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Nascimento: 14 de novembro de 1839, Porto, Portugal.
Falecimento: 12 de setembro de 1871, Porto, Portugal.
Júlio Dinis – Vida
Joaquim Guilherme Gomes Coelho (Pseudônimo – Júlio Dinis), nasceu na cidade do Porto, Portugal, em 1839 ele faleceu no ano de 1871, vítima da tuberculose. Júlio Dinis foi escritor e médico.
Passou os últimos anos de sua vida ora no campo, para tratar da saúde, ora na cidade, desenvolvendo sua atividades.
Na curta existência de trinta e dois anos, produz muitas obras de gêneros diversos: teatro, poesia, contos e romances.
Seus romances constituem um valioso documento sobre Portugal numa fase em que esse país sofre transições política e econômicas, promovidas pelo regime liberal.
Registra em sua obra os resultados positivos das reformas econômicas e o estilo de vida da burguesia triunfante.
Júlio Dinis é um romancista de um período de transição entre o Romantismo e o Realismo.
Filiado ao movimento romântico, mas realista pela preocupação da verdade em suas descrições, nos caracteres e na evolução da intriga, utilizando processos do romance realista inglês.
Júlio Dinis – Biografia
Júlio Dinis
Júlio Dinis, pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu, a 14 de novembro de 189, no Porto e foi entre esta cidade, Ovar e o Douro que passou grande parte da sua vida. Formou-se na Faculdade de Medicina do Porto e aliou a profissão de médico à de escritor.
Originário de uma família de tuberculosos (a mãe e os irmãos morreram vítimas da doença), Júlio Dinis também contraiu o mal e abandonou a medicina em busca da cura na Ilha da Madeira.
Essa tentativa lhe valeu pouco, pois veio a falecer ainda muito novo, em 12 de setembro de 1871.
Os primeiros textos de Júlio Dinis já antecipavam o Realismo, pois apresentavam diálogos ágeis e descreviam a psicologia da burguesia.
Eles foram publicados em “A Grinalda” e em “O Jornal do Comércio”.
O primeiro deles, “As Pupilas do Senhor Reitor” (1866) foi recebido com muito entusiasmo pela critica.
Das obras de Julio Dinis destacam-se ainda: “Uma Família Inglesa” (1868); “Serões da Província” (1870); “Os Fidalgos da Casa Mourisca” (1871); “Poesias” (1873); e “Teatro Inédito” (1946).
Obras:
As Pupilas do Senhor Reitor (1867)
Uma Família Inglesa (1868)
Serões da Província (1870)
Os Fidalgos da Casa Mourisca (1871)
Poesias (1873)
Teatro Inédito (3 volumes – 1946-1947)
Júlio Dinis – Poesias
Júlio Dinis não é o nome verdadeiro do ilustre literato portuense que, apenas com 32 anos, deixou de fazer parte do número dos vivos.
Com este pseudônimo assinou as suas obras, que foram largamente lidas e apreciadas pelos seus contemporâneos e pelas gerações futuras.
Teve o seu berço no Porto no dia 14 de Novembro de 1839 e foi baptizado com o nome de Joaquim Guilherme Gomes Coelho.
Depois da instrução primária em Miragaia, formou-se em Medicina em 1861 (aos 22 anos) na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Quatro anos mais tarde foi nomeado professor, mas a atividade literária ocupou-lhe os melhores anos de vida.
A tuberculose, que abundava por essa época, atingiu-o e ele refugiou-se nos salutares céus dos campos durienses, onde viveu por bastante tempo, tendo sabido sempre ser superior à calamidade que lhe tolhia a vida. Assim, demonstrou sempre uma sã disposição de espírito e de elevação moral.
O romance campesino em Portugal deve-se à sua simplicidade e bom gosto, a par de uma viva naturalidade e a perfeita verosimilidade de extensos trechos dos seus romances, fatores que levam a considerá-lo meio realista, meio romântico.
Pelo grande carácter e conformismo, ao longo da vida viu o mundo por uma face de surpreendente optimismo, de esperança e de sadio ardor.
Era ainda muito jovem quando começou a rabiscar umas poesias líricas de contemplação, que em 1873 formaram o seu livro, “Poesias”, onde se encontram versos muito simples, de muita candura e agradáveis, para todos os paladares.
Três anos antes, 1870, os muitos contos que até então escrevera formaram a obra, “Serões na Província”. Alguns dos seus romances publicados em folhetos que rapidamente atingiram o cume da popularidade e têm sido considerados do melhor que se produziu em língua portuguesa.
O estilo delicado e bucólico está bem patente nas obras: “Os fidalgos da casa mourisca”; “Uma família inglesa”; “As pupilas do senhor reitor” e “A morgadinha dos canaviais”, volumes que ainda hoje são a delícia dos que apreciam a boa leitura.
Após a morte, ocorrida no dia 12 de Setembro de 1871, juntaram variados trabalhos de Júlio Dinis e editaram o Livro: “Inéditos e esparsos”.
Júlio Dinis – Escritor
Júlio Dinis
Escritor português de ascendência materna britânica. Júlio Dinis, pseudónimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, ingressou em Medicina no Porto, curso que terminou brilhantemente. Sofria de tuberculose, que o vitimou (tal como sucedera anteriormente, em 1844, com sua mãe e, em 1855, com dois irmãos), e o levou a viver em zonas rurais, como Ovar e a Madeira. O escritor começou assim a contactar com as gentes e costumes do povo.
Em 1856, ano em que se manifestaram os primeiros sintomas de tuberculose, escreveu as suas primeiras obras, sobretudo de teatro — Bolo Quente e O Casamento da Condessa de Vila Maior. Em 1858 escreveu a sua primeira novela, Justiça de Sua Majestade, posteriormente incluída em Serões da Província.
Com o agravamento da sua doença, em 1863, Júlio Dinis retirou-se por alguns meses para Ovar, continuando a escrever romances e novelas, alguns deles publicados em folhetim no Jornal do Porto, como por exemplo As Pupilas do Senhor Reitor. Esta obra só seria publicada em 1867, depois de no ano anterior se ter descoberto a identidade do seu autor. Em 1869 partiu para a Madeira, onde passou a residir, tentando combater a doença que, progressivamente, ia avançando. Dois anos depois regressou definitivamente ao continente, onde fez a revisão parcial das provas de Fidalgos da Casa Mourisca, trabalho esse que foi interrompido pela sua morte, nesse mesmo ano. A obra só foi editada em volume postumamente, em 1872.
Embora também tenha escrito poesia e peças de teatro, destacou-se sobretudo como romancista, introduzindo uma nova técnica romanesca. De formação literária inglesa, dedicou-se ao romance de costumes realista, dando grande atenção à descrição de ambientes e à psicologia das suas personagens. Simultaneamente, a sua obra reflete um desejo de harmonia social, que conciliasse os valores burgueses, representantes de um novo espírito saído da revolução liberal, símbolo de prosperidade, e a velha aristocracia decadente.
Defendendo uma visão optimista da natureza humana, não se encontram na sua obra personagens más. Muitos dos seus romances decorrem em ambiente rural, focando, frequentemente, os problemas sociais decorrentes da evolução social e do progresso, numa época de transição, sempre com um desenlace feliz e conciliador, didáctico, como o próprio autor pretendia. Num estilo leve e sóbrio, original na literatura de então, descreveu de forma ímpar quadros domésticos e rurais, de que os contos de Serões da Província (1870) são o melhor exemplo.
De entre a sua obra de ficção destacam-se: Uma Família Inglesa (1868), As Pupilas do Senhor Reitor (1867), A Morgadinha dos Canaviais (1868) e Os Fidalgos da Casa Mourisca (1872). Foi ainda publicado um volume de Inéditos e Esparsos em 1910. O sucesso que desde cedo alcançou tem-se mantido ao longo dos tempos.
Júlio Dinis – Obra
Júlio Dinis
Viveu brevemente. Da brevidade ficou uma notável obra com que nos deliciamos ainda hoje. «Uma Família Inglesa», «A Morgadinha dos Canaviais», «As Pupilas do Senhor Reitor» são apenas alguns dos exemplos a fixar. Senhor de uma linguagem fluida, elegante, sem grandes excessos ou acervos emotivos, captava e descrevia ambientes e atmosferas como ninguém. Em busca do homem, das suas vivências e percurso, esta biografia revela as emoções de quem sempre se pautou pela discrição e aparente leveza. Tendo morrido prematuramente aos 31 anos de idade com tuberculose, chegou a exercer medicina, mas a doença obrigou-o a um certa reclusão rural. Seguindo a sua obra, tenta-se chegar aos dilemas e opções do escritor português.
Júlio Dinis viveu leve, escreveu de leve, morreu de leve.
As palavras são de Eça de Queirós, e deixam uma certa crítica, uma certa ironia quanto à vida e obra de Júlio Dinis. A verdade é que o jovem autor deixou uma apontável obra nas áreas da poesia, teatro e principalmente na área do romance. Natural do Porto onde nasceu no ano de 1838, e onde se formou em medicina, cresceu no seio de uma família de origem inglesa o que terá marcado a sua formação e autores de eleição.
A sua obra pauta-se por uma cuidada e elegante captação de ambientes e da psicologia das personagens que, de aparente leveza e singeleza, retrata, em boa verdade, um certo Portugal social, político e religioso.
Afetado pela tuberculose, que já lhe tinha roubado a mãe e dois irmão, vê-se obrigado a deixar a sua cidade natal procurando restabelecer-se em Ovar, mais tarde na Madeira.
Em 1866 edita o seu primeiro romance, «As Pupilas do Senhor Reitor», seguindo-se a edição de «Uma Família Inglesa», «A Morgadinha dos Canaviais» e «Fidalgos da Casa Mourisca».
Considerado hoje um dos grandes escritores portugueses do séc. XIX.
Sua obra inclui poesia, teatro, prosa de ficção e textos jornalísticos.
Fonte: www.detetivez.hpg.ig.com.br/www.academiaplanaltinense.com.br/www.universal.pt
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