Cá nesta Babilônia? donde mana (1616)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Cá nesta Babilónia, donde mana

matéria a quanto mal o mundo cria;

cá onde o puro Amor não tem valia,

que a Mãe, que manda mais, tudo profana;

cá, onde o mal se afina, e o bem se dana,

e pode mais que a honra a tirania;

cá, onde a errada e cega Monarquia

cuida que um nome vão a desengana;

cá, neste labirinto, onde a nobreza

com esforço e saber pedindo vão

às portas da cobiça e da vileza;

cá neste escuro caos de confusão,

cumprindo o curso estou da natureza.

Vê se me esquecerei de ti, Sião!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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