Maria Alexandre Dáskalos – Vida
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Maria Alexandre Dáskalos
Nasceu em Huambo, Angola, em 1957.
Estudou nos Colégios Ateniense e de São José de Cluny.
Formou-se em Letras.
Filha do poeta Alexandre Dáskalos e casada com o, também, poeta Arlindo Barbeitos.
Em 1992, durante a guerra civil, mudou-se para Portugal, com a mãe e o filho.
Poetisa, é uma impressiva voz feminina na literatura angolana.
Publicou Do Tempo Suspenso (1998), Lágrimas e Laranjas (2001) e Jardim das Delícias (2003)
Obra Poética
O Jardim das Delícias, 1991, Luanda, Ler e Escrever
Do Tempo Suspenso, 1998, Lisboa, Editorial Caminho
Maria Alexandre Dáskalos
Maria Alexandre Dáskalos
Poetisa, é uma impressiva voz feminina da poesia angolana contemporânea.
Em 1991 publicou em Luanda (Ler & Escrever) «O Jardim das Delícias».
Sobre esta obra tece David Mestre no «Jornal de Letras, Artes e Ideias» (edição de 19 de Outubro de 1993) o seguinte comentário:«Com «Jardim das Delícias», título de estreia de M. A. D., pode a poesia angolana regozijar-se de abrir a presente década com uma nova voz ao nível do nosso melhor cancioneiro.
Devido aos graves problemas decorrentes da guerra civil, em 1992 vem para Portugal com a mãe e o filho, reiniciando, em Lisboa, os seus estudos em História.
Tanto pelo tom helénico que a percorre como pela estratégia iniciática que a determina, encontra lugar cativo na mais escolhida vertente da lírica local.»
Maria Alexandre Dáskalos – Biografia
Poetisa angolana, Maria Alexandre Dáskalos nasceu em 1957, em Angola, na hoje martirizada cidade do Huambo.
Depois de ter frequentado o Colégio Ateniense e o de São José de Cluny, licenciou-se na área de Letras.
Filha do poeta Alexandre Dáskalos e casada com Arlindo Barbeitos, outro grande nome da poesia angolana, Maria Alexandre Dáskalos é, hoje, ao lado de Ana Paula Tavares, Ana Santana, Lisa Castel, Amélia Dalomba, entre outras, uma das vozes femininas com reconhecido prestígio nos meios literários.
Integra, como muitos outros seus contemporâneos, a “geração das incertezas”.
A poesia da autora é caracterizada pela manifestação angustiada dos desejos do sujeito poético, cuja concretização tem sido obstaculizada por uma permanente situação de guerra.
Paixões e sonhos, por vezes metaforizados pela liberdade da andorinha, a um tempo vividos sem mágoas e sem constrangimentos, “rota das andorinhas “, são agora, enclausurados, “rotas históricas da opressão “, e tema nuclear das novas vozes líricas dos anos 90: “(…) Esporear o tempo e percorrer veloz o caminho que está vedado das/extensas estações dominadas pela ilusão e o sonho.//…)Chegar à praia e saciar-me do azul do mar. ”
Inconformada com a realidade vivida no seu país, após a Independência, Maria Alexandre Dáskalos projeta um “eu lírico” feminino que, consciente dos seus direitos de ser humano, reivindica o de se constituir como mulher na sua totalidade, não aceitando a postura passiva a que esta é sujeita no ato de amor. Por isso, contendo uma forte componente sensual, a sua poiesis é um grito de revolta e de desejo de liberdade, onde o Mar aparece metaforicamente como o espaço da liberdade, num tempo pretérito de que tem saudades e como espaço repressivo, num tempo atual: “(…) A memória dos nossos corpos/Perde-se nas águas./E as nossas palavras/ desfazem-se em círculos./Perdemo-nos quando olhamos o rio./Saudade de chegar ao mar. “.
Diversificando os estilos e até os géneros, a autora contempla-nos com uma grande variedade formal, que vai desde a poesia em prosa aos textos profundamente sintéticos de que é exemplo o poema “E agora só me resta”.
Harmoniosa e fonte de melodia, a sua obra permite criar extraordinários momentos de poesia declamada.
Figurando em algumas antologias poéticas com reconhecimento, escreveu os seguintes livros: O Jardim das Delícias (1991) da editora angolana Ler e Escrever; Do Tempo Suspenso (1998) da Editorial Caminho e Lágrimas e Laranjas.
Fonte: betogomes.sites.uol.com.br/www.lusobraz.com/sanzalita.multiply.com
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