Sonetos de Luís Vaz de Camões
PUBLICIDADE
Na metade do Céu subido ardia
o claro, almo Pastor, quando deixavam
o verde pasto as cabras, e buscavam
a frescura suave da água fria.
Co a folha da árvore sombria,
do raio ardente as aves s’emparavam;
o módulo cantar, de que cessavam,
só nas roucas cigarras se sentia;
quando Liso pastor, num campo verde
Natércia, crua Ninfa, só buscava
com mil suspiros tristes que derrama.
Porque te vás de quem por ti se perde,
para quem pouco te ama? (suspirava).
[E] o Eco lhe responde: Pouco te ama
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Redes Sociais