardantes químicos, pois pode-se estabelecer verdadeiro corta-fogo ou reforçar os já existentes. Essa técnica é provavelmente a mais indicada para o controle de incêndios em regiões de Cerrado e nos pastos.

MEDIDAS DE SEGURANÇA APÓS O COMBATE

As principais medidas de segurança a serem adotadas após o combate ao incêndio florestal, são:

Procurar e apagar possíveis “incêndios de manchas”, causados por fagulhas
Ampliar o aceiro em torno da área, para melhor isolamento
Derrubar as árvores ou arbustos que estejam queimando
Eliminar todos os resíduos de fogo dentro da área queimada
Manter patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de reativação do fogo. Voltar no dia seguinte, para nova vereificação.

Fonte: www.ufrrj.br

Incêndios Florestais

Em apenas alguns segundos, uma fagulha ou mesmo o calor do sol, deflagra um inferno.

O incêndio florestal se propaga rapidamente, consumindo a vegetação seca e espessa e quase tudo o mais em seu caminho. O que um dia foi uma floresta, se torna um barril de pólvora virtual de combustível inexplorado. Em uma rajada aparentemente instantânea, o incêndio florestal alcança milhares de acres de terra adjacente, ameaçando as casas e vidas de muitos na vizinhança.

Incêndios Florestais
Em 2000, este incêndio florestal queimou apenas o norte de Sula, Montana.

Uma média de 5 milhões de acres queima todo ano nos Estados Unidos, causando milhões de dólares em prejuízo. Quando um incêndio começa, ele pode se propagar em uma taxa de até 23km/h, consumindo tudo em seu caminho. À medida que o fogo se espalha por arbustos e árvores, pode adquirir vida própria – encontrando meios de se manter vivo, até mesmo semeando pequenos incêndios, arremessando brasas a quilômetros de distância. Neste artigo, iremos observar os incêndios florestais, explorando como eles nascem, vivem e morrem. Mas atenção, incêndios florestais são diferentes de queimadas, muito comuns no Brasil.

Em um dia quente de verão, qualquer coisa tão pequena quanto uma faísca da roda de um vagão, passando pelo trilho, pode dar início a um enorme incêndio florestal. Algumas vezes, o incêndio ocorre naturalmente, inflamado pelo calor do sol ou pela queda de um raio. Contudo, a maioria dos incêndios florestais é resultado do descuido humano.

Incêndios Florestais
Incêndios, resultantes da ação descuidada do homem, estão cada vez mais freqüentes.

As causas mais comuns de incêndios florestais incluem:

Incêndio intencional

Fogueiras

Cigarros acesos

Queima inadequada de detritos

Brincadeira com fósforos ou fogos de artifício

Incêndios prescritos

Tudo, dependendo da temperatura, pode arder em chamas. Essa temperatura é chamada ponto de fulgor de um material. O ponto de fulgor da madeira é 300ºC.

Quando a madeira é aquecida a essa temperatura, ela libera gás de hidrocarboneto que se misturam com o oxigênio do ar, entram em combustão e criam o incêndio.

Há três componentes necessários para que a ignição e combustão ocorram. Um incêndio requer combustível para queimar, ar para fornecer oxigênio e uma fonte de calor para levar o combustível até a temperatura de ignição. Calor, oxigênio e combustível formam o triângulo do fogo. Os bombeiros freqüentemente falam sobre o triângulo do fogo quando estão tentando acabar com um incêndio. A idéia é que se puderem remover um dos pilares do triângulo, eles podem controlar e finalmente extinguir o fogo.

Após ocorrer a combustão e o fogo começar a queimar, há vários fatores que determinam como o fogo se espalha. Esses três fatores incluem combustível, clima e topografia. Dependendo desses fatores, um incêndio pode desaparecer rapidamente ou se transformar em um enorme incêndio que destrói milhares de acres.

Os incêndios florestais se propagam com base no tipo e quantidade de combustível que os cerca. O combustível pode incluir tudo, desde árvores, arbustos e campos de grama seca a casas. A quantidade de material inflamável que cerca um incêndio é mencionada como carga de combustível. A carga de combustível é mensurada pela quantidade de combustível disponível por área unitária, normalmente, toneladas por acre.

Incêndios Florestais
O combustível é um fator essencial na determinação da intensidade de um incêndio

Uma carga de combustível pequena fará com que um incêndio queime e se espalhe lentamente, com baixa intensidade. Se houver muito combustível, o incêndio queimará mais intensamente, fazendo com que se espalhe mais rapidamente. Quanto mais rápido ele aquece o material ao redor, mais rápido esses materiais podem entrar em ignição. Quando o combustível está muito seco é consumido muito mais rápido e cria um fogo que é muito mais difícil de conter.

Eis as características básicas que decidem como ele afeta um incêndio:

Tamanho e formato
Organização
Conteúdo de umidade

Pequenos materiais combustíveis, também chamados combustíveis instantâneos, como grama seca, folhas de pinheiro, folhas secas, galhos e outros arbustos secos, queimam mais rápido que troncos grandes ou pedaços de troncos. Por essa razão um incêndio começa com gravetos de madeira ou troncos. Em nível químico, diferentes materiais combustíveis levam mais tempo para entrar em ignição que outros. Mas em um incêndio florestal, onde a maioria do combustível é feito do mesmo tipo de material, a principal variável no tempo de ignição é a razão da área superficial total do combustível em relação a seu volume. Como a área superficial dos galhos não é muito maior que seu volume, ela entra em ignição rapidamente. Por comparação, a área superficial de uma árvore é muito menor que seu volume, então é necessário mais tempo para se aquecer antes de entrar em ignição.

À medida que o fogo progride, ele seca o material próximo dele – o calor e a fumaça que se aproximam de um combustível potencial faz com que a umidade do combustível se evapore. Isso torna o combustível mais fácil de acender quando o fogo finalmente o alcança. Os combustíveis que são de algum modo espaçados também secarão mais rápido que os combustíveis que são empacotados firmemente juntos, pois mais oxigênio está disponível para o combustível diminuído. Mais combustíveis firmemente empacotados também retêm mais umidade, que absorve o calor do fogo.

O clima desempenha um importante papel no nascimento, crescimento e morte de um incêndio florestal. A aridez leva a condições extremamente favoráveis para incêndios florestais e os ventos ajudam o progresso do incêndio florestal – o clima pode estimular o fogo a se mover mais rápido e abranger uma área maior. Ele também pode tornar o trabalho de combate ao fogo ainda mais difícil.

Há três ingredientes do clima que podem afetar os incêndios florestais:

Temperatura
Vento
Umidade

Como mencionado antes, a temperatura afeta a formação de fagulhas de incêndios florestais, pois o calor é um dos três pilares do triângulo do fogo. Os galhos, árvores e arbustos no solo recebem calor radiante do sol, que aquece e seca os combustíveis em potencial. As temperaturas mais quentes permitem que os combustíveis acendam e queimem mais rápido, aumentando a taxa na qual o incêndio florestal se propaga. Por esse motivo, os incêndios florestais tendem a aumentar à tarde, quando as temperaturas estão mais quentes.

Incêndios Florestais
Os incêndios florestais podem produzir ventos que são 10 vezes mais fortes que os ventos que os cercam.

O vento provavelmente tem o maior impacto no comportamento de um incêndio florestal e também é o fator mais imprevisível. Os ventos fornecem ao fogo oxigênio adicional, combustível potencial seco adicional e empurra o fogo através da terra e em um índice mais rápido.

O Dr. Terry Clark, cientista sênior do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (em inglês), desenvolveu um modelo de computador que mostra como o vento se move em pequena escala. Desde 1991, ele esteve convertendo esse modelo para incluir características de incêndio florestal, como combustível e troca de calor entre incêndios e a atmosfera.

“Nós procuramos o que é chamado de dinâmica acoplada da atmosfera do incêndio, onde o fogo e a atmosfera interagem entre si”, disse Clark. “Estivemos observando como o fogo interage com o ambiente e obtendo algumas das características da propagação e comportamento do fogo, através da modelagem que estamos fazendo”.

A pesquisa de Clark descobriu que o vento não apenas afeta como o fogo se desenvolve, mas que os próprios incêndios podem desenvolver padrões de vento.

Quando o fogo cria seus próprios padrões climáticos, estes podem interferir de volta no modo de propagação do fogo. Incêndios florestais grandes e violentos podem gerar ventos chamados redemoinhos de fogo. Os redemoinhos de fogo, parecidos tornados, resultam dos vórtices criados pelo calor do fogo. Quando esses vórtices são inclinados da horizontal para a vertical, você tem redemoinhos de fogo. Os redemoinhos de fogo são conhecidos por arremessar lenha em chamas e detritos incandescentes através de distâncias consideráveis.

“Há outro modo de inclinar a vorticidade. Ou seja, ela pode ser inclinada sem irromper em redemoinhos de fogo e, basicamente, ser disparada em direção ao que é chamado de vórtices em grampo ou rajadas de avanço”, disse Clark. “Esses são bem comuns em incêndios de copa (incêndios no topo das árvores) e assim você vê incêndios lambendo os lados das encostas”. As rajadas de avanço podem ter 20 m de largura e atingir 100 m a uma velocidade de 161km/h. Essas rajadas deixam uma região destruída e levam à propagação do fogo.

Quanto mais forte o vento sopra, mais rápido o fogo se propaga. O fogo gera ventos próprios que são quase 10 vezes mais rápido que o vento ambiente. Pode até mesmo lançar brasas no ar e criar incêndios adicionais, uma ocorrência chamada de pontilhamento. O vento também pode alterar a direção do fogo e rajadas de vento podem elevar o fogo nas árvores, criando um incêndio de copa.

Enquanto o vento pode ajudar o fogo a se propagar, a umidade trabalha contra o fogo, na forma de umidade e precipitação, pode retardar o fogo e reduzir sua intensidade. Os combustíveis potenciais podem ser difíceis de acender se tiverem altos níveis de umidade, pois a umidade absorve o calor do fogo. Quando a umidade é baixa, o que significa que há baixa quantidade de vapor d’água no ar, os incêndios florestais têm mais probabilidade de começar. Quanto maior a umidade, há menor probabilidade do combustível secar e acender.

Como a umidade pode reduzir as chances de ignição do incêndio florestal, a precipitação tem um impacto direto na prevenção do fogo. Quando o ar começa a ficar saturado com umidade, ele libera a umidade na forma de chuva. A chuva e outras precipitações aumentam a quantidade de umidade nos combustíveis, o que suprime o surgimento de quaisquer incêndios florestais em potencial.

A terceira grande influência no comportamento do incêndio florestal é a disposição da terra ou topografia. Embora permaneça virtualmente inalterada, diferente do combustível e do clima, ela pode ajudar ou prejudicar a progressão do incêndio florestal. O fator mais importante na topografia relacionado ao incêndio florestal é a inclinação.

O fogo normalmente se desloca muito mais rápido na subida que na descida. Quanto mais íngreme a inclinação, mais rápido o fogo se desloca na direção do vento ambiente, que normalmente flui para cima. Além disso, o fogo é capaz de pré-aquecer o combustível próximo da colina pois a fumaça e o calor estão se elevando naquela direção. Inversamente, uma vez que o fogo tenha alcançado o topo de uma colina, ele tem que se esforçar para descer pois não é capaz de pré-aquecer o combustível colina abaixo tão bem quanto colina acima.

Incêndios Florestais
O fogo costuma se deslocar mais rápido nos aclives. Quando chega ao topo de uma colina, os incêndios tendem a se extinguir.

Dr. Clark diz que os incêndios que se deslocam mais lentamente nos aclives são exceção à regra, mas acontece. Os ventos podem trabalhar contra o fogo que está tentando se mover no aclive.

“Depende de que modo o vento está soprando”, ele diz. “Por exemplo, tenho um estudo de caso na Austrália onde o vento estava soprando montanha abaixo, levando fogo para longe da colina até abrangê-la toda.

Além dos danos que os incêndios causam conforme queimam, também pode deixar atrás de si problemas desastrosos, efeitos que podem ser sentidos meses após o fogo se extinguir. Quando o fogo destrói toda a vegetação em uma colina ou montanha, também pode enfraquecer o material orgânico no solo e evitar que a água penetre no solo. Um problema que resulta disso é a extremamente perigosa erosão que pode levar aos fluxos de detritos.

Um exemplo disso ocorreu após um incêndio florestal, em julho de 1994, que queimou cerca de 2 mil acres de floresta e arbustos nos aclives escarpados da Montanha Storm King, perto de Glenwood Springs, Colorado. Dois meses após o incêndio, chuvas pesadas causaram deslizamentos que derramaram toneladas de lama, pedra e outros detritos em um trecho de 4,8km da Interestadual 70, de acordo com o Levantamento Geológico dos Estados Unidos. Esses deslizamentos encobriram 30 carros e arrastou dois para o Rio Colorado.

Enquanto geralmente olhamos os incêndios florestais como sendo destrutivos, muitos incêndios florestais são na verdade benéficos. Alguns incêndios florestais queimam os arbustos de uma floresta, o que pode evitar um incêndio maior que possa resultar se os arbustos puderem se acumular por um longo tempo. Os incêndios florestais também podem beneficiar o crescimento reduzindo a propagação de doenças, liberando nutrientes de plantas queimadas no solo e encorajando o novo crescimento.

Combatendo as chamas

Você pode começar a entender como é combater um incêncio florestal, imaginando-se dentro de um forno, usando roupas pesadas com fumaça enchendo seus pulmões. A cada ano, milhares de bombeiros põem suas vidas em risco para combater chamas impiedosas.

Os bombeiros terrestres de elite se enquadram em duas categorias:

Hotshots

Ttrabalhando em equipes de 20 pessoas, o principal trabalho desses bombeiros altamente treinados é construir uma barreira contra o fogo ao redor do incêndio para impedi-lo de se propagar. Uma barreira contra fogo é uma extensão de terra que foi estirpada de qualquer combustível possível para o fogo. Os Hotshots são empregados pelo Serviço Florestal dos EUA (em inglês).

Smokejumpers

Esses bombeiros são paraquedistas que saltam de aviões para chegar a pequenas chamas localizadas em áreas remotas. Seu trabalho é suprimir pequenos incêndios antes que possam se propagar em grandes incêndios. Os smokejumpers usam as mesmas técnicas de combate ao fogo que os Hotshots assim que chegam ao solo. Há apenas poucas centenas de smokejumpers em todo os EUA, todos empregados pelo Escritório de Gerenciamento de Terras (BLM) – em inglês – ou Serviço Florestal dos EUA.

Além de construir barreiras contra fogo e apagá-lo com água e retardante de fogo, as equipes de solo também usam barreiras contra fogo. Contra-fogos são incêndios iniciados pela equipe de solo que avançam em direção ao incêndio florestal incandescente. A meta da definição de um contra-fogo é queimar qualquer combustível em potencial no caminho do incêndio florestal que avança.

Enquanto os Hotshots, Smokejumpers e outras equipes de suporte combatem no solo, eles recebem muito suporte vindo do ar. Aviões-tanque são geralmente usados para derramar milhares de litros de água e retardante sobre os incêndios. A coisa vermelha que você geralmente vê sendo jogada de aviões e helicópteros é um retardante químico que contém fertilizante de fosfato, que ajuda a retardar e esfriar o fogo.

Os helicópteros são também usados como método de atacar o incêndio de cima. Carregando baldes que podem comportar centenas de litros de água, essa aeronave voa acima do incêndio e joga bombas de água. Os helicópteros também são valiosos para o transporte de bombeiros para o incêndio e fora dele.

Os incêndios florestais são forças poderosas da natureza que podem queimar enquanto tiverem combustível, oxigênio e calor. O trabalho dos bombeiros é eliminar os lados do triângulo do fogo para evitar dano adicional.

Fonte: ambiente.hsw.uol.com.br

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