Jean Baptiste Debret

Jean Baptiste Debret – Vida

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Nascimento: 18 de abril de 1768, Paris, França.

Falecimento: 28 de junho de 1848, Paris, França.

Jean Baptiste Debret pintor e desenhista.

Debret começou sua carreira artística na França, onde Neoclassicismo dominava as artes.

Como um adolescente, ele acompanhou seu primo, o pintor neoclássico observou Jacques-Louis David, em uma longa viagem para a Itália.

Em 1785 Debret entrou para a Academia Real de Pintura e Escultura, e ele ganhou o grande prêmio de Roma em 1791.

No início do século 19, ele foi regularmente pintar grandes telas com temas napoleônicas.

Com a queda de Napoleão, Debret se juntou em 1816 a Missão Artística Francesa no Brasil organizada por Joachim Lebreton. João VI, rei de Portugal que vivia no exílio no Brasil que o convidou com a missão de estabelecer uma academia de artes e introduzir o neoclassicismo europeu ao Rio de Janeiro.

Debret permaneceu no Brasil até 1831.

Ele foi um dos fundadores da Academia Imperial de Belas Artes e organizado primeiro e segundo pública do Brasil de arte exposições, em 1829 e 1830.

No Brasil, Debret continuou a fazer grandes pinturas neoclássicos como um pintor da corte.

Para o desembarque de D. Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil (1816), por exemplo, Debret enquadrou a chegada de Leopoldina com uma arcada arquitetônico e mostra seu cercado por uma multidão de militares e partidários aristocráticos.

Seu retrato de João VI (1817) é uma reminiscência de retratos de Napoleão em sua mistura de simbolismo militar e imperial.

No entanto, a reputação artística de Debret repousa sobre os tipos menos-oficiais de imagens, incluindo cenas de gênero do Rio de Janeiro e pontos de vista “científico-viajante” do Brasil indígena.

Após seu retorno à França, Debret publicou essas imagens em três volumes intitulados Voyage Pittoresque et historique au Brésil ( Pitoresca e Histórica ao Brasil Voyage; 1834-1839).

Dentro deles, gravou suas observações às vezes sarcásticas de ambos vida brasileira urbana e rural. Ele descreve as classes mais baixas e mais altas do Brasil, bem como seus povos nativos.

Embora Debret procurasse evitar estereótipos, suas ilustrações sugerem que os brasileiros nativos são “selvagem” ou perto da natureza. O sinal para a batalha, por exemplo, mostra um guerreiro elaboradamente vestida soprando um tubo, enquanto seus companheiros quase nus esconder na selva. Natureza engolfa estes números, e eles parecem ser apenas parte da paisagem.

Imagens urbanas de Debret frequentemente examinaram a vida diária dos afro-brasileiros, tais como cenas do Carnaval, em que uma mulher que carregava uma enorme bandeja de frutas foge dos avanços de um homem, enquanto os foliões fantasiados olhavam. Casamento dos Escravos em uma rica Casa mostrava uma cerimônia presenciada por escravos elegantemente vestidos. Em outras imagens que ele descreveu a brutalidade da escravidão.

Jean Baptiste Debret – Rio de Janeiro

Jean Baptiste Debret
Jean Baptiste Debret

Formado pela Academia de Belas Artes de Paris, Jean Baptiste Debret, foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil, organizada a pedido do rei dom João 6º. Liderada por Joachim Lebreton, a missão era composta também pelo arquiteto Charles-Simon Pradier, e pelo paisagista Nicolas-Antonine Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay.

Debret era primo de Jacques-Louis David (1748-1825), chefe da escola neoclássica francesa, com quem estudou. O estilo de David, marcado pela preocupação de formar um caráter nacional, está presente nas telas de Debret. Como pintor oficial do Império, ele desenhou a bandeira do Brasil com a cor verde e o losango amarelo que permaneceram na bandeira republicana.

Debret chegou ao Rio de Janeiro em Março de 1816 e ficou no Brasil até 1831. Ele decidira deixar a vida confortável em Paris por causa da derrota de Napoleão e a perda de seu único filho.

Seu trabalho retrata o cotidiano, o processo de independência do Brasil e os primeiros anos do governo de Pedro I. Uma de suas obras mais conhecidas é um quadro de dom João em tamanho real.

Além de pintar retratos da família real, como uma grande tela sobre a coroação de dom Pedro 1º., ele lecionou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1829 montou a primeira exposição de artes do Brasil, com os trabalhos dos alunos.

Após regressar à França, publicou entre 1834 e 1839, uma série de gravuras reunidas em três volumes. A preocupação documental do artista é evidente nas páginas da “Voyage Pitoresque et Historique au Brésil ou Séjour d’un Artiste Français au Brésil” (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil ou Estadia dum Artista Francês no Brasil).

Com um colorido harmonioso, a obra tem um enfoque historiográfico e procura traçar um painel do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos poucos registros dos usos e costumes do Brasil nos primeiros anos do século 18. Com sua bagagem neoclássica, Debret eternizou as cenas de uma sociedade barroca e injusta.

Sem o seu trabalho, não haveria imagens mostrando o sofrimento dos escravos ou como era a vida da população brasileira nas ruas e até mesmo em suas casas.

Desenhista atento às questões sociais, o artista conferiu também dignidade aos índios que retratou.

Jean Baptiste Debret – Biografia

Pintor, desenhista, gravador, professor, decorador, cenógrafo.

Freqüenta a Academia de Belas Artes, em Paris, entre 1785 e 1789, aluno de Jacques-Louis David (1748-1825), seu primo e líder do neoclassicismo francês.

Estuda fortificações na École de Ponts et Chaussée [Escola de Pontes e Rodovias, futura Escola Politécnica], onde se torna professor de desenho.

Em 1798, auxilia os arquitetos Percier e Fontaine na decoração de edifícios.

Por volta de 1806, trabalha como pintor na corte de Napoleão (1769-1821).

Após a queda do imperador e com a morte de seu único filho, Debret decide integrar a Missão Artística Francesa, que vem ao Brasil em 1816.

Instala-se no Rio de Janeiro e, a partir de 1817, ministra aulas de pintura em seu ateliê, onde tem como aluno Simplício de Sá (1785-1839).

Em 1818, colabora na decoração pública para a aclamação de D. João VI (1767-1826), no Rio de Janeiro.

Por volta de 1825, realiza águas-fortes, que estão na Seção de Estampas da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

De 1826 a 1831, é professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes – Aiba, atividade que alterna com viagens para várias cidades do país, quando retrata tipos humanos, costumes e paisagens locais.

Na Aiba tem como alunos Porto Alegre (1806-1879) e August Müller (1815-ca.1883).

Em 1829, organiza a Exposição da Classe de Pintura Histórica da Imperial Academia de Belas Artes, primeira mostra pública de arte no Brasil.

Deixa o país em 1831 e retorna a Paris com o discípulo Porto Alegre.

Entre 1834 e 1839, edita, o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, em três volumes, ilustrado com litogravuras que têm como base as aquarelas realizadas com seus estudos e observações.

VIDA FAMILIAR

Filho de Jacques Debret, escrivão do Parlamento de Paris (afeito à história natural e às artes)
Sobrinho-neto do pintor e gravador rococó François Boucher (1703-1770)
Primo de Jacques-Louis David (1748-1825), chefe de escola neoclássica francesa
Irmão do arquiteto e membro do Instituto de França, François Debret (1777-1850), autor do projeto para as fundações do Palais de l’Ecole des Beaux-Arts

FORMAÇÃO

1785/1789 – Paris (França) – É aluno de Jacques-Louis David na Academia de Belas Artes. Freqüenta a escola até a Revolução Francesa
ca.1791 – Paris (França) –
Estuda fortificações por determinação governamental, com outros alunos da Escola de Belas Artes, na Escola Politécnica
1807/1809 – Roma (Itália) –
Recebe bolsa de estudo

CRONOLOGIA

Pintor, desenhista, gravador, professor, decorador, cenógrafo

1784/1785 – Roma (Itália) – Acompanha Jacques-Louis David, que viaja a fim de executar o quadro Juramento dos Horácios
1791 – Paris (França) –
Recebe o 2º prêmio de pintura do Prix de Rome, no curso da Academia de Belas Artes
1792 – Paris (França) –
É professor de desenho na Escola Politécnica
1798 – Paris (França) –
Colabora com os arquitetos Percier e Fontaine na decoração de edifícios e residências particulares
ca.1806 – Paris (França) –
Faz parte do séquito de pintores de Napoleão
ca.1815 – Paris (França) –
O único filho de Debret morre, motivo pelo qual abandona seu país para aventurar-se no Brasil
1816/1831 – Rio de Janeiro RJ –
Vem ao Brasil integrando a Missão Artística Francesa
ca.1817 – Rio de Janeiro RJ –
É professor de pintura em seu ateliê
1818 – Rio de Janeiro RJ –
Faz a decoração e o serviço de ornamentação pública para festa de coroação de D. João VI
1822 – Rio de Janeiro RJ –
Como pintor oficial do governo, Debret é o autor do desenho da bandeira do Brasil Império
1823/1831 – Rio de Janeiro RJ –
É professor de pintura histórica na Aiba
ca.1823/1831 – Brasil –
Retrata a natureza e os tipos humanos de diversos Estados, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
ca.1825 – Rio de Janeiro RJ –
Realiza gravuras a água-forte, que estão na Seção de Estampas da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
ca.1825/ca.1831 – Rio de Janeiro RJ –
Realiza grande número de aquarelas que têm a importância documental dos aspectos da vida no Brasil no século XIX, recebe colaboração da Viscondessa de Portes
1829 – Rio de Janeiro RJ –
Organiza a Exposição da Classe de Pintura Histórica da Imperial Academia das Belas Artes, primeira exposição pública de arte no Brasil
1831/1848 – Paris (França) –
Retorna a Paris
1834/1839 – Paris (França) –
Edita o livro Voyage pittoresque et historique au Brésil [Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil], contendo aquarelas e gravuras, em três volumes, publicado pela casa Firmin Didot
1839 – Rio de Janeiro RJ – Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
1940 – São Paulo SP –
É publicada a primeira edição brasileira do livro Voyage pittoresque et historique au Brésil [Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil], pela Livraria Martins
1954 – Paris (França) –
Raimundo Otonni de Castro Maya edita 100 aquarelas e desenhos de Debret: Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil
1978 – Paris (França) –
É fundada a Galeria Debret no Centro Cultural do Brasil em Paris.

Fonte: www.britannica.com/www.conhecimentosgerais com.br/www.itaucultural.org.br

 

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