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Nascimento: 25 de março de 1928, Porto Amboim, Angola.
Falecimento: 1973, Pequim, China.
Viriato da Cruz
Viriato da Cruz , Viriato Clemente da Cruz, foi um angolano poeta e político, que nasceu em Kikuvo, Porto Amboim, Angola Português, e morreu em Beijing, República Popular da China.
Viriato da Cruz é considerado um dos mais importantes de Angola poetas do seu tempo.
Viriato da Cruz escreveu poemas em português e angolano línguas.
Viriato da Cruz tomou parte na luta para libertar Angola de Português regra.
Viriato da Cruz foi um dos mentores do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (1948) e da revista Mensagem (1951-1952).
Viriato da Cruz foi membro-fundador e secretário-geral do MPLA.
Dissidente deste movimento, Viriato da Cruz esteve exilado em Portugal e noutros países europeus, fixando-se posteriormente na China.
Viriato da Cruz teve grande importância no desenvolvimento da literatura angolana, caracterizando-se a sua obra pelo apego a certos valores africanos, quer quanto à temática, quer quanto à forma.
A sua produção está dispersa por publicações periódicas e representada em várias antologias, das quais uma – No Reino de Caliban – reúne a sua obra poética.
Obra Poética
Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império.
Viriato da Cruz
Alguns dos poemas de Viriato da Cruz foram musicados e cantados, por autores como Fausto e Rui Mingas.
O seu «Namoro», com música de Fausto e interpretação original de Sérgio Godinho, é já um clássico da Música Popular Portuguesa.
Publicou um único livro – «Poemas», editado em 1961 pela Casa dos Estudantes do Império – mas está representado em inúmeras antologias, com destaque para «O Reino de Caliban», dirigido por Manuel Ferreira, cujo volume II reúne toda a sua obra conhecida.
Atividade Política
Fez os estudos liceais em Luanda, saiu de Angola por volta de 1957 para se dirigir a Paris onde encontra-se com Mário Pinto de Andrade, tendo desenvolvido uma intensa atividade política e cultural.
Na década de 60 tornou-se Secretário-Geral do MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, partido esse que ajudou a fundar, juntamente com Agostinho Neto.
Exilado na China
Vai para Pequim, na década de setenta, onde os dirigentes chineses o receberam de braços abertos, pois tinha demonstrado uma enorme capacidade na criação do MPLA, primeiro em Conackry e, depois, no Congo Belga (neste foi detido e sofreu torturas, por defender ideias contrárias às estabelecidas).
Os chineses entendiam que Viriato da Cruz poderia facilitar a penetração ideológica do socialismo maoísta no continente africano.
O que não sabiam era que estavam profundamente enganados; daí nasceu um grave mal-entendido com consequências trágicas para Viriato e para a sua família.
Elabora um relatório onde afirma que os paises Africanos, mesmo os mais desenvolvidos, não estão preparados para uma revolução socialista.
Demonstra então grande firmeza ao recusar-se a mudar o relatório.
Esse aspectos do seu carácter já lhe tinha valido graves dissabores na sua curta vida política quando da crise de 1962-63, no seio do MPLA.
O relatório pessimista elaborado por Viriato da Cruz ia contra a doutrina maoísta da iminência da revolução mundial.
Os chineses começaram a ver que Viriato da Cruz se distanciava cada vez mais das teses maoístas e mantiveram-no como refém.
Ele não entendia porque não o expulsavam.
Mas os Chineses temiam a inteligência superior de Viriato da Cruz e as consequências negativas que ele poderia causar à causa maoísta se saísse da China.
Últimos anos de vida
Os últimos anos de vida de Viriato da Cruz foram de um dramatismo extremo.
A falta de alimentos, a fome, fragilizaram-no.
Acabou por falecer a 13 de Junho de 1973.
No entanto, derradeira humilhação foi a maneira abjeta como foi levado para o cemitério dos estrangeiros entaipado entre quatro tábuas, transportado num camião militar.
Fonte: betogomes.sites.uol.com.br/en.wikipedia.org
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